Capítulo 41

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Voltamos ao local onde nossas coisas nos aguardavam, Miguel me fez sentar com as costas voltadas a ele, instantaneamente ele rasga o tecido da minha blusa, passando um pano úmido sobre minha pele com o intuito de limpar o sangue agora seco em minh...

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Voltamos ao local onde nossas coisas nos aguardavam, Miguel me fez sentar com as costas voltadas a ele, instantaneamente ele rasga o tecido da minha blusa, passando um pano úmido sobre minha pele com o intuito de limpar o sangue agora seco em minhas costas.

Com as mãos leves ele delineava cada traço de minhas costas. Fechei os olhos me rendendo às sensações, suas mãos estavam quentes contra a minha pele, enquanto desenhava pequenos círculos com os dedos, ele depositava breves beijos em meu pescoço enquanto me limpava.

Minutos depois os movimentos cessam e sou obrigada a voltar para a realidade, com os músculos relaxados pego uma blusa incomum das mãos de Miguel, visto-as rapidamente enquanto ele arruma nossas coisas.

Eu estava vestindo uma roupa de guerreira típica da era medieval, o corte justo do couro exibia as minhas curvas nos ambientes certos, a cota de malha revestia meu peito e a espada celestial, fora embainhada no boldrié.

Miguel vestia uma roupa semelhante a qual exibia seu corpo musculoso, sua pele continha um bronzeado dourado ofuscante, seus olhos cinza me observavam atentamente emitindo a luz da lua, ele abriu suas asas rapidamente que continham um grande porte, era de tirar o fôlego.

Me impulsionei para cima, meus pés se ergueram do solo rochoso lentamente, as asas batiam por instinto, o vento chocava contra as penas das asas enquanto eu subia cada vez mais, enquanto voava, senti um certo desconforto nas costas, o peso incomum...

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Me impulsionei para cima, meus pés se ergueram do solo rochoso lentamente, as asas batiam por instinto, o vento chocava contra as penas das asas enquanto eu subia cada vez mais, enquanto voava, senti um certo desconforto nas costas, o peso incomum carregado deixava cada músculo do meu corpo rígido e dolorido, mas o sentimento de liberdade era maior que toda e qualquer dor, principalmente porque eu estava me sentindo completa.

As asas batiam de forma elegante, levando-me metros à frente em uma tremenda velocidade, em segundos Miguel estava ao meu lado sorrindo orgulhoso, nos movíamos em conjunto, aproveitando a brisa fresca do amanhecer.

Voávamos tão alto ao tempo de ver os primeiros raios de sol surgindo no horizonte, o vento fazia carícias em meu rosto enquanto seguíamos em direção à luta

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Voávamos tão alto ao tempo de ver os primeiros raios de sol surgindo no horizonte, o vento fazia carícias em meu rosto enquanto seguíamos em direção à luta.

Voávamos com destreza, meu corpo respondia aos estímulos das asas, a cada bater de asas éramos impulsionados quilômetros à frente libertando a adrenalina e o frio na barriga, passei a fazer piruetas, atravessando nuvens e vendo-as se desmanchar no ar.

Nunca havia sentido nada parecido, esse era o verdadeiro sentimento da mais pura liberdade, eu estava encantada com o presente dado pelo Criador.

Os primeiros resquícios de Londres se faziam visíveis dentre as nuvens, o sol já brilhava alto no céu, o dia estava lindo para aniquilar anjos caídos.

A cidade era linda mesmo de longe, os prédios antes vistos apenas em fotografias agora se faziam tão majestosos quanto. Sobrevoamos as ruas presenciando o caos que reinava ali, carros pegavam fogo, cacos vidros se encontravam aos pesos espalhados pelo chão, destroços de construções estavam por toda a parte.

Nenhum mortal se aventurava pelas ruas, o perigo estava entre eles.

A guerra se concentrava tanto em meio terrestre como aéreo, logo acima da St Paul's Cathedral. Com a sua arquitetura barroca, a catedral rejeitava a simetria, destacando os elementos distorcidos e suas espirais, produzindo inúmeros efeitos visuais. As abóbadas eram extensas e chamativas. Enormes colunas seguravam sua estrutura que chegava a ser intimidadora.

Asas cintilavam por todos os lados, gritos agudos eram audíveis em várias direções, a guerra seguia com fervor, tudo isso para que um dos lados requeresse a mim e a espada celestial, lutando como se eu fosse um bem material a ser adquirido.

Com esse pensamento a fúria invadiu meus sentidos, senti meu corpo queimar instantaneamente, assim vejo meu corpo brilhar ao apanhar a espada e ergue-la para o céu límpido, de imediato as nuvens escuras o tomam, relâmpagos iluminam o céu de forma espantosa, mas continuo firme olhando fixamente para a espada, mostrando-me superior a cada um dos anjos que reparou minha presença.

A espada tremeluziu em minhas mãos como se possuísse vida, emitindo o seu brilho celestial, vários pares de olhos se voltaram a mim, essa era eu.

Lúcifer arregalou os olhos ao perceber as asas grudadas em minhas costas, sorrindo orgulhoso logo em seguida, sabia que encontraria o amor ali, por mais difícil e estranho que pudesse parecer.

Vou de encontro a Miguel e me posiciono ao seu lado.

— O que fazemos agora? — Pergunto tímida com a minha total falta de experiência.

— Esperamos. — Ele responde. 

 

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A Revolta dos Caídos: A Luz e a Escuridão Irão ReinarOnde histórias criam vida. Descubra agora