Julian a abraçou com todas as forças que tinha no braço, agarrando-se a ela com desespero.
— Você vai me matar, Juli. — Julie disse rindo. — Está me sufocando.
Ele recolheu os braços para si.
— Juli? o apelido dele é seu nome? — Reggie perguntou. Julie lembrou que tinha mais pessoas em volta, e sentiu-se meio envergonhada por sua explosão súbita e inexplicável de felicidade.
Julie adorava crianças, claro, porém amava muito mais Julian. O conhecia desde seus três anos de idade.
— Sim, somos conectados desse jeito. — Julian disse ironicamente, mas era um pouco verdade.
— Onde está sua mãe? — Julie olhou em volta da loja, em caso de não ter visto Arabella, mas a verdade é que a mulher nunca passava despercebida. Se estivesse ali, faria com que todos a vissem.
— Em Nova York. — Respondeu Julian, Julie subiu as sobrancelhas olhando para ele. — Deus livre a poderosa Arabella de perder um dia de trabalho!
— Você veio sozinho? — Luke franziu o cenho preocupado. Que tipo de mãe deixa uma criança rodar o país sozinha?
— Eu vim com Timmy. — Respondeu avaliando Luke com os olhos.
— Timmy está aqui? — Julie pegou a jaqueta para vestir novamente, mas desistiu na metade do caminho.
— Sentiu saudades, gatinha? — A voz de Timothy invadiu a floricultura. Viraram-se para ver Tim, um homem de 1,90, bronzeado, olhos castanhos, cabelos loiros e sorriso doce empurrar as malas de Julian para perto dele.
Julie revirou os olhos, Timmy colocou a mochila e a mala no chão e se aproximou de Julie, eles se abraçaram.
Luke pigarreou.
— Esses são Flynn e Reggie meus amigos. — Julie os apresentou para Timmy e Julian, ela apontou casualmente para o homem com uma carranca. — E Esse é Luke.
Luke abriu um sorriso zombeteiro. Ele era Luke. Só Luke. Definitivamente não um amigo.
Tudo bem, ele nunca quis ser amigo dela mesmo.
— Esse é Tim, motorista da Arabella, minha chefe. — Ela apresentou-os. Julian dispensava apresentações.
— Timmy fica perdido sem você. — Julian disse com um sorriso maldoso. Era perceptível que o gênio dele era igual o de Julie.
— Como você é mentiroso! — Timothy revirou os olhos.
— Então, não sente minha falta? — Julie lambeu os lábios. Só estava fazendo uma graça, realmente não pensava em voltar com Tim, e ele também não.
— Morro de saudades, gatinha. — Ele desceu os olhos para o relógio. — Tenho que ir. Se cuide, carinha.
Ele foi embora.
— O que foi isso? — Reggie olhou para porta da qual Tim acabara de passar.
— Isso o quê? — Julie sentou-se do lado de Julian.
— Morro de saudades, gatinha. — Luke forçou uma voz engraçada.
— Não tente ser engraçadinho, não combina com você. — Julie provocou.
— Não vai responder? — Flynn também parecia curiosa.
— Tim é meu ex-namorado. — Ela se explicou. Reggie olhou para Luke rapidamente, mas ele olhava incrédulo para mulher.
— Aquele idiota? — Luke ignorava os comandos de seu cérebro que o diziam para calar a boca.
Julie deixou seus olhos escorrerem por cada parte de Luke. Dos cabelos cabelos bagunçados, para os músculos, para o tênis marrom no pé.
— É. — Disse. — Eu tenho um tipo.
Ela colocou a mochila de Julian nas costas e pegou a mala de rodinhas.
— Eu tenho que ir resolver as coisas para o Juli, não vou poder mais ajudar com suas plantas. Sinto muito. — Julie avisou Flynn, que acenou.
Juli seguiu ela até a porta.
— Tente não subir na moto de nenhum desconhecido e ter uma experiência de quase morte no caminho para casa, tá' bom, gatinha? — Luke resmungou.
— Vá se danar, fazendeiro. — Ela gritou antes de bater a porta. ela virou-se para Julian. — Não conte para sua mãe que eu disse isso perto de você.
— É a segunda vez que ela bate aquela porta xingando o Luke. — Reggie observa.
— Ela é temperamental. — Luke tentava disfarçar o sorriso que surgia no canto da boca. Ele amava irritar Julie.
— E você não, gatinho? — Reggie arqueou as sobrancelhas na direção dele.
Luke abriu um sorriso inocente.
— Vão trabalhar, eu pago vocês para ficar conversando, por acaso? — Flynn bateu palmas, para apressa-los.
— Você nem paga a gente. — Luke disse. Flynn olhou feio para ele.
— Vocês não acham estranho uma criança viajar sozinha? — Reggie mudou de assunto, eles o olharam.
— Não é da nossa conta. — Flynn disse e foi arrumar a plantinha violeta.
— Eu acho irresponsável. — Luke comentou. — Você percebeu que ele é uma versão pocket da Julie?
Reggie caiu na gargalhada.
— A julie é uma versão pocket de si mesma, ela tem o que? 1,50? — Reggie sentou em cima da mesa de ferro.
— Um e sessenta. — Luke contou.
— Você também sabe quanto ela calça? O CPF dela? o tipo sanguíneo? Credo! — Reggie tagarelou. Luke não achou graça e olhou sério.
— 36. — Disse. Reggie o olhou em silêncio. — É quanto ela calça, infelizmente não sei o CPF ainda.
— Você está muito tenso, você precisa de... — Luke lançou-lhe um olhar que interrompeu sua frase. — Eu ia dizer descansar, Juro.
Luke negou com a cabeça.
— Me ajuda a arrumar esse sacos, por favor? — Luke pediu, o garoto se aproximou.
Enquanto arrumavam os sacos, Luke percebeu que Julie esqueceu sua jaqueta na cadeira.
— Ela só não esquece a cabeça porque é grudada no corpo. — Reginald observou.
— Ela tem muita coisa com que se preocupar, é justificável. — Luke disse enquanto arrumava os sacos.
Reggie lançou um olhar engraçado a ele.
— Eu entrego para ela depois, estamos morando na mesma casa. — Continuou.
— Por que você não fala essas coisas legais na frente dela? — Reggie perguntou, Luke olhou para ele como se ele fosse um louco.
— Deus me livre! — Exclamou.
Aparentemente, na visão de Luke, ser legal com Julie era um destino pior que a morte.
— Vocês dois vão acabar enlouquecendo um ao outro. — Reggie falou, Luke se afastou assim que viu que não havia mais sacos para arrumar.
— Ela já me enlouquece. — murmurou. Reginald abriu um sorriso travesso. Luke negou. — Isso saiu errado, não era o que eu queria dizer.
Ele foi andando até a porta. Reggie seguiu-o.
— Mas foi o que disse. — Falou, Luke fechou a porta atrás deles.
— Vai se ferrar. — Respondeu.
— É a terceira vez que alguém sai da floricultura falando isso só hoje. — Reggie comentou, e eles seguiram para casa.
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Deja Vu ️🌈⃤ Juke (Julie and the phantoms)
Fanfiction❝ - Vai embora! Você parece ser boa nisso. - As palavras cheias de mágoa e amargura saem da boca dele. - Você não tem o direito de jogar tudo nas minhas costas, não tem o direito de me chamar de egoísta. Não tem o direito de dizer que eu fui embo...