Capítulo 48 - Memórias Apagadas

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O Tesseract surgiu à frente de Lucas e Ange

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O Tesseract surgiu à frente de Lucas e Ange. A luz que aquele cubo quadridimensional emitia penetrava nos olhos daquele homem rasgando-o por dentro com dúvidas. Lucas respirou fundo, beijou a testa de sua filha que repousava em seu colo e adentrou.

A dor de cabeça de ser transportado para outra linha temporal latejava em seu crânio, uma tortura necessária para ter a esperança de ver Angelita aproveitar o fim de sua vida. Se foi um ótimo pai até certo processo de sua criação, deveria ser o melhor do mundo agora que aquela breve vida chegava ao fim.

Ao sair do Tesseract, Ange gritou de dor. Com as mãos tampando os olhos, a velhinha estremecia-se sobre os braços de seu pai, como se retornasse a ser somente um bebê, a criancinha que Lucas jamais poderia ter novamente da forma que se lembrava, já que felizmente, o tempo cumpria seu papel.

 Com as mãos tampando os olhos, a velhinha estremecia-se sobre os braços de seu pai, como se retornasse a ser somente um bebê, a criancinha que Lucas jamais poderia ter novamente da forma que se lembrava, já que felizmente, o tempo cumpria seu papel

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— Chamem os seguranças! — A enfermeira gritou.

Em um ato desesperado, Jack sacou a sua arma, fazendo-a gritar. Mas ele levou o revólver à janela e a quebrou com uma coronhada. Como reação, os urros dos bebês ensurdeceu o sopro do vento frio que invadiu o berçário. Jack olhou para baixo, havia seis andares para descer, se pulasse quebraria as pernas e aquele bebê morreria, ou talvez os dois.

Enquanto a adrenalina percorria pelas suas veias, seu estômago parou de doer, toda atenção era voltada para como sair dali. Passos pesados ressoavam do final da recepção, eram os seguranças. Não havia outra saída, Jack limpou os vidros remanescentes com o cano da arma e colocou uma perna para fora da janela.

Um arrepio subiu pela sua coluna quando percebeu que não havia mais volta. Cada andar havia um parapeito em que se estendia até a frente do hospital, Jack repousou um dos pés ali e logo veio o segundo. Ricardo chorava em seu colo, ensurdecendo-o, mas não ao ponto de não perceber que dois seguranças haviam chegado.

— Você vai cair, parado aí! — Eles gritavam, com as armas levantadas.

— Abaixem isso, ele está com um bebê! — A enfermeira gritou, histérica.

A alguns metros ao lado havia uma escada chumbada à parede onde dava acesso desde o segundo andar até o telhado. Com a ponta dos pés, Jack esgueirava-se pelo parapeito enquanto tentava não esmagar a criança em seu colo contra a parede. Ao olhar para baixo, o chão de concreto esperava seu encontro em uma queda para pintá-lo de vermelho. Ainda não haviam curiosos lá embaixo esperando-o cair, os únicos que assistiam o espetáculo eram dois seguranças e duas enfermeiras, que o observavam pela janela quebrada, talvez até tivessem chamado a polícia, mas queriam mesmo era vê-lo cair, espatifar-se no chão junto ao bebê.

O Abismo Temporal de Jack BruceOnde histórias criam vida. Descubra agora