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Matias

Da laje eu via ela, toda linda, toda gata, com aquela saia e aquela blusinha lá

Chamando a atenção de geral

Também pô, não podia ser diferente , ela tava tão gata, tão...

Porra a alegria dela era contagiante taligado, o sorriso dela fazia eu rir enquanto fumava e bebia vendo ela

Depois de algum tempo eu vejo ela numa das barraquinhas de bebida ali e eu desço do camarote indo até lá sentindo todo mundo me empurrar pra um lado diferente fazendo eu querer  xingar geral porra tava parecendo uma barata tonta nesse caralho

Chego atrás dela e já sinto aquele perfume dela que me deixava embriagado

Eu: não sabia que vinha - falo alto por causa a música vejo ela se virar pra mim enquanto dava um golea bebida

Maya: decidi vir  - ela sorri de leve fazendo eu sorri e eu olho ela por completo, tão gata, e aquela saia curta tava tirando o meu juízo

Eu: você tá gata - falo voltando a olhar pros seus olhos vendo suas bochechas meio coradas fazendo eu rir ainda olhando pra ela

Maya: você também tá gato  - ela me olha por completo rápido voltando a olhar pro meu rosto e eu continuo a encarando - para de me olhar assim - franzo a sobrancelha rindo

Eu: assim como?

Maya: desse jeito, me deixa com vergonha - ela fala a última parte baixo bebendo outro gole da sua bebida e olhando pro povo dançando

Chego mais perto dela fazendo ela me olhar nos olhos

Eu: mas eu só tô te olhando, você é bonita, eu gosto de olhar pra você - falo enquanto olhava pra ela que fica mais vermelha e tenta esconder um sorriso mas logo sorri mostrando seus dentes incrivelmente alinhados e lindos

Volto olhar pros seus olhos vendo ela ainda me olhar

Maya: nesse caso, obrigada - ela fala sorrindo olhando pro chão  depois pra mim de novo e eu sorriu, vejo um caicho cair na frente dos seu rosto e eu automaticamente pago ele na mão jogando ele pra trás trazendo várias lembranças na minha cabeça

Eu lembro que eu amava fazer isso quando a gente era menor, sentir a maciez do cabelo dela, sentir o cheiro...

Vejo ela me olhar nos olhos e suspirar desviando o olhar incomodada enquanto bebia um gole grande da sua bebida

Eu: que foi? - pergunto sem entender e ela não me olha, seguro o queixo dela de vagar fazendo ela e olhar e eu olho rapidamente pra boca dela de novo e depois olho pros seus olhos

Maya: é que você me lembra uma pessoa - sinto meu coração quase parar e ela sorri sem graça desviando o olhar de novo mas eu continuo com a mão no seu queixo

Era eu né, ela lembrava de mim, podia ser eu

Puxo seu rosto pra mim de novo de vagar colocando meus dedos no pescoço dela passando meu polegar pela sua bochecha de leve

Eu não escutava mais nada, só via ela taligado, so pensava nela, mó bagulho doido

Vejo ela descer os olhos dela pra minha boca e depois subir pros meus olhos de novo

Passo meu polegar novamente pela bochecha dela e depois queixo e depois passo ele pela sua boca sentindo a maciez dela no  meu dedo, como eu queria beijar ela, como eu queria sentir a boca dela na minha, a língua dela na minha

Porra dava até um bagulhozao aqui no peito só de pensar taligado

Maya: Gaspar...- escuto ela falar baixinho enquanto eu me aproximava sentindo a respiração rápida dela bater no meu rosto fazendo eu me arrepiar

Eu: hmm?- murmúrio de leve sentindo a mão dela na minha cintura

Xxx: porra Maya eu tava te procurando - sinto ela ser arrancada de mim e escuto um barulho de alguma coisa cair no chão e eu olho pra Maya que agora tava distante de mim e aquela mina loira segurava o braço dela

Maya: porra Julia olha o que tu fez mano  - escuto a voz da Maya brava apontando pras pernas molhadas de bebida e eu suspiro com raiva

Eu nunca agredi uma mulher antes, nunca na minha vida nem pensei nisso por que homem que bate em mina não passa de um covarde do caralho e merece morrer da forma mais dolorosa

Mas a porra da vontade que eu tava de descer o murro nessa lora era grande

Filha da puta do caralho

Julia: aí foi sem querer, nem foi nada, eu e a Maitê estávamos e procurando - a mina revira os olhos enquanto eu escutava a Maya bufar de raiva e estalar a língua enquanto passava a mão na para tentando secar e eu passo a mão nos olhos ainda puto

Vejo Maya me olhar de relance meio vermelha sorrir nervosa e sem graça

Maya: foi mal Gaspar  - ela fala e eu quase não escutei pela sua voz baixa

Eu: tá suave Maya - Vou pra perto dela que para de limpar a perna e me  olha   - fica suave tá? Depois nois se fala -coloco a minha mão no pescoço dela e dou um beijo na sua bochecha olhando ela de novo que sorri

Saio dali rapidão pra não socar a cara daquela lora do caralho que antes me dá um sorriso de lado sarcástico

Tava na cara que ela fez na maldade

Julia: foi mal eu atrapalhei alguma coisa?- escuto a voz dela enquanto eu saia e eu reviro os olhos

Maya: não Julia, atrapalhou nada não  - escuto a voz sarcástica da Maya e riu me distanciando e eu subo na Lage vendo o Dedé me olhar rindo

Dedé: conheceu a Julia, baronesa do pó 

Eu: baronesa de quem?- pergunto sem entender

Dede: apelido dela aqui na quebrada, ela só fica com patente alta, interesseira e falsa, ala rimou

Eu: falsa do caralho, fez na maldade, e ainda lançou um sorriso mó cínico , filha da puta

Dede: Vai se acostumando, essa daí tem inveja até de quem não tem nada, e da Maya então, porra...

Suspiro fundo tirando outro cigarro do bolso e acendendo procurando a Maya com o olhar

Minha Perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora