Após tirar várias fotos de Miguel para nosso trabalho, nos despedimos e ele me levou até meu quarto indo para o seu seguidamente, Alice já estava dormindo quando cheguei, havia perdido a noção do tempo e acabei voltando mais tarde do que pretendia, Miguel não era uma má companhia afinal.
Assim que meu despertador tocou tomei um banho, coloquei minha roupa mais confortável e reuni meus materiais de pintura dirigindo-me até o local marcado, segui por entre as árvores em silêncio, o sol mal havia nascido à neblina que propaga em meio as árvores dava um clima assustador ao lugar.
O campus estava deserto e silencioso, a única coisa audível eram os meus passos apressados e uma coruja cantando, por alguns instantes pensei ter ouvido algo balbuciar, mas imaginei que poderia ser o vento colidindo contra algum objeto.
Assim que cheguei no lugar combinado estendi uma toalha na grama e organizei meus pincéis e algumas tintas, para só então posicionar a tela de pintura, com tudo organizado sentei no chão e esperei.
Horas se passaram quando Dylan finalmente decidiu aparecer, ele seguiu andando em minha direção preguiçosamente como um gato, fuzilei-o com o olhar enquanto ele se sentava ao meu lado distraidamente, sem nem perceber.
— Bom dia Maya, sabia que mesmo me olhando tão furiosamente para a minha testa você não vai conseguir fazer um furo no meio dela?
— Espera para ver seu babaca arrogante, fiquei esperando sozinha aqui por horas.
— Mas eu cheguei não cheguei?
— Tanto faz agora, se posicione para terminarmos logo com isso.
Dylan suspirou alto, mas não se negou a fazer o que mandei. Ele se colocou de à frente de algumas árvores e pousou as mãos na cintura, o sol, que já havia nascido iluminava as árvores ao fundo, mas mantinha-o nas sombras. Suas roupas eram escuras como todos os dias e seu cabelo estava desgrenhado deixando-o charmoso, ele manteve seus olhos fixos em mim quando peguei o primeiro pote de tinta e um dos pincéis dando início ao meu trabalho.
Eu movia o pincel com precisão, quando a imagem formou-se em minha mente passei a pintar sem parar, era uma mistura de preto, cinza e branco, trouxe toda a arrogância e as escuridão de Dylan para uma mera pintura, ele se manteve parado, me olhando atentamente enquanto eu mantinha total atenção na minha mais nova arte. Eu sentia os olhares curiosos vindo em nossa direção assim que deu o horário para a primeira aula, mas eu me mantive ali, atenta a escuridão que nascia ali.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Revolta dos Caídos: A Luz e a Escuridão Irão Reinar
Teen FictionNo princípio, Deus criou o céu e a terra, que era vazia e sem forma, então em meio a escuridão foi criada a luz, feita para separa-la das trevas. Assim o paraíso foi feito reluzente e cheio de anjos gloriosos, tudo funcionava em perfeita harmonia, a...