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Matias

Suspiro olhando pro Grego na minha frente que segurava uma mochila preta cheia de drogas

Grego: tu não quer que eu faça alguma coisa com a sua amiguinha, quer? - vejo ele dar uns sorriso malicioso passando a língua no dentre de ouro, tava cheio de raiva, vontade de matar, olho pros três caras ali que desviam o olhar meio inojados com as palavras dele também

Tava na cara que ninguém do morro gostava do Grego, apenas aturavam

Grego era um nojento, estuprador que não podia ser morto por ser o dono do complexo, matava qualquer um que olhasse torto pra ele, ele era um monte de merda, gordo e alto, mas ainda sim um monte de merda

Eu tinha medo do que ele podia fazer com a Maya

Pego a mochila colocando nas costas

Grego: Jacarepaguá, não esquece, Nelson e Osvaldo - ele fala o nome dos caras que compraram a droga e eu assinto

Eu: e se alguém me parar e revistar a mochila?

Grego: ninguém vai te parar não tu todo limpo,  com uniforme de escola, vão achar que é estudante, agora rapa, e vai fazer o trabalho que eu te mandei, e faz certo viu  vai saber o que eu posso fazer - ele fala sorrindo se jogando na poltrona atrás da mesa dele é eu evito de fazer uma cara de nojo e saio de

Dava raiva taligado, eu ficava puto, mas eu ia

Eu sempre ia pelos becos isolados, eu sabia que a Maya não ia pra por que eu falava pra ela não ir, é cheio de noivado e bebum

Eu odiava o Grego, e eu esperava que ele morresse da forma mais lenta e dolorosa possível

Filho da puta, eu ainda ia matar ele, podem escrever o que eu dizendo

...

Depois de uma cota eu cheguei no lugar  , fiz os bagulho tudo que o Grego tinha falado, entregava a droga, pedia o dinheiro, contava tudo pra ver se tava certo,  colocava dentro da bolsa, e vinha embora

Eu tava na metade do caminho, atravesso  a rua olhando um cara numa moto na enorme e com uma correntinha com um crussificso que tava me olhando

Vejo ele franzir a sobrancelha por trás do capacete que tava com o bagulho da vizera aberta e pegar o celular, término de atravessar a rua e ando pela calçada, olho pra trás e vejo o cara apontando um celular pra mim eu começo a correr, o sinal ainda não tava aberto então eu corri até estar longe dali

Paro colocando minhas mãos no joelho e respirando fundo

Que porra foi essa...

...

era umas 17:30 quando eu cheguei no morro, tava cansadão porra, morrendo e fome e de calor

Corto pelos becos e chego na boca principal entregando a bolsa cheia de Dinheiro pro Grego vendo ele rir animado segurando os malotes , resolvi nem contar sobre o cara do semáforo, deve ser vapor do Grego vendo se eu tava fazendo o serviço certo

Grego: isso que é coisa boaaa

Grego: toma muleque, um presente pra tu -  ele fala estendendo um malote de nota de sdediquei até tentado em pegar

Eu: quero não, valeu- dou as costas saindo ainda escutando ele falar

Grego: tu não tem como fugir não pirralha, tu vai entrar pro crime de um jeito ou de outro - ele fala alto e eu olho pra trás ainda andando e reviro os olhos vendo os vapor ali me olhar

Chego na casa abrigo e vejo a Talita na frente

Talita: Mathias tu tava a onde? A gente tava te procurando, Josi disse que tu não apareceu na escola - Josi era a tiazinha da escola

Eu: tava por , a Maya da onde?- vou entrando perguntando

Talita: não não  tava te procurando... Vai atrás dela Matias,  por favor - ela fala me olhando apreensiva, eles não gostavam que a gente ficava andando sozinho pelo morro, tinham medo de acontecer alguma coisa, de acidentalmente cruzarem o caminho do Grego e acabarmos estilhaçado no chão com uma bala na cabeça sem nem ter feito nada

Mas, como assim ela tava me procurando sozinha?

Saio rapidão pelo portão subindo o Morro correndo com o coração acelerado

Por favor meu Deus nao deixe que nada tenha acontecido com ela

Termino de subir o barranco vendo a nossa casinha ali e ela na janela olhando pra mim enquanto eu terminava de subir

Suspiro parando sentindo meu coração acalmar

Porra

Minha Perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora