Capítulo 43

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Em seu interior a St

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Em seu interior a St. Paul's Cathedral possuía pinturas, esculturas e entalhes de diversos artistas da época, as paredes eram revestidas com tons de dourado e branco, velas estavam acesas em grandes candelabros, onde as chamas refletiam no piso perfeitamente polido.

Ao centro do altar Azazyel se encontrava em pé de braços abertos enquanto gargalhava alto, seus olhos brilhavam em satisfação ao se dirigir ao portal que se encontrava logo atrás.

Os portões para o inferno eram completamente negros contendo alguns entalhes por toda a sua extensão que oscilavam constantemente como se algo estivesse se jogando contra o mesmo.

— Não se atreva a continuar com isso Azazyel. — Ameaço.

Com essas palavras ele passou a rir mais alto realmente se divertindo com a situação.

— Quem diria! Maya Collins, a portadora da salvação, você realmente acredita que vou fazer o que pede?

Ele me observa cruzar os braços e fuzilar ele com o olhar, medindo cada um dos meus movimentos, então depois do que pareceu uma eternidade ele simplesmente riu.

— A querida, acha mesmo que consegue nos deter? — Ele falou baixo enquanto balançava a cabeça. — Você está destinada a se juntar a mim, de uma maneira ou de outra você será a minha rainha.

— O que fizeram com você? — Pergunto carinhosamente sentindo pena. — Quem fez com que você desligasse sua humanidade dessa forma?

No mesmo instante a fisionomia de Azazyel se enche de sombras pouco antes de chegar até mim em um piscar de olhos, sou prensada contra a parede, mãos vão em direção ao meu pescoço esmagando-o, estava difícil de respirar, sinto seu hálito quente bater contra o meu rosto, enquanto ele pega uma das mechas de meu cabelo avermelhado e passa a brincar com ele.

— Durante toda a minha existência, era eu quem sempre fazia o trabalho sujo e ao fim ficava com as migalhas, sempre vivi nas sombras daqueles que eram considerados melhores que eu e quando chegou o momento em que achei que finalmente teria algo para me vangloriar ele conseguiu tirar isso de mim do mesmo modo, estou cansado disso, Lúcifer já teve seu momento de glória, agora é minha vez. — Com um sorriso ingênuo no rosto ele continua. — Você nunca vai saber como é estar em segundo lugar, nunca vai saber como é se esforçar tanto para no fim não ter crédito algum, afinal você é a filinha do senhor das trevas e de um ser celestial, além de ser a portadora da salvação, um holofote ilumina você desde que nasceu.

Preciso serrar os punhos para não arrancar a sua língua, ao falhar na tentativa de controlar a raiva que crescia em mim, dou um chute entre suas pernas, ele sente dor, e muita.

Com sua guarda em ruínas, empurro seu peito para longe de mim e dou um tapa forte em seu rosto que se contraí ainda mais com a dor, ele cambaleia para trás e pousa a palma da mão contra seu rosto com o intuito de amenizar a dor.

Ele se recupera em poucos segundos, partindo para cima de mim em seguida, ele tenta me dar um soco, mas bloqueio com facilidade e desfiro um golpe em direção a sua orelha, Azazyel grita de raiva, o imobilizo prendendo sua cabeça na parede antes de falar:

— Sabe Dylan, você passou sua vida inteira sabendo quem era, rodeado de pessoas incríveis que te amam, se importam com você e com seu bem-estar. E eu? Cresci sem saber quem eu era de verdade, nunca almejei muitos amigos, até por que nunca me identifiquei com a maioria deles e as únicas amigas que tive, que sabiam que eu era diferente acabaram se machucando por minha culpa, por culpa de quem eu sou.

Aumento o tom de voz, sentindo meu sangue ferver, Azazyel fica em silêncio e sinto ele prender a respiração em alguns momentos.

— Então, perco a única família que me restava e se não bastasse isso, ela é assassinada na minha frente e vejo a vida deixar o seu corpo. Então descubro que o mundo em que eu vivo na verdade não me pertence, porque teoricamente eu não sou humana, eu perdi tudo de uma vez e sofro com as consequências até hoje. E aliás, eu fui invisível durante toda a minha vida e ainda estou aprendendo o que significa ser eu, mas um dia eu chego lá.

Eu deveria ter virado o Senhor do Inferno, eu deveria ter virado uma lenda e ficado com a garota no fim, a ideia da revolta foi de Lúcifer, mas quem ajudou a convencê-los de que isso era o melhor para todos fui eu.

Por alguns segundos me perguntei se a garota a qual se referia seria Agla, minha mãe. Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, um estrondo invade a igreja, seguido de passos leves e elegantes. Azazyel fica rígido no mesmo momento.

Caminhando de forma elegante Agla aparece com sua roupa de guerra majestosa que se assemelha a um vestido longo branco. Mal percebo quando Azazyel consegue se soltar do meu aperto e me prende contra o seu corpo segurando meu pescoço de modo que eu não me machucasse.

Agla nos olhava com um olhar de superioridade, a ganância e a raiva transpareciam deles, ao topo de sua cabeça se fazia visível uma pequena coroa dourada com safiras ao seu redor.

— Basta Azazyel, seu imprestável, me deixe a sós com minha filha. — Ela ordenou me olhando nos olhos. — Precisamos colocar a conversa em dia. 

 

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A Revolta dos Caídos: A Luz e a Escuridão Irão ReinarOnde histórias criam vida. Descubra agora