Capítulo 17

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Algum tempo depois fomos deixadas sozinhas, o silêncio se estabeleceu no local, nossas respirações inquietas era a única coisa audível no momento

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Algum tempo depois fomos deixadas sozinhas, o silêncio se estabeleceu no local, nossas respirações inquietas era a única coisa audível no momento. Estávamos uma de frente para a outra, durante alguns segundos nos analisamos para ter certeza que não estávamos muito machucadas.

Minha mãe encontrava-se ferida, sua camiseta estava rasgada na bainha, havia arranhões e hematomas espalhados por todo o seu corpo, olheiras fundas e arroxeadas estavam localizadas abaixo de seus lindos olhos e seu lábio continha um longo corte que sangrava.

Pesar e ódio invadiu meu corpo ao ver seu estado, canalizei essa raiva e a usei para forçar as amarras, passei a me movimentar loucamente na cadeira, sentindo uma dor forte quase que imediatamente, mas a necessidade de mantê-la vida fez com que eu insistisse. Após o que pareceu horas, finalmente sinto que a cadeira afrouxou o seu aperto, com dificuldade, avisto um pedaço de ferro pontiagudo ao pé da cadeira, passo a me movimentar, usando o atrito ao meu favor.

A corda foi se desgastando aos poucos, minhas pernas já estavam dormentes e os músculos queimavam, estava prestes a ceder quando as cordas afrouxaram seu aperto, sendo possível me soltar.

Após soltar a corda que se encontrava sob meus tornozelos corro até minha mãe e a abraço, quando coloco a cabeça em seu ombro fecho os olhos e começo a chorar instantaneamente.

— Me desculpe mãe, você não deveria estar aqui. — Soluço.

— Nada disso é culpa sua querida, não se preocupe comigo, ficarei bem.

— Vou tirar a gente daqui. — Falo decidida.

Assim que soltei minha mãe e deixei-a em um lugar seguro, fui em direção a caixa de ferramentas onde peguei uma chave de fenda, ela estava enferrujada, mas teria de servir.

Mantive-a junto ao meu corpo e esperei, não demorou muito para ele voltar, me mantive firme o tempo todo, sentei novamente na cadeira ficando na mesma posição de alguns minutos atrás. A porta do porão foi aberta e a luz acessa fazendo com que eu tivesse visão do homem loiro que esteve ali um pouco antes.

— Onde está? — Ele questiona assim que me vê.

Continuo em silêncio, fitando o chão frio.

— Cadê ela? — Ele fala mais alto enquanto segura meu pescoço com força, mas continuo em silêncio.

Meu raptor passa a aumentar a força, apertando tão forte que perco o ar. Arfo com dificuldade e engasgo logo em seguida, minha visão fica turva por alguns instantes, quando estou prestes a desmaiar escuto alguém gritar:

— Pare, vai matá-la!

Assim que minha mãe sai do esconderijo, a atenção do homem encapuzado é atraída dando-me a oportunidade perfeita, com a chave de fenda em mãos, consegui atingir na sua coxa esquerda, fazendo com que ele gritasse de dor, levantei da cadeira pulando em cima dele, nós caímos no chão e comecei a atingir seu rosto com vários socos.

A Revolta dos Caídos: A Luz e a Escuridão Irão ReinarOnde histórias criam vida. Descubra agora