Capítulo 20

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Sou deixada em paz por horas, boa parte do tempo fico sentada com a cara emburrada, mas passo a ficar inquieta e entediada, percebo que não há sinal de movimento do lado de fora, portanto, decido sair para dar uma volta

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Sou deixada em paz por horas, boa parte do tempo fico sentada com a cara emburrada, mas passo a ficar inquieta e entediada, percebo que não há sinal de movimento do lado de fora, portanto, decido sair para dar uma volta.

Aparentemente os chalés restantes estavam desocupados, mas eu sabia que ali estavam escondidos anjos de todas as categorias, ainda desconfiada sigo andando com passos rápidos até o meio da clareira. Observo os troncos ao redor da fogueira e penso em como minha mãe gostaria desse lugar.

Balanço a cabeça rapidamente e empurro a imagem da minha suposta mãe para o fundo da mente, era doloroso demais lembrar dela.

— Vejam quem decidiu sair da toca. — Alguém desconhecido dirige a palavra a mim.

Direciono meu olhar para o lugar onde vinha a voz, assim que foquei em sua face encontrei um garoto moreno de cabelos castanhos que iam até o pescoço, seus olhos igualmente castanhos me analisavam com curiosidade.

— Quem diabos é você? — Questionei irritada com a falta de sossego.

— Parece que alguém está de mal humor. — Ele ri simplesmente. — Me chamo Uriel, muito prazer Maya.

— Vai me dizer como sabe meu nome? — Perguntei imaginando que ele fosse um anjo também.

— Essa é fácil, Miguel. — Uriel responde como se fosse óbvio. — Ou pelo simples fato de você ser quem é.

Suspiro tentando manter a calma que se esvai a cada segundo. O garoto senta em um dos troncos e se espreguiça como um gato.

— Vai ficar me admirando o dia todo? — Ele pergunta.

Bufo e saio batendo o pé.

— Miguel tente controlar a garota, só falta ela começar a atirar fogo em todos nós!

Escuto Uriel falar, mas estou longe demais para atirar fogo nele de verdade. Quando menos espero alguém segura meu cotovelo me impedindo de continuar andando.

— Você está bem? — Miguel pergunta tomado pela preocupação.

— Eu pareço estar bem? — Retruco incrédula. — Eu perdi a minha mãe, ela morreu nos meus braços. Agora eu te pergunto novamente: Eu deveria estar bem?

Miguel não responde simplesmente abaixa a cabeça e fita o chão.

— Foi o que pensei. — Digo ignorante.

— Eu sei que não é fácil perder alguém. Mas descontar nas pessoas não vai trazer ela de volta ou mudar quem você é, quer descontar em alguém? Desconte em mim.

Ainda estou de costas para Miguel quando ele termina de falar, volto-me para ele e dou um pequeno sorriso, concordando.

Miguel me levou até um campo aberto, longe dos chalés e das árvores, o sol aos poucos se escondia, dando espaço para a lua e as estrelas, enquanto eu me preparava para levar uma surra

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Miguel me levou até um campo aberto, longe dos chalés e das árvores, o sol aos poucos se escondia, dando espaço para a lua e as estrelas, enquanto eu me preparava para levar uma surra.

— Está pronta? — Ele pergunta indeciso se fez a coisa certa.

Concordo com a cabeça e engulo em seco logo em seguida.

No mesmo instante Miguel lançou seu corpo em minha direção e em uma velocidade impressionante consigo bloquear facilmente, ele me olhou surpreso e eu simplesmente dou de ombros, mostrando que não sabia explicar também, era como se eu já soubesse as posições de ataque e defesa.

Miguel se afastou esperando que eu atacasse, dessa forma, corri em sua direção e investi em um golpe em suas pernas, mas meu adversário foi mais rápido e posicionou seu braço contra o meu com tanta força que meu pulso torceu, gritei de dor.

—Você olha antes de atacar, assim fica fácil saber onde vai deferir o golpe. Tente de novo. — Ele provocou, dando um sorriso de lado.

Com esse gesto a minha raiva se mostrou intensa, não esperei muito mais e logo aproximei-me novamente, deferindo um golpe em seu estômago, como o peguei de surpresa, aproveitei a deixa e ameacei atacar seu pescoço, Miguel mais que depressa bloqueou meu golpe.

Me voltei a ele, deferindo um golpe em direção a sua cabeça, mas Miguel percebeu e bloqueou com seus braços fortes, estávamos cara a cara, ele me olhou nos olhos e murmurou:

— Canalize a sua dor, use-a ao seu favor.

Com o ato suas pernas estavam desprotegidas, segui o que me foi instruído e usei isso ao meu favor, me abaixei e dei uma rasteira nele fazendo com que ele caísse no chão, mais que depressa me pus em cima dele o imobilizei, impedindo seus movimentos, finalizando a batalha.

Ficamos nessa posição por alguns minutos em silêncio, minha respiração estava inquieta, mas não era por causa da luta, eu estava chorando, Miguel sentou e me abraçou forte, me ninando enquanto meu mundo desabava.

— Vai ficar tudo bem, estou aqui. — Ele sussurrou no meu ouvido.

— Obrigada. — Respondo envolvendo sua cintura com os braços.

Desse modo, sinto como se todo o peso do mundo tivesse sido retirado dos meus ombros.

Desse modo, sinto como se todo o peso do mundo tivesse sido retirado dos meus ombros

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A Revolta dos Caídos: A Luz e a Escuridão Irão ReinarOnde histórias criam vida. Descubra agora