Capítulo 6

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Narradora

Uma multidão de pessoas se fazia presente na entrada do prédio, e assim que Arthur e Carla são finalmente vistos, o bombardeio de perguntas dá início.

- Sr.Governador, o que aconteceu de fato?

- Realmente não houve uma tentativa de sequestro?

- Quem é a moça ao seu lado? Qual tipo de relação há entre vocês? Ela será a futura primeira-dama?

- Por quanto tempo ficaram presos aí dentro? O que fizeram?

Sentindo a quantidade absurda de flashs e perguntas começarem a lhe irritar Arthur observa Ronan se aproximar correndo, o guiando rapidamente até a saída do prédio.

- Chega de perguntas, o Sr.Picoli precisa de um descanso, tudo será respondido em breve!

Ronan declara em voz alta para que todos os repórteres pudessem o ouvir, mas antes que pudesse voltar a caminhar com Arthur até a saída, o governador para bruscamente olhando para trás e encontrando Carla exatamente onde havia à deixado. A jovem o encarava de longe assustada e confusa, e por mais que quisesse voltar para ajudá-la a sair dali, Picoli sabia que não podia. Tinha uma imagem para manter, e agora teria mais problemas do que podia imaginar. 
Rapidamente o loiro observa uma figura morena correr em direção à Diaz, a levando para longe dali após um abraço apertado.

Senhor, precisamos sair daqui agora! O que houve?

Ronan questiona ao ver olhar do governador seguir os passos de Carla, mas não demora a vê-lo voltar finalmente à realidade.

- Nada...vamos embora! 

Rapidamente ambos voltam a romper a multidão de pessoas que os rodeava até finalmente serem tocados pela luz do sol pouco antes de entrarem na limusine que os aguardava do lado de fora do edifício. 

[...]                             

Diaz fecha os olhos sentindo a água quente deslizar por seu corpo enquanto recapitulava mentalmente tudo o que havia acontecido até ali. Após ser "resgatada" daquele caos por Viviane, ambas haviam conseguido fugir do prédio sem serem vistas. Carla ainda não entendia direito o que havia acontecido, mas após receber o mar de informações disponibilizados pela internet, a jovem começava a ligar os pontos. Todos haviam acreditado que o governador havia sido sequestrado, e após ser encontrada presa dentro de um elevador com Picoli, a loira começava a sentir que sua vida jamais seria a mesma. Carla sente sua mente lhe guiar de volta para os acontecimentos de algumas horas atrás, enquanto sentia uma inegável frustração apertar seu coração. 

Ele havia à deixado para trás!

O que podia esperar? 

O que achava? 

Que ele iria voltar, segurar em suas mãos e sair dali junto com ela? 

Aquilo era um absurdo, eles eram de mundos totalmente diferentes. Ele era o governador de Nova York, era o chefe de sua chefe, e acima de tudo ele era... 

Inalcançável!

Rapidamente a loira desliga o chuveiro e sai do banho, deixando descer pelo ralo todos os pensamentos que a afastavam da realidade. Aquele era o mundo real, e agora mais do que nunca precisava se preparar para enfrentá-lo.

Arthur

Jogo o celular com força na parede o vendo estilhaçar em pedaços enquanto tomava mais um drink na tentativa quase impossível de manter a calma. A notícia já se espalhava por todos os lugares: 

"Governador "sequestrado" aparece preso em elevador com mulher desconhecida!"

Eu podia sentir todo o estresse exalar de mim, e tentando encontrar uma gota de paz de espírito coloco as mãos no bolso e retiro o pequeno objeto do mesmo, observando a delicada pulseira quase desaparecer em minhas mãos. Havia encontrado a peça presa em meu terno no momento em que me preparava para tomar banho, e não precisava pensar muito para saber de quem era. Sinto minha mente traiçoeira me guiar até o exato momento em que acordei com seus braços me envolvendo e sua cabeça repousando tranquilamente em meu peito. Carla Diaz com certeza não era uma pessoa comum, e por mais que tentasse não pensar nisso, sentia um grande dilema se formar dentro de mim na medida em que tentava entender como sua ousadia me irritava ao mesmo tempo que me atraía. Desperto dos meus pensamentos ao ver Ronan entrar na enorme sala da minha mansão enquanto segurava uma xícara de café em mãos. Sei como é difícil confiar em alguém no mundo político, e por mais que nunca tenha dito isso, sou grato por encontrar em Ronan além de um competente auxiliar, um grande amigo.

- Então quer dizer que você passou a noite trancado no elevador com aquela funcionária que te insultou na frente de todos, certo?! 

Narradora

O jovem se senta no sofá trocando o copo de whisky que Arthur bebia pela xícara de café em suas mãos.

- Isso mesmo!

Você sabe que a vida dela agora vai virar de cabeça para baixo, né?! O estado praticamente inteiro encontrou vocês suados, corados e amarrotados dentro de um elevador. Vão caçar ela em todos os lugares até descobrirem quem ela é e que tipo de relação tem com você.

 - Droga! 

O loiro coloca as mãos na cabeça sentindo uma dor aguda atingir a mesma enquanto sentia que explodiria há qualquer momento devido a tantos problemas.

Mas não é como se isso fosse da sua conta. Ela é só mais uma funcionária, certo?! Logo vão esquecer isso! 

Arthur concorda com a cabeça ao mesmo tempo em que se obrigava a acreditar naquilo. Não tinha porquê se importar com ela, tinha coisas piores para resolver e...

A quem queria enganar?

Era claro que se preocupava!

A pergunta certa a se fazer era:

Por quê?

Dia Seguinte                             

Diaz se joga sob a cadeira do escritório e fecha os olhos respirando fundo. Ao chegar no edifício governamental havia sido rodeada por um grupo de repórteres, e mesmo tentando sair o mais rápido possível daquele lugar, ignorar o mar de perguntas que recebia parecia ser uma missão quase impossível para Carla. Podia sentir os olhares dos outros funcionários sobre si, e mesmo tentando não se importar, sabia muito bem o motivo daquilo. Havia passado a noite com o temível governador, e por mais que não houvesse acontecido nada entre eles, a loira tinha certeza de que a imaginação das pessoas ainda lhe traria muitos problemas.

- Srta.Diaz?!                          

Carla desperta de seus pensamentos ao ouvir uma voz chamá-la, e rapidamente abre os olhos, observando o auxiliar de Picoli parado em sua frente.

- S-Sim, sou eu! No que posso ajudar?

A jovem pergunta solícita, não demorando a ver um leve sorriso "malicioso" se formar nos lábios de Ronan no exato momento em que se preparava para anunciar o aviso que com certeza a pegaria de surpresa.

O governador Arthur Picoli gostaria 
de vê-la imediatamente em sua sala!



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(3/3) 🔥💣
Chegamos ao fim dessa mini maratona!
O que acharam dos últimos capítulos?
Comentemmmm!!

O Governador - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora