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Maya

Eu: aí Maite foi tão... - suspiro sem conseguir encontrar uma palavra certa enquanto arrumava a mochila pro curso amanhã, eu já tinha faltado segunda e quarta, tinha que pelo menor ir hoje pra dar uma satisfação do por que eu faltei por mais que eu já tenha ligado lá e explicado tudo certinho

Maite: você tá com os olhinhos brilhando cara, que lindo - ela sorri pra mim deitada na minha cama e eu sorriu

Eu: ele me tratou tão bem Maite, é foi tão gostoso - reviro os olhos na última parte sorrindo e sentindo meu corpo se arrepiar e meu rosto ficar quente

Maite: e ele te chupou? Na primeira transa, caralho- ela reflete por um segundo

Eu é Maite sempre conversávamos sobre os meus lances, concordamos em uma coisa: você tem que ter muita intimidade com uma pessoa pra ela te chupar, principalmente na primeira transa

Te chupar de verdade, se nojo, sem nada, chupar até a pessoa gozar

Por aquele lugarzinho lá em baixo e um lugar lugar sagrado, e não é qualquer um que gosta de explorar, se é que me entendem, principalmente na primeira transa

Eu: eu sei eu ainda to meio leiga ainda

Ela gargalha jogando a cabeca pra trás

Maite: e sobre o que vocês conversaram depois?

Eu: aah, sobre várias coisas, ele perguntou como tinha sido minha primeira vez e eu perguntei com tosse sido a dele, e juro, as duas foram horríveis não sei qual foi pior - eu riu me lembrando do Matias contando contando foi a dele

A Maite ri junto comigo mesmo sem saber a história e depois fica me olhando por alguns minutos enquanto eu via se tava tudo certo dentro da bolsa

Maite: você perdoou ele? Por ter escondido que ele é o Gaspar

Eu: eu não sei ainda, ainda nao tô 100% com isso, continuo chateada por eles terem escondido isso de mim - me lembro da minha mãe na hora, eu sempre contava pra ela de todos os garotos que que ficava

Nunca escondia nada, e ela tava sempre ali do meu lá pra me aconselhar

Eu queria contar pra ela que eu tinha transado com o Matias, e eu sei que ela iria querer saber se tivesse acontecido

Maite: perdoa - olho pra ela sem entender e ela continua

Maite: você tá feliz Maya, nunca vi você desse jeito, com os olhos brilhando, alegre, animada, toda espivitada, eu sei que é foda pra você, eles terem te deixado no escuro e pá, mas uma hora ou outra você você ter que perdoar e deixar o passado pra trás

Maite: não adianta fixar se remoendo, se agarrando a isso, deixa pra trás foca no agora, sua mãe também tá triste por isso, vocês não tão conversando tanto quanto antes- e era verdade, eu sempre contei tudo pra minha mãe, cada detalhe

E isso também me afetava, essa distância entre nós duas

Maite: e eu te conheço Maya, sei que essa distamcia entre vocês também te deixa malzona- quando eu falava que a Maite me conhece como ninguém, nao e mentira

...

Olho pra minha sentada no sofá enquanto assitia o Jornal que falva do Batalhão daqui do Rio, o mesmo Batalhão que mandou descer bala nos moradores

Suspiro indo até ela abraçando o travesseiro

Eu: mãe?- murmurou baixinho e ela me olha

Eu: me da colo?

Diana: lógico meu amor - percebi seus olhos brilharem e se encherem de lágrimas por um segundos e seu sorriso crescer, me sento no sofá vendo ela se ajeitar e me deito colocando a cabeça no colo dela com o rosto virado pra sua barriga, ainda abraçando o travesseiro eu sinto a mao dela no meu cabelo fazendo carinho no meu coro cabeludo

Qualquer um pode falar o que quiser, mas carinho de mãe é o melhor do mundo, não tem como negar

Fecho meus olhos suspirando sentindo o carinho gostoso na minha cabeça

Eu: eu fiquei com o Matias - falo baixinho depois de algun tempinho e ela para de fazer carinho na minha cabeça e fica em silêncio

Eu: tipo... Fiquei, fiquei mesmo sabe - o silêncio continua

Eu: a gente transou- falo sentindo meu rosto pegar fogo e o carinho volta e eu escuto ela fazer aquele sonzinho soltando o ar pelo nariz quando sorri sabe?

Diana: e como foi?

Suspiro fundo sorrindo me lembrando de cada detalhe, cada toque, cada beijo, cada arrepio

Eu: foi muito bom, foi tão... Natural, como se a gente conhecesse um o corpo do outro - falo baixinho sentindo as borboletas no meu estômago

Diana: é por que vocês se amam, vocês conhecem um ao outro, e tem a saudade, e foi a primeira vez de vocês vocês estavam ansiosos, é normal filha

Para pra pensar nisso um segundo,  e era verdade, a gente já conhecia um ao outro, foi como se a gente soubesse exatamente onde tocar, como tocar

Solto um risinho e suspiro fundo sentindo o carinho da minha mãe, ficamos em silêncio por lgujs minutos e eu suspiro de novo me levantando vendo ela me olhar

Me jeito n frente dela com ela ainda me olhando

Eu: me desculpa mãe

Diana: pelo que meu amor?- ela segura minha mão falando com a voz calminha

Eu: por ter ficado estranha com você, por ter ficado com raiva, por não ter falado tanto com você esses dias é que eu...

Diana: Meu amor - ela se ajeita também se sentando de frente pra mim e segurando minhas duas mãos na suas

Diana: não precisa se desculpar, você precisava do seu tempo, pra digerir tudo, pra colocar sua mente no lugar, não pede desculpas

Eu: eu sei mãe, eu precisava, mas não justifica eu ter parado de falar com você igual eu falava antes, você é a minha mãe em primeiro de tudo, você me criou como filha des de o dia que você me encontrou naquela casa sozinha, mesmo não tendo me adotado naquele momento foi como se tivesse, eu amo você mãe, me desculpa de verdade

Vejo as lágrimas rolarem pelo seu rosto e seu sorriso crescer, ela me puxa pra um abraço e eu passo meus braços pelo seu pescoço

Diana: eu te amo tanto, tanto, tanto, meu amor

Eu: eu também te amo mãe, demais

Minha Perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora