Casados por Contrato (Concluída- EM REVISÃO)

Três

Ana pov

Eu não fazia idéia que Christian poderia ser uma companhia tão agradável. Debatemos o que iríamos dizer para a familia dele.

Após o jantar, demos algumas palavrinhas para os jornalistas, que souberam do nosso noivado, e já vieram perguntando de filho. Christian e eu trocamos um olhar assustado, mas o tranquilizei e disse que teríamos um herdeiro Grey, porém não agora. Percebi o quanto Christian ficou aliviado com isso.

Assim que ele me deixou na porta de casa, nos beijamos e logo que me dei conta, saí do carro ás pressas.

Entro no quarto e me jogo na cama olhando para aliança com o enorme diamante. Isso deve ter custado uma fortuna.

Perdida nos pensamentos, nem vejo meu celular tocar:

— Ana Steele. — Atendo.

—Olá minha noiva. — É ele. Essa voz rouca é inconfundível. — Espero que você esteja bem e preparada para amanhã. — Ele ri. Sorrio com seu divertimento.

— Estou bem, obrigada por perguntar. E estou muito bem preparada para amanhã, senhor Grey, e o senhor está preparado ou está com medo da mamãe ? — Ele gargalha do outro lado, e eu faço o mesmo.

— Estou bem, ainda mais depois de um jantar agradável com a sua companhia. — Christian Trevelyan-Grey sabe como seduzir uma mulher. — E sobre amanhã, dra Grace é um doce de pessoa, com certeza vai te adorar.

— Eu espero. —Sorrio

— Bom, eu estou indo descansar, e você faça o mesmo, senhorita Steele. Tenha uma boa noite.

— Ótimo descanso pra você também, Christian. Boa noite. — Desligamos, e na hora solto minha respiração. Christian sabe muito bem ser galanteador quando quer. Conecto meu celular no carregador e vou pro banho.

Lavo meu corpo inteiro, inclusive meu cabelo, mas era praticamente impossível não imaginar Christian aqui. Poderia até ser precipitado dizer, mas era o que eu realmente queria. Ter Christian aqui, embaixo do chuveiro, comigo e me possuindo de várias formas e várias maneiras possíveis e imagináveis.

Depois de um banho longo, demorado e cheio de pensamentos eróticos, pego minha toalha, me enrolo e coloco outra no cabelo. Me seco, visto um pijama confortável, seco meus cabelos com o secador e caio na cama, pegando no sono logo. Afinal, o dia de hoje foi cansativo demais.

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Acordo bem cedo, faço minhas higienes pessoais e decido ir fazer algumas comprinhas. É minha folga e eu mereço.

Coloco um jeans, uma blusa de seda de alças finas e  blazer quadriculado, sapatos baixos. Peguei minha bolsa, com meus documentos, e a chave do carro. Tranquei a casa, peguei meu carro e fui em direção ao shopping, que não era muito longe, e cheguei rapidamente.

Desci do meu Audi, acionei o alarme e fui me esbaldar nas lojas. Tudo bem, eu não era muito de fazer compras de roupas, sapatos e etc, mas excepcionalmente hoje, eu abri uma excessão. Em cada loja que eu passava, era uma uma roupa mais linda que a outra, o valor era incrível, mas eu nem me importava muito com isso, até eu avistar a perfeição. Era o que eu precisava, para hoje.

Era um macacão longo, social e preto, de mangas longas e uma delas era rendada, no busto, era um decote generoso em "V" e na cintura era um detalhe quase imperceptível. Assim que entrei na loja, veio uma mulher me atender com ar de superioridade:

— Bom dia, em que posso ajudá-la ?
— Bom dia, gostaria de provar aquele macacão que está na vitrine. — Sorrio debochada. A mulher me olha dos pés a cabeça e diz:

— Me desculpe, mas ele não está mais á venda. Há outra loja aqui ao lado, lá tem várias opções para pessoas... como você. — Olho bem para a cara da vadia, continuo com o meu sorriso debochado, tiro meu celular da bolsa e literalmente ligo para Christian, que me atende no primeiro toque:

— Ana, o que aconteceu ? — Uau, Grey preocupado.

— Então, meu amor. Vim ao shopping fazer umas comprinhas e vi um look lindo pra essa noite,  porém quando chego aqui, a vendedora nem me tratou como eu mereço. — Se é pra bancar a noiva de Christian, vamos fazer cena. A mulher ainda continua me encarando com um certo cinismo. Quando coloco o celular em viva-voz, a feição da esquisita muda drasticamente.

— Em que loja você está, princesa ? — WOL, por essa não esperava.

— Estou na Neiman Marcus. Por que ? — Pergunto. Ouço ele falar algo com Taylor, e logo volta a falar comigo.

— Eu chego em dez minutos. Beijo. — Ele diz.
— Não demora. Beijo. — Digo e desligo a ligação, e me sento numa poltrona que havia no canto.

— Se você não se importa, vou esperar meu noivo aqui, será que eu posso ? — Questiono ela, que engole seco ao ver a enorme aliança no meu dedo.

— Cl...claro, senhorita...

— Steele, Senhorita Steele. — Ela se retira e fico ali pensando em como ser "noiva" do Christian te traz privilégios. Fico mexendo um pouco no celular, até que ouço alguém me chamar:

— Ana. Oi minha linda, desculpa a demora. O trânsito da empresa até aqui estava caótico. — Ele diz me dando um selinho que logo retribuo, sorrindo.

— Meu amor, que bom que você chegou. — Digo.

A mulher que eu não sei o nome, olha para Christian de um jeito ridículo, ajeitou até o decote do uniforme que ela usava. Christian, simplesmente a ignorou por completo.

— Senhor Grey, bem-vindo á Neiman Marcus. No que podemos lhe ajudar. — Ela disse numa voz melosa, que me dava nojo. Christian então, virou-se para ela e fala:

— A partir de hoje, quero você trate a minha noiva como ela merece, ou irei falar diretamente com o presidente da loja para demiti-la, é isso que a senhorita —Ele lê o nome da loira aguada. — Michelle Coleman, quer ? — Ela nega.

— Ótimo. Ana, diga á essa senhorita o que você quer ? — Ele me olha sorrindo e acaricia meu rosto. Ele quando quer é carinhoso, quando não...

— Eu quero aquele macacão que está na vitrine. — Apontei pro mesmo.  A tal da Michelle foi buscá-lo, e era ainda mais encantador de perto. Fui até o provador, e o macacão caiu como uma luva.

Coloquei minha roupa de volta e sai do provador. Christian ainda estava na loja, e sorriu quando me viu.

— Vai levar ? — Eu afirmo.

— Claro. — Entreguei para a moça do caixa, que sorria para o Christian abertamente. Ela deve estar achando que ele é dentista. Pago minha roupa, pego a sacola e saio dali, quase que imediatamente.

— Bom, já que não vou mais para a empresa, eu te ajudarei nas suas compras.

— Não quero te atrapalhar, Christian. — O Blackberry dele toca, de relance vejo que Ros e de imediato ele atende.

— Oi Ros ... agora ? Tem certeza ? ... Pede para eles me aguardarem, estarei ai dentro de quinze minutos... Faça isso. Obrigado. — Ele desliga.

— Você se salvou dessa, senhorita Steele. — Rimos .
— Tenho uma reunião importante com os holandeses, dentro de quinze minutos.

— Nem vou te desejar boa sorte, por que você não precisa. — dou de ombros e ele ri. Ele sabe que é a verdade.

— Nos vemos a noite então, princesa.
— Nos vemos a noite, meu amor. —digo. Como estávamos em público, nos beijamos e nos despedimos.

Por mais que eu quisesse negar, eu não estava conseguindo. Eu estava me apaixonando pelo meu chefe.

Fui em outras lojas, comprei alguns acessórios, saltos, passei no salão do shopping, fiz minhas unhas e uma maquiagem que destacasse bem meus olhos azuis e fui pra casa. Afinal, eu tinha que estar bem descansada, porquê a noite seria longa.