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Maya

Eu: é foi isso ué - falo pra minha mãe depois de contar sobre o beijo com o Gaspar os beijos pra falar a verdade

Diana: é como você se sentiu?- por que ela é a Maitê sempre perguntavam mesma coisa ?

Eu: me senti bem, gostei - dou os ombros tentando não sorrir, o que não deu muito certo, vi minha mãe sorri me olhando animada enquanto terminava de comer um pedaço de bolo de laranja

Diana: vocês ficam bem juntos

Eu: Mãe nem começa, a gente só ficou - falo rindo vendo ela revirar os olhos

A gente só tinha ficado, tinha sido um beijo... intenção, bom, gostoso que me arrepiou toda e que sempre que eu lembro me faz ficar estranhamente exitada e arrepiada, mas foi só um beijo né?

...

Maitê: do indo tá, beijo - ela me dá um beijo na bochecha e eu sorriu de leve vendo ela sair

Já tinha dado o horário dela na loja, que tava totalmente vazia e sem nem uma cliente

Suspiro voltando a olhar pro celular, tava pesquisando alguns cursos de Designer, queria começar de algum lugar sabe

Já era pra eu ter começa a algum tempo, demorei demais, demora conhecia alguma coisa e eu tinha que adiar, mas agora eu quero focar no meu sonho

Com fé em Deus eu consigo algum cursinho por aqui perto

O ruim era que os cursinhos eram muito caros, e os que eram baratinhos eram muito longe então eu iria gastar com uber ou ônibus o dinheiro que eu gastaria pra pagar um mais perto

É, parece que vai ser mais difícil do que eu pensava

Suspiro fundo bloqueando o celular olhando pra loja limpar e vazia, não teve muito movimento aqui hoje não, sempre e bem movimentado mas outros dias não aparecia nenhuma alma penada

Faço hora ali na esperando de aparecer alguém mas desisto rápido, arrumo algumas coisinhas ali e fecho a loja indo pra cada sentindo o calor do caralho me cozinhar

Depois de um tempo eu chego na rua de cads e de longe eu vejo o Gaspar com o pai dele em uma mesa das de fora, meu coração já acelera logo de cara

Vejo o Gaspar olhar pra dentro do bar e depois erguer a cabeça olhando pra minha varanda

Aiaiai

Quando eu chego perto eu vejo ele me olhar com aqueles olhar dele

Nem preciso falar que eu me arrepiei toda né?

Nem entendi não

Suspiro fundo vendo ele sorrir e tento conter o meu sorriso

Ai aquela famosa dúvida surge na minha cabeça

Dou só um sorriso e subo pra casa, ou vou até ele é cumprimento?

Porraaa

Vejo ele se levantar quando eu chego praticamentea porta do bar e vir até mim sorrindo

Gaspar: Eai, tá suave?- ele pergunta sorrindo me abraçando de me surpreendendo

Sinto ele dar um beijo na minha bochecha enquanto eu sentia o cheiro dele é olhava vendo algumas pessoas que passavam na rua e algumas pessoas ali do bar olhar pra gente

Sinto minhas bochechas quentes e eu escuto a risadinha do Gaspar baixa enquanto ele se afastava ainda me olhando

Eu: tô bem e você?- ele da os ombros sorrindo e me olha por completo

Gaspar: tá gata- ele sorri voltando a olhar pro meu rosto e eu faço uma careta olhando pro meu corpo

Eu não tava "Gata" tava com uma calça jeans escura com uns rasgos na perna uma camiseta masculina da Lacoste, um vans preto, o cabelo preso num coque e ainda por cima tava suada, e provavlemnte com a cara de acabada

Eu não tava "gata"

Eu: aham - ele revira os olhos fazendo eu rir

Eu: vou ir tomar banho

Gaspar: beleza, desce aí depois pra nois trocar uma ideia

Fico olhando pra ele por alguns segundos sentindo minha bochecha ficar quente pelo jeito que ele falou, me olhando de cima a baixo, com aqueles olhos verdes dele, fazia eu me arrepiar por inteira, mó negócio doido juro

...

Coloco minha roupa soltando meu cabelo que eu não tinha lavado, e ajeito o chinelo havaianas no pé

Calorão do Rio judia as vezes, não sei como as mona da favela sai tudo montada, eu não tenho essa disposição não

Quando eu desço pro bar eu vejo o Gaspar na mesma mesa lá fora, agora sozinho e mechendo no celular entretido

Ele era tão gato que tirava o fôlego de qualquer uma

Todas aquelas tatuagens dele é o rosto relanxado ficando com cara de mal dava até um arrepio na espinha, não de medo ou receio

Um arrepiou bom sabe

O cabelo dele preto bagunçado, o jeito largado dele, a boca desenhadinha o maxilar marcado

É... ele tirava o fôlego de qualquer uma

Da vá até uns negócio no pé da barriga

Suspiro indo até ele vendo ele levantar a cabeça e me olhar sorrindo de leve e colocando o celular de tela pra baixo em cima da mesa

Minha Perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora