Sete

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Ana pov

Grace, Mia e eu andamos por quase toda Seattle á procura de um buffet, mas eu já estava cansada de tanto andar. Nós três paramos numa cafeteria para comer alguma coisa. A única coisa que eu queria era ir para minha casa e descansar o resto do dia.

— Gente, eu cansei. Andamos por vários lugares e não achamos nada. — Mia diz, e Grace concorda.

— Acredito que estamos sendo precipitadas. Não perguntamos nada ao Christian e muito menos á Ana, minha filha. — Grace diz olhando pra Mia. — Como você quer que seja seu casamento, Ana ?

— Quero algo mais intimista, Grace. Somente os amigos e a familia mesmo. Nada de grandiosa e que a mídia toda saiba.

— Ótimo. Vou ligar pro Christian pra saber o que ele acha. — Mia se levanta para ligar para o irmão, que com certeza está numa conferência com os italianos.

Enquanto "minha cunhada" estava no celular, Grace e eu conversavámos, como se a gente se conhecia a anos. Infelizmente, eu não tinha mais dona Carla e senhor Raymond, mas ganhei uma outra familia, temporária. Afinal, meu casamento com o CEO da GEH iria durar somente seis meses.

— Ana, querida. Agora que está somente nós duas aqui, preciso te falar algo. — Balanço a cabeça em afirmativo para Grace dar continuidade:

— Eu sei que esse casamento entre você e meu filho é um acordo de aproximadamente seis meses. — Engulo seco. Grace me olha com carinho e pega em minhas mãos que estavam mais geladas que a neve.

— Eu sei que você o ama, Ana. Eu vi o jeito que você olha pra ele, como seus olhos brilham em admiração e eu também sei que ele está apaixonado por você.

— Grace, eu não sei. Christian é pode ser lindo e tudo, mas eu não tenho certeza se um dia ele pode chegar a me amar como eu o amo. Afinal, ele é o Christian Grey. —  Grace sorri pra mim.

— Ele vai amá-la, eu sei disso. Christian é dono de si, é controlador, mas ele vai se dar conta da mulher que vai estar ao lado dele, durante esse tempo. Espero que ele mude esse lado mulherengo dele, que eu particularmente odeio. — Damos risadas. Nem nos demos conta que Mia já voltava.

— Conseguiu falar com o Grey ? — Eu pergunto
— Consegui. Ele disse que você tem carta branca. O que você decidir, pra ele está ótimo. — Sorrio forçadamente

Mia e Grace tomavam seus tradicionais cafés, e eu optei pelo meu capuccino de chocolate e baunilha e ficamos por alguns minutos ali. Mia tagarelava sobre as possíveis decorações e como seria o bolo de casamento.

Pagamos a nossa conta e cada uma foi para casa. Agradeci a Grace e Mia por me acompanharem na longa caminhada. Elas entraram no SUV da familia Grey e seguiram, já eu peguei o primeiro táxi que vi.

— A senhorita é a noiva do senhor Grey ?
— Sou sim . — Sorrio nervosa. O senhor de meia idade olha pra mim pelo retrovisor, dá um sorriso de lado e diz:

— Finalmente vemos que o multimilionário mais cobiçado de Seattle não está mais solteiro.

— É... — Sorrio, e o motorista sorri de volta, mas o mesmo não diz nada.

Logo percebo que cheguei no meu destino. Paguei o taxista e sai do veículo.

Entro no meu apartamento, me jogo no sofá e fico pensando no que o taxista me disse e acho que eu sei como fazer Christian demonstrar o que sente.

Tiro a roupa que estava, e opto por um short e uma blusa confortável. Era dia de folga mesmo, decido fazer uma pequena faxina em casa. Morar sozinha tem seus pontos positivos. Começo pelo quarto, troco o jogo de cama, reorganizo meus livros, tiro o pó de outros móveis.

Assim que termino de limpar todo o apartamento, caio no sofá pingando de suor. Desligo o rádio e vou fazer meu almoço quase janta.

Separo os ingredientes para fazer um macarrão com queijo e frango xadrez, já que não eram dificeis de fazer e eu sempre me virei sozinha, diferente da minha amiga Kate que não sabe fritar um ovo.

Com meu almoço pronto, vou pro banho para tirar o suor. Retiro minhas roupas, coloco-as no cesto de roupa suja e vou pro chuveiro para relaxar. A aguá quente quente caia no meu corpo de uma maneira relaxante que fez com que eu imaginasse meu chefe junto á mim.

Queria negar á mim mesma que eu não o queria. Que eu não o desejava, mas era inevitável. Quando eu percebi, já estava me tocando, imaginando meu chefe me penetrando de várias formas possíveis e acabo tendo um orgasmo.

Recomeço meu banho, me lavando por completo. Saio do box, enrolada na minha confortável toalha cinza e vou atrás da minha roupa, já que Seattle estava mais cinza que o normal. Visto minha roupa íntima, meu inseparável jeans e um blusão confortável de tricô bege, faço um coque bagunçado no cabelo e corro pra sala.

Pego meu notebook e começo a ver alguns modelos de vestido de noiva. Por mais que esse casamento seja mais falso que nota de três dólares, tenho que ser uma noiva digna de um Grey. Mesmo que esse Grey seja o gostoso do meu chefe.

Já passava das nove da noite, quando meu celular toca. Reviro os olhos quando vejo que é Kate:

— O que você quer, Kavanagh ? — Rio. Ela odeia quando eu a chamo pelo seu sobrenome.

— Eu estou falando com a futura senhora Grey ? Ana, porquê você não me disse ? — Amo a Kate, mas ás vezes ela é tão invasiva.

— Ah Kate. Sobre meu casamento não é algo que eu queira contar pelo telefone.

Você e o CEO mais cobiçado de Seattle estão juntos á quanto tempo ? — Tenho a mais absoluta certeza que ela está com a sobrancelha bem feita arqueada.

Há algum tempo pra perceber que ele é o amor da minha vida. — Ai Steele ! Que grande mentira.

Quando eu voltar á Seattle você vai me contar tudo

— Pode deixar, Katherine. Agora vou voltar á ver os vestidos de noiva. Nem que seja pela internet, somente pra mim ter uma miníma noção do que eu quero.

Tudo bem, amiga. Não quero te atrapalhar. Até logo, Steele.

— Até logo, Kavanagh. — Desligamos a ligação e coloco meu celular para carregar e volto minha atenção pro notebook á minha frente, com várias idéias de vestidos de noiva, mas nada que eu vejo me agrada em absolutamente em nada.

Deixo meu notebook na mesinha de centro, vou para a cozinha e preparo um chá. O Twinings English Breakfast. O meu preferido.

Assim que fica pronto, coloco o líquido na minha caneca que eu tanto amo e começo a beber. Chá é meu tônico relaxante.

Bebo o líquido, coloco minha caneca na pia e subo pro quanto. Era tarde da noite. Christian não me ligou e nem mandou mensagem, mas eu nem me importo muito com isso. Fecho meu notebook, coloco-o para carregar também, e subo pro meu quarto.

Fecho as cortinas deixando meu quarto completamente escuro. Coloco meu pijama quentinho, e me deito.

Fico imersa aos meus pensamentos. Será que essa idéia de casar com Christian vai dar certo ? Será que ele é capaz de me amar de verdade, sem ser armado ?

Com esses pensamentos, eu adormeço.

Casados por Contrato (Concluída- EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora