Capítulo 32 - Abrindo Portas

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"A Geometria existe por toda a parte. É preciso, porém, olhos para vê-la, inteligência para compreendê-la e alma para admirá-la." 

— Johannes Kepler


— Antes de tudo, vocês estão cientes das consequências disso, certo? — Indagou o professor

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— Antes de tudo, vocês estão cientes das consequências disso, certo? — Indagou o professor.

— Acho que nós dois somos os mais conscientes disso! — Afirmou Lucas.

Eduardo deu de ombros e continuou guiando-os por um um corredor apertado. Uma porta os esperava ao final, não seria surpresa caso encontrassem outro quarto totalmente branco, com móveis alinhados milimetricamente.

O professor abriu-a, por um instante, Jack até riu a o ver as paredes brancas da sala, porém, ao adentrarem, percebeu uma parede preta que roubavam a atenção de todo o resto, à frente dela, uma escrivaninha repleta de pilhas de papéis, alinhadas dentro de um nicho, escrito "desesperos" seguido de uma carinha feliz. Ao lado, outro nicho cheio, porém, escrito "formulários".

Jack aproximou-se, percebeu que ambos eram papéis de alguma escola da região, no "desesperos", eram provas de física de alunos com notas baixíssimas. Certamente aquele homem deveria ser um dos professores mais odiados daquela escola pelos alunos. Logo na primeira página de prova, o rapaz percebeu que ele desconsiderava qualquer número ou letra que ultrapassasse minimamente a margem, ou permanecia em cima dela.

"Acho que eu o odiaria também" Jack refletiu, deixando um breve sorriso de desprezo emergir em sua face.

Todo o resto da sala era enfeitada por estantes cheias do chão ao teto, aparelhos eletrônicos, como multímetros de ao menos três marcas diferentes; martelos, réguas, trenas e mais uma dúzia de ferramentas repousavam num quadro onde permaneciam penduradas. Diferente de toda a casa, mesmo que extremamente arrumado, aquele quarto tinha algo de especial, como se fosse o único que não fora planejado de ponta a ponta para uma função específica, eram óbvias as funções dos demais cômodos, sem sequer algo que não pertencesse a eles ali, como quando larga-se as chaves de casa em cima de alguma cômoda ao invés do separador ao lado da porta, ou quer que seja o lugar das chaves.

A sala estava arrumada, mas era confuso, não sabia-se ao certo se era um escritório, uma biblioteca ou um quarto de ferramentas. A expressão de surpresa de Jack realçou-se sobre os olhares apáticos de Lucas e Eduardo, visto que já conheciam a complexidade do quarto. O professor deixou uma risada sarcástica escapar ao observar a expressão do rapaz.

Eduardo abaixou-se com dificuldade à frente da escrivaninha, de onde tirou algumas folhas de uma das gavetas.

— Eu nunca levei tão a sério esse negócio de viagem no tempo... — Ele fitou Jack — Até esse momento — Um sorriso orgulhoso saltou sobre seu rosto. — Lucas que era o doido, crente que isso aconteceria algum dia... Enfim — Ele suspirou ao colocar as folhas em cima da escrivaninha —, esse dia finalmente chegou...

O Abismo Temporal de Jack BruceOnde histórias criam vida. Descubra agora