Deja Vu ️‍🌈⃤ Juke (Julie and the phantoms)

02● Harry Styles de brinde

Estavam tentando ler o celular da adolescente a frente, não eram tão intrometidas assim normalmente, mas depois de uma viagem entendiante de 6 horas, até uma cidade esquecida pelo tempo, estavam sedentas pelo drama adolescente que a menina de cabelos roxos oferecia.

— Bailey Wicklow está pensando em terminar com Tessa Melon. — Sussurrou Carrie no ouvido de sua amiga. Julie ergueu o olhar minimamente. 

— Bailey é ridículo, Tess fez tudo para ele, mas é claro, ele já conseguiu o que queria. — Resmungou Julie de volta. O tom levemente alto da mulher, fez com que a adolescente a frente percebesse a intromissão e se afastasse alguns metros.

— Que grosseria! — Reclamou Carrie, enquanto retocada seu gloss sabor melancia. — Agora nunca vamos saber se Jackie traiu o ex-namorado ou não. 

Enquanto a loira tagarelava, uma onda de arrependimento perpassou por Julie, não era legal ficar lendo as conversas privadas dos outros por aí, mesmo que Willie estivesse meia hora atrasado para busca-las não deveriam ter feito isso.

No entanto, não comentou sua realização ética com Caroline, ela não entenderia. Não é como se Carrie fosse má, longe disso, ela era um doce (quando queria ser). Era apenas que Carrie Wilson estava acima dos conceitos de bem e mal, e demoraria séculos até que entendesse porque acabar com a privacidade alheia era algo ruim.

Os devaneios de Julie foram interrompidos quando notou a camionete azul com a pintura descascada vindo em sua direção, teve a leve impressão de já ter visto o veículo antes, mas deixou logo as suspeitas de lado enquanto entrava no banco traseiro junto à Carrie.

— Viu? Nenhuma multidão, nenhuma comoção em massa. Eu avisei que eu apenas havia contado para Alex. — Willie garantiu, olhando para as meninas de trás do banco do passageiro. Ao seu lado, seu marido Alex, um homem loiro e alto, batucou nervosamente os dedos no volante.

— Bom dia para você também. — Julie cumprimentou-o.

— Já está de tarde. — Carrie lembrou-os e posicionou o óculos ray-ban entre os cabelos cor de mel.

Alex batucou os dedos com mais força, Willie virou o rosto para ele.

— Está tudo bem?

— Não era para contar sobre a volta da Julie à cidade? — A voz do garoto transpareceu uma preocupação genuína, e ele parou de cutucar o volante.

Os olhos da garota se arregalaram no banco de trás. É claro que não era para contar, ela havia especificamente pedido para que não contassem, mas é claro, algo tinha que dar errado.

Ela nem sequer sabia quanto tempo ficaria na cidade, estava de volta apenas porque avisaram-na que seu pai estava bebendo novamente, ela estaria ali apenas pelo tempo necessário para coloca-lo de volta nos trilhos e então voltaria para Nova York, continuaria trabalhando no seu livro e publicando artigos na Red Bloom, bem longe de May far.

— Para quem você contou? — A voz de Willie soou a beira do desespero, ele não queria irritar Julie. A garota já era amarga até mesmo de bom humor e não precisava de incentivo algum para ceder a agressividade.

— Para Flynn, e para Reggie. Flynn contou para Nick, mas eu acho que é só isso. — Alex mantinha os olhos na estrada enquanto se explicava. Willie olhou para Julie pelo retrovisor.

— Está tudo bem. — Garantiu ela, e passou o resto da viagem em silêncio olhando pela janela.

Pararam o carro em frente a oficina do Al e ao lado da Donuts Shelf uma confeitaria toda pintada de verde tiffany. Julie não queria dormir em casa junto de Carlos e seu pai, como se fosse uma adolescente de novo, então estava num hotel 3 estrelas no centro da cidade (O centro da cidade era apenas uma rua, cidades pequenas são engraçadas.).

Quando saiu do carro quase foi derrubada por um abraço relâmpago e forte. Ela não retribuiu sem saber quem era.

— Não acredito que você voltou para May far e não me contou! — Reconheceu a voz de Flynn, e finalmente a abraçou de volta. — Alex teve que me contar, porque minha amiga não teve a capacidade.

— Eu não queria que vocês tratassem como algo importante. — Se defendeu arrumando seus cachos na cabeça enquanto Flynn se afastava.

— É algo importante. — Rebateu flynn.

Julie revirou os olhos.

— Só é algo importante se vocês tratarem como importante. — Argumentou. Nicolas Pinciotti, esposo de flynn, e antigo camisa 10 do time de futebol da escola interviu.

— É algo importante de qualquer jeito. — Julie o escaneou com os olhos.

— Vejo que os anos não mudaram você, Nick. Ainda é um chato. — Ela comentou com um toque de humor.

— Eu poderia dizer a mesma coisa sobre você. — Ele falou.

— Não vai me apresentar para seus amigos da roça? — Carrie perguntou enquanto posicionava sua mala rosa com bolinhas brancas em pé ao seu lado.

— Acho que todo mundo já te conhece. — Julie fez menção a fama internacional da cantora. — De qualquer forma, essa é Carrie Wilson. Carrie, esses são Nick e Flynn.

Conversaram mais um pouco antes de decidirem subir para bisbilhotar o quarto das meninas. Comeram do frigobar no quarto, mesmo com os protesto de Julie avisando que não iria pagar aquele absurdo nem se dessem Harry Styles de brinde.

Às 18:30 a garota desceu para buscar o resto de suas malas, garantiu para o resto de seus amigos que não precisava de ajuda, que já era mocinha e podia carregar uma mala média sozinha.

Estava puxando a mala preta para fora quando algo a fez parar, do outro lado da rua, alguém com um boné de baseball e uma camiseta branca saia da Oficina do Al.

Seu susto foi tão grande que deixou cair a mala em seu pé, enquanto se segurava a beira da camionete e mordia a boca com força para não gritar, Julie puxou a mala para um ângulo do carro onde ela na pudesse ser vista da oficina.

Seus lábios secaram e sua garganta ardia com a força do grito segurado, ela tentou controlar as batidas do seu coração, mas era impossível.
Tentou se convencer de que era outra pessoa que atravessava a rua, mas no fundo, ela sabia que reconheceria aquela merda de sorriso convencido de qualquer lugar.

Segurou a mala com força e segurou a respiração. 

Atravessando a rua, vinha seu ex-namorado, Luke Patterson.

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As postagens a meia noite voltaram, ora ora

Bisous
D.