"Onde estão os seus pais?"
Essa era a pergunta que todos me faziam antes de voltarem a me torturar, minha vida agora é baseada nessa pergunta.
Era era apenas uma garota, mas havia coisas que eu não sabia, coisas que mudaram a minha vida.
#2 em prosa...
Eu havia voltado do interior, há uns vinte minutos e estava sentada na minha mesa. Voltei a ler os meus papeis, que Billie havia interrompido. Quando eu me sentei ao seu lado, tinha sido para conversar, mas quando ela colocou minha mão na sua cintura e beijou meu pescoço, os meus planos de apenas conversar mudaram.
No meio de tudo aquilo mais cedo me senti mal pela garota, mas quando estávamos acabando lembrei de algumas coisas que meus pais me ensinaram.
Pais normais ensinam os filhos a ler, escrever e se comportar na mesa. Os meus me ensinaram a manipular, torturar e matar, as vezes quando era pequena, eu só queria ter uma vida normal.
Quando meu irmão mais velho, Joshua entrou na sala, abaixei o papel que eu lia, retirei meus óculos e o olhei, esperando que ele começasse a falar.
— Sexo matinal?
— Ela quem começou. — Me defendi. — O que quer?
Me encostei na minha cadeira, relaxada. Eu só me permita ficar assim na área residencial do castelo, onde apenas alguns funcionários, apenas os de confiança podiam entrar, e o meus escritório, quando eu estava sozinha ou com meus irmãos.
— Nunca te vi tão empenhada em não colocar uma faca em alguém como você está com essa garota.
— Se ela tiver cicatriz vale menos na boate.
— Ela tem algumas, na verdade varias, e a ultima vez você quase matou a garota, deixando ela cheia de machucados, mas mesmo assim mandou ela para um das boates e a garota ainda rende uma boa grana. — Errado ele não está, mas eu não quero machucar tanto a Billie.
— Josh, eu sei que você é meu irmão mais velho e se preocupa comigo, mas vamos trabalhar. — Falei mudando de assunto.
— Está certo. Como eu havia lhe dito ontem na boate, alguns dos containers vindos da Ásia foram contrabandeados.
— Quem estava responsável pelo carregamento?
— Garry.
Me levantei arrumando a minha postura.
— Mina, ele tem família.
— Eu também tenho, e tenho que cuidar dela. E os homens e mulheres dos containers? Do que adiantou eles abandonarem seus países?
— Essas pessoas estavam vindo para serem modelos, mas iam acabar sendo obrigados a se prostituir.
— Eles tinham a opção de não entrar no contêiner, todo mundo sabe o que acontece quando você estra em um container indo pra outro país. E o destino deles talvez não mude muito.
— Mina, o que você vai fazer?
— Vou descobrir pra onde foram meus garotos.
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