Capítulo 33

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Cancun, México – Anos Depois

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Cancun, México – Anos Depois

Eu estava dentro de um carro infernal, indo me encontrar com o destino, assim que cheguei em frente à igreja, Miguel já está a minha espera, com uma calça jeans rasgada e blusa branca casual, enquanto visto minhas roupas pretas como de costume. Com o olhar cheio de arrogância de sempre eu falo:

— Olá irmão, noite super agradável, não?

— Não me chame de irmão, você perdeu esse direito há muito tempo, perdeu no minuto em que decidiu trair a mim e ao senhor.

— Ainda não superou isso?

— Viemos aqui com o objetivo de negociar e arrumar a bagunça que você causou.

— Tudo bem, do que se trata? — Perguntei indiferente.

— A mestiça nasceu, a criança concebida pelo céu e o inferno nasceu saudável, não sabemos qual será os seus dons, tentaremos retarda-los para que ela cresça junto aos humanos comuns.

— Você está dizendo que quer manter a filha do mais poderoso do mundo junto com seres insignificantes? — Falei incrédulo.

— Isso é necessário, ela terá que viver longe do nosso mundo, pelo menos até chegar a hora.

— Esse é o mundo dela também, quando chegar a hora os poderes virão à tona ela não suportará, ela não vai conseguir controlá-los.

— Nós não temos outra escolha essa criança tem o destino do mundo em suas mãos e para a segurança de todos você estará proibido de vê-la.

— O que?! Você só pode estar brincando! Eu não recebo ordens de ninguém!

— Todos esperavam que você dissesse isso, portanto você será acorrentado no inferno, você não poderá ter nenhum tipo de relação com a mestiça.

— Você está testando a minha paciência anjo. — falei em um tom ríspido.

— Se você aceitar com bom grado as nossas condições você poderá vê-la uma última vez.

— Como não tenho escolha, vamos lá. Melhor isso do que nada. — Ao falar isso pude notar sua surpresa, e dei em sua direção um sorriso travesso.

— Vamos, não precisa ficar com medo, é errado um pai querer ver a filha uma última vez?

Assim levantamos voo, indo em direção ao meu mais precioso tesouro. Quando chegamos em frente ao quarto de Agla, o nervosismo tomou conta de mim por completo, tinha consciência que não poderia mais vê-la, ela estaria vulnerável a todo e qualquer mal, jamais permitiria que fizesse parte disso, mas de alguma forma eu sabia, que ela acharia o caminho de volta para mim, ela voltaria para meus braços.

— Você está bem? Sabe que é só uma criança, certo? — Miguel perguntou

— Você não entende, não é só uma criança, ela é a salvação ou a nossa destruição.

— Vai dar tudo certo Lúcifer, é só ter fé. — No momento em que ele falou isso fiz uma careta, afinal, quem fala para o diabo ter fé?!

Assim que a porta foi aberta me dirigi até Agla que estava deitada na cama, seus olhos estavam cansados, gotículas de suor escorriam de sua testa, mas ela continuava linda, dei um beijo em sua testa e ela apontou para o pequeno berço logo à frente, olhando para a pequena criatura contida ali sussurrei emocionado:

— É menina.

Como ela era linda, seus olhinhos estavam entreabertos, ela estava coberta com uma mantinha rosa, seu rostinho continha um tom avermelhado, em seus cabelos ralos era notável a coloração ruiva. Tirei-a do berço e a aninhei nos braços cuidadosamente, sorri e acariciei suas bochechas quando ela segurou meu dedo com sua pequena mão, ao perceber que Miguel nos observava perguntei:

— Quer segurar?

Entreguei-a para ele e nesse instante ela abriu totalmente os olhos e ficou nos observando, assim que olhou em meus olhos um lindo sorriso surgiu em seu rosto angelical.

— Ela tem os seus olhos. — Miguel falou ainda admirando o bebê em minha frente.

Concordei com a cabeça antes de chamar sua atenção.

— O que foi? — Miguel pergunta.

— Prometa-me uma coisa, prometa que cuidará dela. — Olhei em seus olhos demonstrando meu medo e preocupação.

— Eu prometo. — Ele disse enquanto eu a pegava novamente.

— Minha criança, eu posso não estar presente em sua vida, mas saiba que você estará em boas mãos.

Eu sabia que minha tristeza era evidente, porém pela primeira vez, não me importei que meus inimigos me vissem vulnerável, pela segunda vez passei a me preocupar com alguém além de mim, encontrei o amor a partir de outro, Assim concluímos que até os piores dos piores encontram a felicidade.

Dei um último beijo em minha filha antes que os arcanjos entrassem e solicitassem minha partida, a coloquei novamente nos braços de Miguel e me dirigi até Agla, sussurrando em seu ouvido:

— Essa criança me fez renascer, ela me fez ver a vida em cores novamente, mesmo depois de séculos vendo um mundo acinzentado, frio e sem vida, ela fará coisas grandiosas, portanto se chamará Maya. — Agla sorriu concordando com os olhos já cheios de lágrimas.

Voltei-me para Miguel novamente:

— Honre a sua promessa, cuide dela. — Falei dando uma última olhada em meu pequeno tesouro antes de ser retirado do quarto.

Assim que cheguei no submundo percebi que havia um tipo de bracelete em meu pulso, o qual imaginei que me impediria de sai daquele lugar

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Assim que cheguei no submundo percebi que havia um tipo de bracelete em meu pulso, o qual imaginei que me impediria de sai daquele lugar. Em meio ao vazio que agora preenchia meu peito arremessei tudo que estava ao meu alcance, lágrimas quentes escorriam pela minha face sem parar, percebi que nunca me sentiria completo até tê-la em meus braços novamente.

Horas depois Agla me encontrou deitado no chão olhando para o teto, ela se deitou ao meu lado e me entregou um pequeno globo de cristal, assim que minhas mãos o tocaram uma imagem de Maya surgiu, ela estava sendo entregue a um casal de mundanos, eles sorriram e a acariciaram levemente, assim eu soube que ela estaria em boas mãos e sabia que minha menina encontraria o caminho de volta para casa. 

 

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A Revolta dos Caídos: A Luz e a Escuridão Irão ReinarOnde histórias criam vida. Descubra agora