Capítulo 31

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Moscou, 7 de Novembro – 1941

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Moscou, 7 de Novembro – 1941

Como forma de incentivar as tropas, foi organizado as festividades realizadas em plena praça vermelha, todos estavam animados e a paz foi trazida para a vida daquelas pessoas por pelo menos algumas horas, as tropas faziam seu desfile nas ruas em meio a milhares de pessoas felizes, com o sorriso de orelha a orelha aplaudindo, os humanos estavam em festa, assim como nós, eu estava junto a Azazyel em meio aos demais humanos, os observando.

— O engraçado é que eles conseguem encontrar a felicidade nas coisas mais simples, mesmo em meio a guerra. — Azazyel pensou alto.

— Eles não precisam de muito para serem felizes, assim como não precisam de muito para ficarem tristes, os humanos estão mais vulneráveis em relação aos sentimentos e sensações em geral.

— Fascinante.

— Certamente, principalmente quando duas pessoas brigam por uma pessoa que amam. — Falei recordando de experiências anteriores.

— Mesmo com o passar dos séculos vocês não mudaram nada. — Agla surgiu ao nosso lado falando ironicamente.

— Como poderíamos? É assim que somos. — Respondi indiferente.

— Poderíamos melhorar se quiséssemos. — Azazyel respondeu com os olhos brilhando.

— Exato, mas como não é o caso. – Respondi.

— Fale por você. Nos últimos meses só o que eu fiz foi arrumar sua bagunça enquanto você arrumava encrenca sempre que podia, estou cansado disso, pra mim já deu. — Azazyel gritou e saiu batendo os pés com a cara amarrada.

— Você deveria ser mais gentil com ele, não esqueça de que vocês são amigos, não perca isso. — Agla me aconselhou enquanto sentava ao meu lado.

— Não sou como você, não sou bom e não tenho sentimentos, pelo menos não como os demais.

— Como tem tanta certeza disso?

— Eu me divirto massacrando inocentes, eu não me apaixono, não sinto pena daqueles cuja vida eu amaldiçoei, então podemos definir que minha falta de humanidade é fatal.

— É, porém, todos podem mudar se quiserem até mesmo você Luci.

— Não tenho tanta certeza.

— Mas eu tenho, tenho fé com você, sei que pode mudar, se estiver disposto a isso claro.

— Mas e se eu não estiver? — Perguntei dando um sorriso de lado.

— Não estou me referindo a mudar totalmente, mas sim onde você vê necessidade de tal coisa.

— Por que ter esperança em alguém como eu? Enquanto todos já desistiram de mim, até meu... Nosso Pai desistiu de mim. Por qual motivo tentar?

A Revolta dos Caídos: A Luz e a Escuridão Irão ReinarOnde histórias criam vida. Descubra agora