Capítulo 42

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Não sabia o que estávamos esperando, mas me mantive firme ao lado de Miguel, girei a espada celestial em minha mão algumas vezes admirando seu brilho, ao tocar nela sentia o poder emanar de mim, a sensação era semelhante a borboletas no estômago c...

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Não sabia o que estávamos esperando, mas me mantive firme ao lado de Miguel, girei a espada celestial em minha mão algumas vezes admirando seu brilho, ao tocar nela sentia o poder emanar de mim, a sensação era semelhante a borboletas no estômago causadas pela ansiedade, era um sentimento bom, mas estranho e completamente involuntário.

Os anjos pararam de lutar, cada qual foi para o seu lado, enquanto seguíamos para terra firme, os anjos formaram um escudo a nossa frente enquanto os caídos fixavam sua atenção em algo que acontecia de frente a nós.

Miguel entrelaçou seus dedos nos meus enquanto analisava as portas da Catedral se abrir em um estrondo. Caídos encapuzados saíram porta a fora andando calmamente até nós.

Eles estavam em maior número e nós em uma desastrosa desvantagem. Apesar de parecer uma batalha perdida eu não iria entregar tudo de bandeja, eu iria lutar. Ansiedade corria pelas minhas veias, esperar estava me matando, eu queria derramar sangue hoje. O sangue daqueles que me traíram.

Em meio à várias asas cintilando, observando a revolta que se seguia, Agla fixava os olhos verdes nos meus, eles eram tão gélidos quanto o inverno mais rigoroso, não havia emoção ali, ela estava tão linda quanto na visão do passado a qual o fruto proibido me mostrara.

Mas algo havia mudado em seu interior, ela havia sido tomada pelas trevas, não havia amor ali, apenas desejo por poder e o mais puro ódio concentrados em um único ser que era a minha suposta mãe.

— Podemos avançar? — Pergunto trincando os dentes assim que todos os Caídos saíram da Catedral.

— Podemos! — Sofia responde seguindo em direção aos Caídos.

Ao mesmo tempo, todos correm na direção dos Caídos, antes do choque entre os dois exércitos Miguel solta a minha mão e segue dilacerando o inimigo.

Como instinto sou impulsionada metros à frente com um único bater de asas, em um simples golpe acabo por aniquilar aqueles que se põe em minha frente.

Levanto a espada no ar a tempo de atingir dois Caídos no pescoço, fazendo o sangue espirrar para todos os lados. Poucos metros à frente encontro Uriel, com suas asas abertas ele atingia os Caídos a sua volta na cabeça, fazendo com que caíssem, agonizando. Escorrego por baixo de suas asas abertas esticando minha espada a tempo de atingir as pernas de alguns dos Caídos que caem igualmente no chão. Uriel sorri para mim ao me ver em ação e retribuo o sorriso antes de voltar a correr.

Eu seguida em direção a Catedral, abrindo caminho em meio aos Caídos, cortando gargantas ou enfiando a espada no coração dos inimigos, uma sensação libertadora me invadia enquanto meu sangue fervia percorrendo minhas veias.

Enquanto lutava vi de relance uma flecha vir em minha direção, ela acertou um dos Caídos que estava prestes a me atacar pelas costas, mais a frente Sofia sorria satisfeita.

Voltei a golpear mais inimigos a frente, não sei dizer quando começou a garoar, mas ficava cada vez mais difícil avistar o que estava adiante de mim. Mergulhei em um mar de inimigos, eu estava em uma grande desvantagem, mas eu não tinha medo de morrer, pelo menos teria uma morte honrosa.

Um deles atingiu em minhas costas, uma dor lancinante subiu pela minha espinha, mas tentei ignorar e voltei a lutar, deferi um golpe no ombro de um deles e dei alguns chutes antes de um dos Caídos fazer um corte fundo em minha bochecha.

Solto um grito de dor e afundo a espada no estômago do indivíduo. Alguém se inclina sobre mim e acerta alguns dos Caídos em minha volta, Lúcifer aparece ao meu lado sujo com sangue que não era dele, ele acerta mais alguns golpes antes de sorrir para mim.

— Vai uma ajudinha? — Ele questiona.

— E aí, como está indo? — Pergunto voltando a lutar.

Lúcifer ri e gira a espada em suas mãos antes de seguir em diante, dou de ombros e continuo a aniquilação.

— Desgraçado! — Grito quando um dos Caídos faz um longo corte em minha testa.

Dou um chute em seu estômago e acerto minha espada em seu peito, matando-o. Antes que eu possa avançar algo é arremessado e me atinge em cheio, sou jogada no chão com força e bato minha cabeça sentindo uma dor angustiante, minha visão embaça e passo a ver alguns pontos pretos.

— É bom te ver May. — Sofia diz baixo como um sussurro.

Sofi se encontrava no chão, ela estava com um corte fundo na perna e em seu peito, o sangue fluía sem parar pelos ferimentos abertos formando uma poça em nossa volta, minha amiga já respirava com dificuldade.

Coloquei minhas mãos em seu rosto que continha cortes e hematomas por toda a face, seu olhar era vítreo.

— S-Sofi? Aguenta firme, tá? Vamos tirar você daqui. Vou cuidar de você, vai ficar tudo bem, fica calma. — Falei com dificuldade enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas.

Ela me olhou com seus grandes olhos e sorriu, ela apoiou a cabeça em minha barriga e lágrimas escorreram pelo seu rosto, sequei-as mesmo sendo incapaz de segurar as minhas.

Ela estava me mostrando que estava em paz, afastei alguns fios de cabelo do seu rosto e falei soluçando:

— Estou aqui com você, não me deixe Sofi.

— E-eu vou ficar... bem May, n-não se preocupe comigo. — Ela sussurrou.

Eu sabia que era egoísmo de minha parte, mas não suportaria perder mais alguém que eu amava, a vida de Sofia escorregava pelos meus dedos e eu não podia fazer nada, ela começou a fechar os olhos, então sacudi-a devagar.

— Aguenta mais um pouco, está bem? — Implorei.

Ela voltou a abri-los, mas apesar de suas forças ela estava com muita dor, precisava descansar, com muito esforço ela colocou a mão em meu peito e falou com dificuldade.

— Está... Está na hora de me d-deixar ir May, quero que saiba que você é como uma irmã para m-mim. — Ela sorri fracamente. — Quero que cuide deles, promete?

— Eu prometo, te amo tanto Sofi.

— Também te amo May, para sempre.

Ela voltou a fechar os olhos e encostou sua cabeça em mim novamente, eu podia sentir sua respiração ficando cada vez mais lenta e fraca.

Quando sua respiração sessou, seu braço caiu sob meu colo já sem vida, puxei seu corpo mais próximo do meu e a abracei chorando. Eu não podia perdê-la, doía muito, um buraco se fez em meu peito mais uma vez.

Me levantei desajeitadamente com ela nos braços e alcancei voo até achar um lugar tranquilo para deixar seu corpo.

— Descansa Sofi, você vai ficar bem, não se preocupe, vou acabar com todos eles, eu te amo.

Ajeito seu corpo sem vida na grama macia olho para a minha amiga uma última vez antes de partir.

Volto-me para a batalha que se seguia, mais adiante, de frente às portas da igreja, aquele se passou por Dylan, encontra-se observando as mortes que se tornavam constantes, a raiva invadiu o meu ser e antes que eu me desse conta já estava me impulsionando para cima indo de encontro ao meu destino.

— Você é um homem morto Azazyel. — Falo ao levantar voo.

 — Falo ao levantar voo

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A Revolta dos Caídos: A Luz e a Escuridão Irão ReinarOnde histórias criam vida. Descubra agora