Maya
Eu: já vou poder ir embora? Me fala que sim por favor- pergunto pra minha mãe assim que vejo ela passar novamente pela porta do meu quarto, já era outro dia
Mas meu pensamento ainda tava em ontem a noite, no Matias
Era tão... estranho, pensar nele aqui, perto de mim, nos dois já crescidos, adultos, seguindo caminhos diferentes
E era tão estranho pensar que eu beijei ele sem saber que era ele, era estranho e meio vergonhoso, a gente quase transou...
E se nós dois tivéssemos transado? E eu não soubesse que era ele ainda? Ele me contaria antes de qualquer coisa?
Bom quando nós estávamos no carro, ele disse que nao não Iríamos transar em um carro, talvez tenha sido por isso
Ou não
Meus pensamentos estavam a mil, eu não conseguia nem dormir direito, sempre que encostava a cabeça no travesseiro os pensamentos vinham a tona, tudo o que aconteceu comigo e com o Matias na nossa infância, e tudo que tá acontecendo
Diana: pode ir embora sim, eles já deram o seu remédio, ele é providenciado pelo SUS, sempre tem que renovar a receita pra tá pegando sempre, o médico disse pra você não ir pro curso pelo menos pelo menos por essa semana que vai entrar, liga lá e conversa certinho com a diretora do negócio, ele acha melhor você ficar em casa descansando
Eu: se eu ficar em casa aí que eu vou endoidar de vez, mãe você sabe que eunao consigo ficar parade sem fazer nada - falo olhando pra ela
Ficar parada olhando pra parede sem fazer nada me dava agonia, eu sempre queriabta fazendo alguma coisa pra me distrair, pra ocupar a mente
Como já dizia aquele ditado "mente vazia oficina do diabo"
Diana: eu sei mas você tem que tirar um tempo pra descansar, pra distrair a mente, ainda mais depois de tudo isso - ela fala a última parte baixinho e eu susoiro fundo assentindo
Diana: então ótimo, vai trocar de roupa que eu já liguei pro Matemática ele vai vir buscar a gente - assinto tirando o lençol de cima do meu corpo
...
Matemática: tu tá firmeza mermo Maya? Taligado que se precisar de alguma coisa tu pode falar né? - Matemática pergunta novamente pela terceira vez quando paramos no sinal vermelho e eu suspiro
Eu: eu tô bem Gabriel, foi só uma crise - ele assente me olhando por mais alguns segundo pelo retrovisor de olhos cerrados e depois desviando o olhar
Matemática era um grande amigo, e dono dos melhores concelhos por mais que ele não saiba disso, as vezes ele so fala os negocio nada aver de sempre e de alguma forma se encaixa no que você tá passando e acaba que ele ajuda dando concelhos sem perceber
Matemática: e tu tia? Tá firmezona?- ele olha pra minha mãe que assente sorrindo pra ele
Diana: tô bem meu filho e você? Como tá aquela garota que você tava saindo? Tão se dando bem- vejo o Matemática fazer uma careta acelerando de novo
Matemática: iih, deu certo não tia, muito surtada
Eu: ela é muito surrada ou é você que não dava paz pra menina falando desses seus negócios aí de conta tudo doida
Matemática: também pô, mas é dahora de aprender, só que ninguém tem paciência Pra escutar, que nem Pitágoras...- É ele continuou falando, eu gostava muito do Matemática, ele era um amigo bom pra caralho
Mas quando ele começava a falar sobre porcentagens, formula de bhaskara, Pitágoras, e mIs um monte de foemulas que eu nunca nem tinha ouvido falar
Me dava ódio, por que ele falando parecia tao fácil, tão simples, agora vai ver na prática
Por isso o vulgo, quando ele começa a falar sobre Matemática não tem ninguém que aguente, faz parecer que todo mundo é analfabeto
E minha mãe olhava pra ele como se entendesse tudo, só pra nao deixar ele triste por ninguém ligar pra Matemática
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Minha Perdição
Romance"Tu taligado que não dá pra negar, é você, tem sido você e vai continuar sendo você porra" -Gaspar (em andamento)