A coisa mais bela que podemos vivenciar é o mistério. Ele é fonte fundamental de toda verdadeira arte e de toda ciência. Aquele que não o conhece e não mais se maravilha, paralisado em êxtase, é como se estivesse morto: seus olhos estão fechados
— Albert Einstein
Jack entrou no hospital retirando o capuz, sabia que parecia suspeito daquela forma. Estava assustado, acostumando-se com o fato de que poderia prejudicar seu eu de alguns dias atrás apenas por aparecer ali.
Enquanto adentrava, percebeu aquele homem maltrapilho ocultando-se pela porta do elevador. De imediato, Jack cravou os olhos nos números que somavam-se logo acima da porta.
O rapaz apresentou-se na recepção como detetive, apresentando seu distintivo, informando que precisava falar com Alissa. Por um momento, Jack levou a mão aos óculos para retirá-los e melhorar o contato visual com a recepcionista, porém, ao perceber a sensação de quase anonimidade que o adereço o fornecia, ajeitou-o em sua face; estava seguro com aquela nova peça, permitindo-o adotar uma postura mais relaxada, sem enrijecer o tronco para adotar confiança.
Jack percebeu o nível redobrado de atenção da recepcionista ao atendê-lo. O olhar da moça tentava decifrar para onde o rapaz realmente olhava, e aquilo, para Jack, era quase como um troféu, principalmente por elevar o tom misterioso que ele carregava por ser um detetive, quiçá, também, por investigar as pessoas de alta classe como a mulher do prefeito.
— Tudo certo — Autorizou a mulher após informar num telefone.
— Obrigado! Mas... — Parou por alguns instantes, fazendo-a cravar o olhar em Jack — Sabe para qual andar foi aquele mendigo que estava agora mesmo na recepção?
— Por quê? — Questionou, pensativa.
Jack desviou o olhar para os números do elevador, parou no quinto, apenas esperava que outra pessoa não os tivesse parado para subir com os dois, seria um tiro no escuro.
— Vou te contar algo confidencial... — Jack aproximou o rosto, escondendo-se entre seus ombros, fazendo a mulher avançar com ele — Pode ser que ele esteja envolvido em um caso que estou investigando! — Murmurou.
— Ah... — O rosto da recepcionista ardeu em um vermelho febril, certamente sentiu-se idiota por pensar em atrapalhar o trabalho de um detetive, afinal, não poderia informar nenhum dado de pacientes — Me desculpe, detetive...
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O Abismo Temporal de Jack Bruce
Science FictionJack recebe uma ligação misteriosa de uma idosa pedindo para investigar um caso aparentemente banal, mas o rapaz descobre que o lugar de onde veio a ligação está abandonado há décadas, sedento por dinheiro para conseguir tratar o câncer de sua mãe...