59

5.6K 366 21
                                    

Maya

Dona Valdete: eu sabia que você ia se tornar uma vagabunda igual àquela sua mãe protituta e drogada, também não tinha como não se tornar né, andando com aquele marginal des de criança

Eu: ela não é minha mãe, e não fala mau dele  - falo mais alto vendo ela rir me olhando

Escuto os passos da minha mãe atrás de mim

Diana: aí Valdete, se você veio no meu bar pra tumultuar pode ir embora, tá achando que aqui é bordel pra vir falar desse jeito com a minha filha? Tá louca? Vai, caça se rumo - minha mãe já começa a falar alto e a outra sai rindo fazendo eu bufar e revirar os olhos passando a mão na cara e jogando alguns caixos pra trás

É incrível que essa mulher não para de me perturbar, nem entendo do porque disso nao, tenho mais raiva quando ela coloca o Matias no meio da conversa

Po, Matias pode ter ido embora, me esquecido aqui e nunca mais aparecido, mas foi ele que teve do meu lado quando eu tava assustada de mais com tudo que tava acontecendo, foi ele que me protegia de todo mundo

Então nunca, jamais eu iria deixar alguém falar mal dele, mesmo que tenha se passado anos

Maitê: que veia filha da puta mano, cuzona do caralho

Diana: como diz o ditado, quando o diabo não vem ele manda a secretaria, taí a secretaria - minha mãe revira os olhos e eu riu de leve

Diana: você tá bem meu amor? - ela segura meu rosto entre as mãos e eu assinto sorrindo

Eu: tô mãe, tô bem, essa mulher já não me atinge a muito tempo - ela sorri passando os polegares pelas minhas bochechas e eu sorriu quando ela me dá um beijo na testa

Eu sabia que ela ficava preoculpada, com as crises, com como eu fico quando a Valdete coloca o Matias na conversa

Eu sabia que ela ficava preoculpada

Eu: eu tô bem - sorriu pra ela dando um beijo na sua bochecha

Diana: qualquer coisa me chama tá- eu assinto ela me dá outro beijo na testa e sai pra cozinha, suspiro fundo fechando os olhos e olhando pra Maitê

Maitê: você tá bem mesmo

Eu dou os ombros

Eu: eu tô né- riu de leve vendo ela reprimir os lábios me olhando

Suspiro pensando no meu cigarro, eu precisava fumar só um, só umzinho ou dois

Eu: bora ali na frente comigo - a Maitê já se levanta sabendo o que eu iria fazer

Levanto a portinha ali e passo abaixando ela em seguida

Fomos lá pra fora e nos sentamos na primeira mesa ali fora e eu já acendi o cigarro tragando enquanto conversava com a Maitê

Eu: você escutou o que ela falou? Que a Camila e a Tamires tavam toda machucadas?- pergunto baixo depois de um tempo dando outro trago no cigarro vendo a Maitê me olhar

Maite: é você acha que o Gaspar tem alguma coisa a ver com isso?

Eu: pra falar a verdade eu não sei, lembra que eu tentei, ontem a noite ele falou com a Paola e...

Maitê: é era pra dar um corretivo nelas e passar a zero, sei - ela me interrompe falando mechendo as mãos e eu suspiro passando a mão no rosto

Eu: sera que ele mandou espancar elas ou foi ele que fez isso? Pô eu me sinto mal, por mais que elas tenham publicado aquele bagulho eu não queria ser a culpada por elas estarem gemendo de dor em cima de uma cama - faço uma careta dando o último trago no cigarro

O pensamento de alguém se machucar por minha causa me assustava, e também me assustava saber que o Gaspar fez isso ou deu a ordem para fazerem

Maitê: Maya, você sabe que não foi culpa sua, elas publicaram o bagulho na maldade, e mesmo que o Gaspar tenha feito esse é o "tabalho" dele, mesmo que ele seja um amor de pessoa com você, um príncipe encantado ele ainda é um traficante, dono do morro que tem que colocar ordem no lugar, nao é querendo defender ele, mas imagina se todo mundo fizesse o que quiser e ele não fazer nada pra impedir, esse lugar já teria virado um caos - ela fala tudo me olhando e mechendo as mãos no final apontando ao redor fazendo eu suspiro

É né

Ela tinha razão...

Esse ainda era o "Tabalho" dele

É não tinha como eu apontar o dedo e julgar por que ele também foi exposto naquela foto, ele tinha que colocar ordem se não iam tirar ele como otário

Eu: é acho que você tá certa, ele também tava na foto, ele tinha que fazer alguma coisa - falo baixo e olhando pro maço de cigarro

Eu já tinha fumado dois, e ainda queria mais

Maitê: É, e se a Camila e a Julia se machucaram não foi por sua culpa, elas fizeram o bagulho na maldade e tiveram que ser cobradas como qualquer um nesse morro iria se fosse com pessoas diferentes

Minha Perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora