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Último capítulo... podemos entrar em depressão?

XX BILLIE BAIRD XX

Acordei cedo, e eu estava odiando e com uma ressaca horrível. Nunca faça sua despedida de solteira, no dia anterior ao do casamento. Mas levando em conta que eu passei o dia bebendo e tranzando com a minha noiva, não acho que não tenha sido uma boa ideia.

Eu mergulhei em uma banheira quente com ervas medicinais na tentativa de relaxar, não que tenha adiantado algo.

Eu me aprontei em meia hora e continuei dormindo na cadeira de maquiagem, até virem com meu vestido Channel grande e liso.

Minha avó tinha me dado o colar que ela usou em seu casamento, e o vestido era perfeito para o mesmo. A mesma estava sentada no sofá, no canto do meu quarto me olhando.

— Está linda.

— Obrigada.

Ouvimos uma batida na porta e uma das minhas primas foi até a mesma abrindo apenas uma fresta voltando com Georgine e Dimitrie no colo.

— Adivinha quem quer a mamãe — minha prima falou trazendo os dois para dentro.

— Eles nem sabem falar ainda.

— Tudo bem, eles podem vir com a bisavó — minha avó falou se levantando e indo até os dois pegando Georgine no colo.

— Eu quero champanhe.

Minha assistente pegou uma taça e me serviu. Eu estava surtando.

Hoje é o dia do meu casamento. Eu e a Mina passamos o dia juntas, mas dormimos em camas diferentes graças a minha avó e sua superstição.

Me levantei depois de virar a taça e fui até minha prima e tentei pegar meu filho, mas ele me impediu dizendo que o Dimitrie poderia gorfar e sujar meu vestido, mas a verdade era que ela queria mimar o sobrinho dela, já que os filhos dela, ela não pode.

Ri baixo e me sentei na cama me sentindo cada vez mais ansiosa.

Respirei fundo três vezes e caminhei até uma das janelas, vendo os carros estacionados no jardim. Eu queria dar uma volta, só que estava presa no quarto para não quebrar nenhuma tradição.

Esperei todas saírem, mas elas parecia saber dos meus planos, e todos meus argumentos eram refutados, até mesmo o "estou me casando com uma mulher, isso já não é uma quebra na tradição?" Minha avó apenas riu e respondeu que "tradição é tradição". Fiquei dentro do quarto por volta de mais uma hora, até a organizadora vir me dizer que estava na hora de ir.

Repirei fundo, uma, duas três vezes e a ficha caiu agora. Para mim, parecia que estávamos apenas brincando até agora, mas então eu entendi, eu vou me casar.

— Não, eu não estou pronta — respondi desesperada.

Era medo, medo de tudo dar errado, como o casamento dos meus pais. Nosso relacionamento não começou bem, eu não deveria estar me casando, isso é loucura.

— Está tudo bem. Você ama ela, não ama? — Minha avó perguntou segura do meu rosto.

Assenti tentando não chorar para não borrar a maquiagem.

— Amo, amo muito, mas...

— Se você a ama, não tem um mas. O que foi?

— Eu, eu estou com medo, apavorada para dizer a verdade.

— Por que, Billie?

— E se não der certo? Eu amo muito ela, mas e se ela não me amar da mesma forma? E se daqui alguns anos o nosso relacionamento for que nem o dos meus pais? Ou dos dela. Nenhuma de nós duas temos boas figuras paternas.

BAD GRLOnde histórias criam vida. Descubra agora