Minha Perdição

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Maya
Tres Dias Depois...

Coloco as sacolas da feira em cima da bancada do bar suspirando  e depois fazendo um coque no meu cabelo sentindo minha testa suada  eu faço uma careta

Vejo minha mãe vir até mim e fuçar nas sacolas

Diana: hmmm, morango, vou fazer aquelas trufas que você gosta

Trufa

Minha boca até saliva, minha mãe fazia uma trufa incrível com recheio e morando, uma delícia

Eu: vou colocar lá em cima e tomar um banho - vejo ela assentir sorrindo e levantar a portinha a bancada, passo por ela subindo as escadas

Deixo as sacolas na bancada da cozinha e vou tirando as frutas e verduras  lavando antes de guardar na geladeira, decido dar uma geral na casa, abro todas as janelas e apago as luzes, vou até a TV e coloco uma música e começo pela sala

Eu: ela é amiga da minha mulher, pois é, pois é - continuo cantando enquanto varria des de o quarto da minha mãe

Depois de algum tempo me sento no sofá suspirando fundo exausta e já de banho tomado banho, eu tava com um shortinho soltinho e uma blusa masculina, era mó  confortável

Olho pro meu celular tocando do meu lado É eu franzo o cenho *número desconhecido*

Deixo tocar mas logo volta a tocar de novo

Bufo pegando o celular e atendendo

IDL

Eu: quem é?

Xxx: desce aqui no bar Maya  - escuro aquela voz rouca me fazendo arrepiar mesmo sendo ligação

Eu: Gaspar?- escuto a risada baixa do outro lado da linha

Gaspar: reconheceu minha voz - ele ri de leve e eu riu junto - vai descer?- ele me pergunta de novo e eu sorriu de leve passando a mão no rosto

Eu: espera aí, já tô descendo- falo e desligo o a ligação

FDL

Me levanto do sofá correndo pro meu quarto e colocando um short jans rápido, me olho no espelho do meu guarda roupa, saio pegando meu celular no sofá e indo até as escadas descendo

Abro a porta e já paro meus olhos no Gaspar sentado em uma das mesas lá fora, mordo a parte de dentro da minha bochecha pra não sorrir e eu passo por de baixo da portinha indo até ele vendo ele me olhar sorrindo

Eu: oi - falo me sentando e ele sorri

Gaspar: como você tá?- ele apoia os braços cruzados na mesa me olhando fazendo eu sorrir de leve

Eu: eu tô ótima e você?

Gaspar: tô ótimo- ele continua me olhando fazendo eu desviar o olhar sentindo meu rosto quente

Gaspar: quero te convidar pra sair comigo, pro morro do meu pai, a Rocinha, ele vai fazer um pagode la na casa dele, quero que você vá

Abro a boca surpresa e logo fecho ela

Gaspar: pode chamar aquela sua amiga a...

Eu:Maite - sorriu de leve e ele assente

Gaspar : isso

Suspiro pensando, não custa nada, né?

Gaspar: se você tiver alguma outra coisa marcada tá suave, a gente marca pra outro dia, outra coisa

Eu: não eu quero- vejo ele sorri me olhando e eu desvio meu olhar daqueles olhos verdes- já falei pra parar de me olhar assim - escuto ele rir e eu olho pra dentro do bar vendo minha mãe olhar para a gente sorrindo

Gaspar: nem dá pô- reviro os olhos voltando a olhar pra ele que sorri pra mim

Eu: aliás como você conseguiu meu número?

Gaspar: tenho meus meios- ele sorrir de lado fazendo eu sorri junto

Me assusto quando escuto o barulho de fogos explodindo no céu e alguns barulhos de tiros no começo do morro olho pro Gaspar assutado que já me olhava, vejo as pessoas que estavam nas mesas de fora do bar correrem para as suas casas

Gaspar: entra, entra, entra - ele fala enquanto eu entrava no bar e via aquele tio dele chegar nele dando uma arma muito grande pra ele, ajudo a minha mãe a abaixar as portas e o Gaspar vem até mim rápido me dando um beijo na testa fazendo eu suspirar sentindo meu coração acelerar

Medo, era tudo que eu sentia agora

Eu: toma cuidado - falo baixo e vejo ele me olhar abri a boca e depois fechar sorrindo de leve

Gaspar: fica suave, não chega perto das janelas, depois nois conversa melhor sobre o pagode tá?- assinto enquanto via ele baixar a porta e eu Escuto os passos deles se distanciando

Diana: quem que são os vermes que invadem um lugar as 14:00 da tarde? Sabendo que tem crianças brincando nas ruas, pessoas trabalhando - minha mãe Buda se sentando em uma das cadeiras e eu me sento na sua frente suspirando fraco vendo ela me olhar

Diana: sobre o que vocês tavam conversando?- riu passando a mão no rosto

Eu: sobre nada mãe - ela cerra os olhos e eu riu - ele me chamou pra sair, não um encontrou eu acho,o ele me chamou pra ir em um pagode na Rocinha, lembra que eu te falei que o pai dele era dono de lá?- tinha contado pra minha mãe da conversa que tive com Barão na frente da casa abrigo

Diana: sei, sei

Eu: então, ele me chamou pra ir lá, e convidou a Maitê também

Diana: você nem me falou sobre o Baile, viu ele lá? - la pergunta animada e eu riu

Eu sempre contava tudo pra minha mãe, contei meu primeiro beijo com o Matias, a minha primeira vez, a minha primeira "paixonite" de adolescência

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