53

5.8K 432 43
                                    

Gaspar

Coloco mais um bolinho de dinheiro dentro do envelope de papel pardo e suspiro, porra separar dinheiro e pagamento é chato pra porra

Toma o cu

Queria mermo é tá com a minha amora, porra...

Me encosto na minha cadeira girando pra lá e pra cá pensando no nosso beijo ante ontem, porra meno,  me amarrei né

Dedé: GASPAR - olho pra cima vendo o Dedé gritar da rua da boca e vir na direção da poeta entrando atrás dele tava o matemática ofegante

Matemática: GASPAR,porra, cancei bixo- ele se apoia nos joelhos respirando fundo

Eu: iiii porra cofoi? Desenrola- riu de leve vendo o Dedé tirar o celular do volto mecher em alguma coisa e me entregar

Já me desencosto a cadeira quando eu vi algumas fotos minhas e da Maya nos beijando ante ontem, eram mais de 7 fotos

Mais esse caralho agora puta que pariu mano

Leio o texto a legenda já fechando a cara, eu vou matar quem quer que tenha escrito essa porra

Falando um monte de bagulho dela mano, taxando ela de interesseira

Não, mexe com qualquer um menos com a minha amora

Dedé: postaram a pouco tempo pô, bagulho de uns 10, 15 minutos, já tem um monte de comentário porra, falando a Maya, que ela é isso é aquilo- olho pra ele rápido que também tava emburrado, abro os comentários leio as porra toda que tavam falando dela

Sangue chega ferveu taligado, via vermelho na minha frente

Eu: liga pra Paola e faz ela achar quem é o autor dessa porra, liga pra mim quando ela conseguir - entrego o celular pro Dedé me levantando e pegando o capacete e a chave da moto já saindo a boca

Povinho filho da puta esse heim, puta que pariu

Além de postar as porra das fotos ainda escrever aquela porra de texto

Como a Maya deve estar mano?

Lógico que em tá mal Gaspar, o povo tudo falando dela

toma no cu

Aí eu me lembro daquele dia na praça, dela toda mal, tremendo e os caralho tudo

Suspiro sentindo meu coração apertar e acelerou a moto mais

...

Paro na frente do bar da Diana e já saio entrando, em uma das mesas de fora percebo aquela mina loira, Juliana, Julia

Sei lá essa porra

Ela é mais duas garotas rindo enquanto olhava o celular

Vejo as três me olharem quando entro e procuro a Diana que não tava nem na cozinha e nem na parte da frente do bar, ergo a portinha ali e passo subindo as escadas

Bato na porta algumas vezes passando a mão na cara

Porra

A porta se abre e a Diana me olha sem nem um traço de surpresa no rosto

Eu: cadê ela Diana?

Diana: Ela tá no quanto dela Matias, ela ta mal, você pode ficar com ela? Eu tenho que descer - ela fala baixo toda preoculpada mechendo as mãos

Eu: lógico que eu fico pô, pode ir lá - ela sorri e me dá um beijo na bochecha saindo, suspiro olhando pra casa e já indo pro quarto da Maya no corredor

Do corredor eu Escuto um fungo e um soluço fazendo eu suspirar, paro na porta do quarto dela que tava aberta e vejo ela deitada encolhida na cama olhando pro celular, as bochechas dela estavam vermelhas igual a ponta do seu nariz, seus olhos estavam vermelhos enquanto as lagrimas desciam pela sua bochecha e ela tentava secar seu rosto

Vejo ela olhar com um olhar surpreso e eu sinto o bolo na minha garganta quando vejo seus olhos vermelhos e percebo sua respiração pesada e ofegante

Maya: Gaspar?

Eu: oi - sorriu de leve indo até ela que tentava secar suas lágrimas, me sento do seu lado passando minha mão pelo seu rosto vermelho

Eu: Vem aqui- puxo sua não tremendo e ela se ajoelha na cama e eu ajeito minhas costas na cabeceira da cama puxando ela pro meu colo que logo vem sentandono meu colo de frente pra mim deixando suas pernas uma de cada lado da minha cintura

Maya: desculpa- escuto seu soluço e eu coloco meu rosto no seu pescoço sentindo o cheiro bomzao dela

Porra como eu amo esse cheiro, caralho

Eu: pelo que Maya? Tá tudo suave, eu já mandei a Paola apagar esse bagulho e achar quem tirou e quem publicou essa porra, fica suave tá? Se acalma - enlaço um dos meus braços pela sua cintura e com a minha outra mão eu passo pela sua coxa descoberta fazendo carinho

Escuto seu soluço

Maya: o tanto de coisa que falaram - ela fala com a voz de choro e quase sem voz e eu suspiro no seu pescoço sentindo ela arrepiar e estremesser

Eu: mas você não é desse jeito, eu sei disso pô,  tu é foda demais, os filho da puta que falam essas porra nao tem conhecem, não convivem com tu pra perceberem a pessoa foda que tu é - falo subindo minha mão até a sua nuca e massageando de leve sentindo ela tremer no meu colo, e respirar fundo 

Porra mano, no bagulhozao ruim de ver ela desse jeito taligado, ver ela tendo essas crise partia meu coração sério memo

Fico ali mó cota boa com ela, brincando com seu caixos, abraçando ela cheirando seu pescoço de leve enquanto escutava ela resmungar e sentia ela parando de tremer

Eu: da sua mão- falo me separando dela um pouquinho e olho pro seu nariz meio vermelhinho e seus olhos pequenos e um pouco inchados, ela franze o cenho e tira os braços que tavam em volta do meu pescoço estendendo as mãos

Logo de cara eu percebo as marcas das unhas ali, meio fundas e vermelhas

Minha Perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora