Procurou por ela em meio às pessoas, mas ela não estava por ali. Ligou para ela mais de cinco vezes, mas sempre caía na caixa postal. Aquilo era tão injusto! Ele nem sequer sabia o que tinha feito de errado!
Depois de meia hora andando por aí, decidiu ir para fazenda, reclamar do seu dia para as vacas, falar sobre como Julie pegou no pé dele a tarde inteira para os cachorros, e divagar sobre idéias não inteiramente formadas com os passarinhos e os porcos. É, a idéia parecia incrivelmente atraente aos seus olhos.
Entrou em sua camionete velha, e dirigiu até a fazenda, chegou rapidamente ao seu destino. Entrou na casa e tirou o tênis, colocando uma bota velha, que ele não se incomodava em sujar. Desceu as escadas e correu para o celeiro.
No celeiro sempre estava quente, um calor convidativo e agradável, Luke adorava aquele lugar, por diversos motivos, alguns os quais ele nem sequer tinha coragem de admitir. Olhava em volta quando percebeu a mulher parada ali, encarando em silêncio. O vestido amarelo claro tão longo que quase encostava no chão, e os cabelos escuros antes arrumados em perfeitas ondas meticulosamente feitas a mão, estava atrapalhado.
— Oi. — Disse cautelosamente. — Eu liguei para você, e você não me atendeu, eu procurei e não te encontrei.
Kayla passou os olhos pelo rosto dele em silêncio, ergueu o queixo, e centralizou o pingente preso na correntinha prateada em volta de seu pescoço.
— Eu vi você hoje. — A voz dela estava baixa. — Na competição.
— Você parecia querer muito as passagens, falou disso o mês inteiro, achei que seria uma pena perder a chance de ganhar um, por um simples mal estar. — Ele andou em direção à ela, queria entender porquê ela passou o dia fugindo dele, queria entender o que tinha feito de errado.
Ela continuou no mesmo lugar.
— Você e sua ex fingiram ser um casal na frente da cidade inteira para me ajudar? — Ela jogou os cabelos para trás do ombro enquanto o encarava como se ele fosse um idiota. Tudo bem, quando ela falava dessa maneira realmente soava como uma má idéia, porém ela tinha que entender a intenção por trás de tudo. Era sobre ela, não sobre ele e Julie. — Vocês pelo menos ganharam?
Luke desviou o olhar envergonhado, as bochechas pegando fogo. Parecia tudo tão imbecil, tão impensado agora.
— Meu Deus. — Ela colocou as mãos na cintura. — Lucas, você está maluco?
O cérebro de Luke o levou para anos atrás naquele mesmo celeiro.
— Você está maluco? — Julie perguntou com as mãos na cintura.
— Eu gosto de você. — Respondeu o garoto, Julie olhou para ele como se ele tivesse acabado de dizer a sentença mais burra do universo.
— Sinto muito. — Ela disse, parecia irritada, muito irritada, mas Luke não entendia, ele não havia feito nada errado! Há segundos atrás tudo estava bem entre eles, bastou Luke citar qualquer coisa sobre compromisso, para todo o bom humor da garota desaparecer.
— Eu não te entendo. — Ele a seguiu celeiro a dentro, até estarem a pouco mais de trinta centímetros de distância.
— Bom, entre na fila. — Ela cruzou os braços sobre a blusa azul, tampando o escudo do capitão América. — Nem eu me entendo, abacaxi.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Deja Vu ️🌈⃤ Juke (Julie and the phantoms)
Fanfiction❝ - Vai embora! Você parece ser boa nisso. - As palavras cheias de mágoa e amargura saem da boca dele. - Você não tem o direito de jogar tudo nas minhas costas, não tem o direito de me chamar de egoísta. Não tem o direito de dizer que eu fui embo...
