Minha Perdição

130

Maite

Suspiro sentindo o beijo do Isaque rapido na minha bochevha e o vejo ir correndo para dentro da escolinha todo animado, ele tava assim des de que acordou, acordou animado pra ir pra escola o que era no minimo estranho ja que o Isaque nao gosta de acordar antes das 11:00

começo a subir o morro girando a chave da loja da Maya em minhas mais de um lado pro outro inquieta, quer dizer, mais inquieta do que o normal, des de ontem, rapidamente as lembranças de ontem me vieram na mente, o beijo, o calor, o suave de seus labios, o arrepio que passava pelo meu corpo toda vez que eu me lembrava do Dedé

passo a mao na nuca sentindo os pelos se arrepiarem e suspiro novamente me lembrando da hora que Maya, eu e Matias decidimos ir embora 

" flashback on

ja passava das uma da madrugada disso eu tinha certeza, meu corpo ja tava mole tanto pela bebida que eu ja havia parado de tomar quanto pelo sono, nao tava acostumada a dormir tanto tempo depois das uma da manha, sempre dormia junto com isaque 

mesmo morrendo de sono eu ainda sentia meu corpo inteiro eletrico e aceso, era... Estranho, toda vez que meu olhar se encontrava com o do Dedé eu conseguia de alguma forma sentir sua boca na minha ainda, conseguia sentir suas maos no meu rosto, sua respiracao de misturando com a minha, e eu conseguia lembrar exatamente de seu sorriso, pequeno e estremamente branco e bonito 

merda... o sorriso dele era tao bonito 

eu fiquei por um tempo refletindo do por que ele nao sorria, insegurança, apenas para manter a postura, ou algum outro motivo . 

Mas a minha cabeça inteira so conseguia girar em torno da lembrança recente de seus labios nos meus

Maya: MAITE - dou um pulo na cadeira pelo sustoe olho pra maia percebendo alguns olhares daquela mesa em mim, principalmente um em especifico que, des do ocorrido no quarto, nao parava de me encarar e eu tinha certeza que ele inha sentado na minha frente apenas para facilitar esse trabalho

Eu: o que - olhei pra ela que tentava esconder o sorriso, ela sabia que provavelmente tinha acontecido alguma coisa entre mim e Dede e eu sabia que ela sabia, se tinha uma coisa que a Maya era, era observsadora 

Maya: Ta tudo bem

eu: ta é so sono - falo desviando o olhar dela pra frente, consecutivamente olhando pro Dede que agora passava a mao na boca e queixo me olhando e desviando o olhar rapidamente mas mesmo assim eu pude ver a sombra de um sorriso em seu rosto

Maya: eu também já tô com sono - observei o Matias franzir a sobrancelha e cerrar os olhos olhando pra ela e ela soltar uma risada baixa e desviar o olhar dele

Depois de alguns minutos ali nos decidimos ir embora, me despedi de todos que ainda estavam ali e por último me despedi do Dedé que ainda sentado segurou minha cintura com uma das mãos e colocou os lábios na minha bochecha fazendo meu coração errar as batidas, eu ainda escutava as vocês do povo na nossa mesa conversando mas só conseguia me concentrar na sensação de ter os lábios dele na minha pele

Dedé: boa noite Maite - a porra de um sussurro fez eu estremesser de leve e me afastar sentindo seu olhar em meu rosto, seus olhos estavam lequenininhos e dilatados

Porra"
 

Me assusto quando a moto para do meu lado quase em cima de mim e torço a boca reconhecendo rapidamente aquela moto

Olho pros olhos do Dedé dentro do capacete e observo ele abaixar o pezinho da moto e tirar o capacete me olhando

Dedé: você passou por mim e nem me cumprimentou, fiquei magoado - apesar da brincadeira a voz dele era rouca e grossinha igual sempre

Eu: eu passei por você?

Eu passei por ele?

Dedé: tá distraída né? Por que Maite? - observo seus olhos passarem rapidamente por todo meu corpo e subir pro meu rosto demorando um pouco na minha boca

Vejo uma sombra de sorriso brincar no canto dos seus lábios e eu prendo o suspiro voltando a olhar para os seus olhos

Eu: não tô distraída, e só sono

Ele assente algumas vezes olhando para a rua por alguns segundos, pra baixo e pra cima e então eu sinto sua mão na minha cintura me puxando de encontro a ele

Próximo, muito próximo

Seu olhar passar por todo o meu rosto se concentrando na minha boca por mais tempo do que antes, então subiram para os meus olhos novamente

Dedé: você tá pensando não é?- soltei o suspiro, sentindo sua mãos apertar de leve minha cintura e eu coloquei as minhas em seu peito sem movê-los um sentimento dali

Eu: e.eu... - porra eu gaguejei, gaguejei olhando pra boca dele, tão próxima da minha, vermelhinha, macia

Dedé: eu pensei... Porra pensei pra caralho... - um sussuro baixo fez eu voltar a olhar pros seus olhos

Senti minha barriga se contorcer e os ar sumir de mim

Dedé: vou ir na sua casa hoje

Franzi o cenho

Eu: eu não te convidei - um sorriso

A PORRA DE UM SORRISO

Os dentinhos pequenos enfileirados e branquinhos me fizeram sorrir também sentindo meu coração acelerado

Dedé: eu posso ir na sua casa hoje Maite? Eu levo Pizza pro Isaque - ele pergunta ainda olhando pra mim com as pupilas crescendo e diminuindo

Eu: pode - falei num fio de voz e depois pensei

E o Isaque? Ele iria perguntar do por que o Dedé estaria lá, o Dedé nunca foi lá praticamente e iria aparecer com pizza

Dede: mais tarde, hm- ele deu um beijo de leve na minha tempora me fazendo soltar um suspiro sentindo seu cheiro me invadir, puta que pariu

Eu: mais tarde - repito suas palavras baixinho sentindo seu rosto se abaixar um pouco até seus lábios se colarem nos meus por um milésimo de segundo

Milésimo de segundo esse que me fez sentir o meu coração sair pela boca

Dedé: bom trabalho - ele me olhou por mais alguns segundos tirando sua mao de mim e eu continuei ali, raciocinando por um segundo até assentir e me distanciar ainda em choque

Olhei para as ruas desertas com pouquíssimos moradores ali sabendo que eu olhar estava em mim

Meu Deus...

⭐