Capítulo 40

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Acordo desorientada sentindo o gosto podre na boca, abro meus olhos com dificuldade, demorando um tempo até meus olhos se ajustarem a luminosidade que vinha da caverna

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Acordo desorientada sentindo o gosto podre na boca, abro meus olhos com dificuldade, demorando um tempo até meus olhos se ajustarem a luminosidade que vinha da caverna.

Assim que recupero minha visão, deparo-me com a serpente me observando atentamente com seus olhos mortais, sento-me rapidamente ficando tonta com o processo.

— Você provou ser imune aos poderes da maçã ao sobreviver a ela. — A serpente falou fazendo uma breve reverência. — Está na hora de renascer Maya, portadora da salvação.

— Espera, então esse foi o teste?

— Sim, desde os primórdios, os que não possuem sua alma dividida entre o bem e o mal caíram na desgraça eterna. O fruto te reconhece como igual, portanto, presenteou-te com o conhecimento. Declaro agora que a espada celestial, está sob seu domínio como diz a profecia.

Um feixe de luz passa a iluminar o trono de vidro, chamando-me, passo a me aproximar novamente até tocar em sua estrutura, instantaneamente sua imagem passa a tremeluzir, fundindo seus traços e se transformando em uma espada enorme e reluzente, sua estrutura emitia um brilho opalescente ao receber meu toque, ela era incrivelmente leve apesar do seu porte, ela respondia a mim, éramos como um só. 

Instantaneamente uma dor aguda e incessante começa a atravessar por toda a extensão das minhas costas.

Argh!

Solto um grito ao cair de joelhos no chão, meus olhos se enchem de lágrimas, meus ouvidos zunem. Agoniada, me contorço no chão, escuto algo ser arrastado e logo em seguida sinto mãos tocarem minhas costas, fazendo-as arder ainda mais.

— May, você está brilhando. — Miguel fala trêmulo com os olhos arregalados.

Sinto como se estivessem rasgando minha carne, em dois cortes no meio das costas, algo se move dentro de mim, como se estivesse sendo arrancado por meio destes.

Lágrimas escorriam dos meus olhos, eu sentia o sangue escorrendo pela minha pele, minha visão estava tomada de pontinhos pretos enquanto eu sentia minha pele se esticar e se contorcer como se estivesse se reconstruindo rapidamente.

Senti os rasgos se alargarem, então sinto um peso incomum nas costas, como se algo tivesse se agarrado a elas, sinto-as se mover, dor percorre meus músculos.

Miguel solta um murmúrio de espanto cobrindo a boca com as mãos.

Ao olhar para trás vejo seu grande porte, mesmo com os resquícios de sangue, o brilho opalescente e violeta emana fortemente.

Desse modo, abri minhas asas que ocupavam quase toda a extensão da caverna, eu já não sentia dor, elas eram leves, tão macias quanto pedaços de algodão, mesmo com a falta de luz elas emanavam seu brilho como um cristal em superfície de espelho, eram intermináveis, eram estonteantes eram minhas asas.

Encantada, levanto-me e caminho desajeitadamente até Miguel, que segura minhas mãos e entrelaça nossos dedos firmando-os. Ele se curva e deposita um beijo em minha testa, depois em minha boca, beijando-me calorosamente.

Em um gesto de pura urgência nossos lábios se moldam um no outro, fico perdida em seus braços e em nossa conexão que iluminava a caverna escura, traço o contorno de seu lábio inferior com a língua enquanto nos envolvo com minhas asas, Miguel solta um grunhido enquanto me puxa para mais perto.

A mais pura felicidade me invade, quando começo a emanar luz novamente, Miguel encerra o beijo e passa a depositar beijos por todo o meu beijo, sorrindo recolho minhas asas e o olho nos olhos.

— Ao menos posso contar aos outros que consegui fazer você brilhar de felicidade. — Miguel fala sorrindo.

Dou um empurrão em suas costelas revirando os olhos, mas a realidade cai sobre mim quando me dou conta da guerra que está sendo travada nesse momento, preocupação passa por meus olhos e refletem em Miguel.

— Já temos tudo o que precisamos, chegou a hora May.

Ele fala segurando minhas duas mãos junto ao peito, enquanto fixa seus olhos nos meus.

— Está pronta? — Ele questiona.

Dou um pequeno sorriso em sua direção, determinada. A espada brilha em resposta quando pego-a do chão, volto-me para Miguel novamente e respondo de modo certeiro:

— Sempre, vamos acabar com esses desgraçados.

— Sempre, vamos acabar com esses desgraçados

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A Revolta dos Caídos: A Luz e a Escuridão Irão ReinarOnde histórias criam vida. Descubra agora