Capítulo 39

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Olho para Miguel como um pedido de socorro, ele gentilmente me entrega uma pedra pontiaguda colocando-a sobre a palma de minha mão

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Olho para Miguel como um pedido de socorro, ele gentilmente me entrega uma pedra pontiaguda colocando-a sobre a palma de minha mão.

Sou levada pelo instinto quando choco a pedra contra minha pele, forçando contra a região até sentir um forte ardor. O sangue passa a escorrer descontroladamente sob minha pele contendo agora um vasto ferimento.

Olho para além dos muros que nos rodeiam e consigo observar o céu, que aos poucos é tomado pela escuridão, extinguindo os últimos raios do sol com sua obscuridade.

Contenho o grito que está preso sob minha garganta quando Miguel segura meu braço e o guia até o emaranhado de rochas a minha frente depositando meu sangue ali.

Com um estrondo as rochas passam a estremecer e uma porta se revela ali, tochas acendem inesperadamente irradiando sua vigorosa luz que irritava os olhos, tornando impossível olhar diretamente para a chama.

Involuntariamente adentro o local, as portas se fecham com um estrondo atrás de mim, deixando-me totalmente no escuro, corro tateando desesperadamente as rochas, em busca de alguma saída.

— Miguel! Não consigo sair! — Grito desesperada.

— Essa é a parte do caminho em que você tem que traçar sozinha Maya, você é forte vai dar tudo certo.

— Miguel... Estou com medo. — Sussurro me espremendo contra a porta.

— Eu te amo.

Essa é a última coisa que ouço antes da caverna tremer sob meus pés e as luzes acenderem,

O local brilhava com as chamas douradas do fogo, que queimavam silenciosamente nas tochas dispostas nas paredes com intervalos regulares entre si, o cheiro de mofo estava fortemente presente e havia uma estranha energia emergindo das paredes que eu não conseguia identificar.

Eu sentia que algo observava meus movimentos, com o medo emergindo do meu ser passo a caminhar sorrateiramente alguns metros à frente, a cada passo novas tochas tomavam vida como se sentissem minha presença, mais a frente, fixo meu olhar em uma espécie de trono de vidro, que se encontrava intacto apesar do estado da caverna.

Algumas plantas o cercavam de forma exótica, vagalumes voavam dentre as folhagens iluminando o trono de vidro, abismada, sou atraída pelo seu encanto, meus pés seguem sozinhos ao seu encontro, quando estou quase perto de alcançá-lo, vejo um vulto rastejar dentre meus pés.

Saio rapidamente do seu alcance sem tirar os olhos daquele ser estranho que volta para guardar o trono. Inesperadamente o vulto toma forma de uma enorme serpente, que se enrola nos braços do mesmo.

Dentre todos os animais criados pelo Senhor, a serpente era o animal mais astuto de todos, condenada a viver rastejando pela eternidade ao incentivar Eva a comer do fruto proibido.

— Quem ousa atrapalhar meu sono?

Uma voz soa em minha mente enquanto a serpente se movimenta preguiçosamente pelo trono.

A Revolta dos Caídos: A Luz e a Escuridão Irão ReinarOnde histórias criam vida. Descubra agora