Capítulo 1

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Entrar para a faculdade sempre pareceu importante para grande parte dos adolescentes, somos submetidos a estudar, afinal, sem um diploma não somos nada, chegamos ao ponto que uma pequena nota define se somos aptos ou não a termos algum valor, port...

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Entrar para a faculdade sempre pareceu importante para grande parte dos adolescentes, somos submetidos a estudar, afinal, sem um diploma não somos nada, chegamos ao ponto que uma pequena nota define se somos aptos ou não a termos algum valor, portanto, passamos grande parte da vida estudando, nos preparando de certa forma para a vida adulta.

Isso sempre pareceu essencial para minha mãe, considerando o quanto me persuadiu por meio de diversos argumentos de como seria uma experiência única e marcante na minha vida, porém, para mim, estar arrumando as malas era estar me preparando para a morte.

Moramos em uma pequena cidade no Oregon, Estados Unidos, chamada Bend, localizada no extremo leste da cadeia de montanhas Cascatas, onde todos tem acesso a múltiplas aventuras, desde escalada, trilhas, esqui e snowboard até caiaque, rafting e natação selvagem, por mais que eu não fosse muito de me expor ao perigo, meu pai havia me ensinado muita coisa durante nossas pequenas aventuras.

Assim que o despertador tocou fiquei mais meia hora deitada na cama, aproveitando meus últimos momentos de paz, já que acordei de hora em hora inquieta com o que estaria me esperando a seguir. Bruscamente, a porta se abriu, revelando minha mãe com um olhar de reprovação considerando minha situação.

— Maya, o que faz deitada? Hoje é o grande dia, não podemos nos atrasar, quando eu voltar, esteja pronta!

Após meu término do ensino médio consegui uma bolsa na Reed College, em Portland, onde eu estudaria Arte, costumava passar horas andando a procura do lugar perfeito para pintar ou fotografar, amo a forma como podemos demonstrar o sentimento por meio das tonalidades de cores ou até mesmo pela velocidade das pinceladas, a arte é capaz de estimular as pessoas a pensarem e terem suas próprias interpretações sobre elas.

— Maya! — Ouço minha mãe me chamar no andar de baixo. — Não estou escutando você se arrumar!

— Estou quase pronta! — Respondo me levantando rapidamente da cama.

Corro até o banheiro para tomar um banho rápido, embaixo do chuveiro me concentro em gravar cada detalhe do ambiente, a forma como as gotas de água pingam no azulejo branco, o modo como o cheiro de grama molhada invadia a casa, os dias ensolarados passados na varanda pintando o sol refletindo dentre as árvores, eu queria memorizar tudo isso antes de minha vida mudar drasticamente.

Com os cabelos ainda úmidos, pego minhas roupas perfeitamente dobradas em cima da cadeira, visto-as e passo um pouco de maquiagem, em frente ao espelho observo o resultado, meus longos cabelos ruivos estavam totalmente desarrumados, longos fios cacheados que iam até a minha cintura, abaixo de meus grandes olhos azuis estavam presentes olheiras, causadas pela noite mal dormida, meu corpo era suave e curvilíneo nos lugares certos, meu rosto pálido, era repleto de sucintas sardas acima do nariz, formando uma pequena constelação, destacando minhas maçãs do rosto e evidenciando meus lábios rubros.

A Revolta dos Caídos: A Luz e a Escuridão Irão ReinarOnde histórias criam vida. Descubra agora