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Não esqueça de comentar e beber água

XX MINA STRANGE XX

— Mina?

Era só o que me faltava, eu estava ouvindo coisas agora. Não me virei, não daria esse gosto ao meu cérebro, eu não estou louca.

— É a Billie.

Ouvi a porta se fechar e o vento que vinha do corredor passar. Senti sua mão fria pela blusa fina que eu usava hoje. Não me lembro o que aconteceu, mas eu me vi com o braço bom pressionando seu pescoço e sua voz agora levemente rouca por causa da pressão no pescoço.

Me afastei, batendo contra a parede sentindo uma dor agonizante no meu braço esquerdo.

— O que aconteceu? — Sua voz preocupada se aproximou de mim, mesmo depois de tê-la atacado.

Senti mais uma vez o seu toque. Não. Não era para ela estar aqui, eu pedi que não me procurasse, eu pedi e prometi que me afastaria, e quebrei tantas vezes essa promessa de me afastar, que talvez eu mereça estar aqui agora.

— Mina, o que aconteceu? — Eu podia sentir a sua tensão, o medo, a sua respiração entre cortada.

Eu vi ela dar um passo na minha direção, calma, e eu não me mexi. Eu realmente queria que ela se aproximasse, me tocasse, respirasse o mesmo ar que o meu, mas não podia. Teria que vê-la partir mais uma vez, e eu não sei se meu coração aguentaria.

— Posso ver seu braço? — Sua voz suave veio acompanhada de mais um passo na minha direção. — Se senta na cama, me deixa conversar com você.

Eu me sentei na ponta da cama vendo ela se aproximar e se sentar na minha frente. Desprendeu a minha tipoia, que eu colocava raramente, apenas quando doía, ela tateou meu braço a procura de um machucado até o meu ombro.

Ela puxou a minha blusa para o lado, vendo os esparadrapos cobrindo o buraco que eu tinha feito em mim mesma.

— Alguém atirou em você?

Como eu odiava ouvi-la, vê-la, sentir o seu perfume natural, agora acentuado por um perfume doce. Virei o rosto para a grande janela que não abria, olhando para o lado de fora a procura de uma forma de dizer que eu havia feito isso, mas não com intensão de me machucar, porém tudo o que se formava em minha mente, piorava mais e mais a situação.

Meu corpo se arrepiou quando seus dedos tocaram meu rosto, puxando o mesmo para sua direção.

— Está tudo bem, pode me contar o que aconteceu.

— Billie... — Falei seu nome em um sussurro, vendo el se arrumar sobre minha cama desconfortável e fria. — Não precisa se preocupar, eu estou bem.

— Se estivesse realmente, os seus irmãos não teriam me procurado, como você acha que eu descobri onde você estava?

Murmurei um palavrão xingando os dois e a garota morena mandou eu não falar palavrão e depois colocou a mão sobre minha perna.

— Eles só está am preocupados com você, e eu também. Você sumiu, eu sei que pediu para eu não te procurar, mas eu não aguentei, eu fui até aquela casa perto da praia, mas só tinha alguns empregados.

— A nossa casa é aquela nas montanhas, a de Constança é apenas para negócios, raramente eu vou para lá.

— Eu percebi. Mas como você está? Por que veio para aqui?

BAD GRLOnde histórias criam vida. Descubra agora