Capítulo 45

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Narradora

- V-Você está g-grávi...

Carla interrompe.

- Sim, meu amor...estou grávida! 

Diaz afirma sorrindo enquanto sentia as lágrimas de emoção banharem seu rosto. Arthur se encontrava completamente paralisado. 

Como não percebeu antes? 

Os sinais estavam diante de si o tempo todo. Havia percebido que os seios da amada estavam maiores, e até mesmo se preocupado ao vê-la constantemente enjoada. O coração do governador batia acelerado, e sem conseguir encontrar as palavras certas o loiro sente os movimentos de seu corpo retornarem, o fazendo correr até Carla e envolvê-la em um abraço apertado.

- Meu Deus...eu te amo, eu te amo, eu te amo! 

Picoli declara emocionado enquanto destribuía diversos beijos pelo rosto da amada e acariciava sua barriga.

- Eu vou ser pai! Nós vamos ser pais!

- Sim, meu bem, nós vamos ser pais! 

Ainda sorrindo Carla observa Arthur se ajoelhar a sua frente, lhe trazendo as lembranças da primeira vez que aquilo havia acontecido. Naquele tempo seu coração estava ferido e um futuro com o governador parecia ser apenas um sonho distante, mas agora aquele sonho estava se tornando realidade.

- Ei, amorzinho, estamos aqui fora te esperando...e...Minha Nossa...eu já te amo tanto! Vem logo que o papai quer te carregar no colo! 

Arthur sussurra enquanto acariciava a barriga de Carla, não demorando a erguer sua cabeça em direção a amada. Os olhos de Picoli brilhavam devido às lágrimas de emoção, e se tivesse uma câmera ali Carla com certeza registraria aquele momento para guardar por toda a vida. Naquele olhar havia admiração, amor, e gratidão.

- Esse é o melhor presente que eu já ganhei na vida! 

Sentindo um soluço escapar te seus lábios Carla desliza ao chão se acomodando logo em seguida no colo de Arthur. Suas testas se encontravam unidas, e ainda de olhos fechados o casal sela seus lábios em meio às lágrimas e aos sorrisos, na certeza de que aquele momento ficaria registrado para sempre em seus corações. O tempo volta a se passar como num piscar de olhos, e antes que percebessem Picoli e Diaz já se encontravam deitados na cama do governador após o final de festa. Arthur ainda se encontrava abobalhado com a notícia que havia recebido, mas não podia negar a alegria que tomava conta de seu coração ao saber que em breve carregaria em seus braços o fruto de seu amor com Carla. Ainda pensativo com tudo o que havia acontecido em sua vida recentemente, o jovem político volta sua atenção para a loira que dormia serenamente em seu peitoral, não demorando a admira-la um pouco mais. O governador rígido de alguns meses atrás não reconheceria o Arthur que havia se tornado, e bem no fundo Picoli sabia que devia o crédito daquela mudança totalmente a Carla. Após sua história com Aline, Arthur acreditava que nunca mais encontraria o amor, ou melhor, havia achado que o amor verdadeiro não existia...até uma loira de olhos castanhos e sem papas na língua, entrar em sua vida. Diaz havia lhe feito ver o mundo de uma forma diferente, e mesmo sabendo que ainda não a merecia, Picoli estava totalmente disposto a ser o melhor homem do mundo para ela e para o bebê que estava por vir...

Para sua família! 

O loiro sorri acariciando a barriga da amada enquanto se aconchegava ainda mais a ela, na certeza de que aquele era o melhor lugar do mundo para se estar.

Meses Depois

Carla

Abro os olhos lentamente sentindo um raio de luz aquecer meu rosto, me fazendo perceber que mais uma vez estava acordando em uma cama vazia. Alguns meses haviam se passado, e assim como o tamanho da minha barriga, muitas coisas haviam mudado. Após contar sobre a gravidez, havia sido praticamente obrigada a me mudar para a mansão com a teoria de Arthur que afirmava que seria mais seguro para mim e para o bebê se nós morassemos juntos. Nossa vida parecia ser um conto de fadas, mas não conseguia evitar a angústia que vinha me preocupando ultimamente. Eu sabia que como governador o Arthur tinha muitas responsabilidades, mas não sabia ao certo como agir diante de suas ocupações. As reuniões após o trabalho eram constantes, e mesmo fazendo de tudo para ficar comigo o máximo de tempo, Arthur era o último a deitar na cama e o primeiro a levantar. Tentando ignorar a frustração que sentia por mais um dia acordar sem tê-lo do meu lado, me levanto da cama com cuidado, não demorando a ouvir meu celular anunciar uma nova ligação.  

O Governador - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora