O Governador - Carthur

Capítulo 36

Narradora

Carla entra em sua casa completamente cansada e se joga sobre o sofá, permitindo que seu corpo descansasse um pouco. Há algumas semanas vinha se sentindo terrivelmente enjoada, e após conseguir uma folga no trabalho, havia passado boa parte do dia fazendo alguns exames no hospital. Se sentindo um pouco melhor, Diaz segura o celular em mãos na intensão de mandar uma mensagem para Arthur, mas antes que o pudesse fazer a jovem ouve a campainha tocar. Lutando contra o cansaço que assolava seu corpo a loira se levanta do sofá e abre a porta, sentindo um sorriso feliz se instalar em seu rosto ao ver o namorado ali.

- Oi, amor! Ia mandar uma mensagem pra você agora avisando que já havia chegado em casa.                       

Em um gesto carinhoso Carla se lança nos braços do governador na intenção de selar seus lábios, mas antes que isso acontecesse o jovem se afasta em um movimento brusco e adentra o apartamento, deixando Diaz completamente confusa.

- Ei, o que foi?

- Como você teve coragem?

Picoli sussurra com um olhar distante enquanto ouvia o som da porta se fechando.

- O-o quê? Arthur, você está me assustando! Do que você está falando?

- ESTOU FALANDO DISSO! 

Em um movimento rápido Arthur retira uma série de fotos parcialmente amassadas de seus palitó e os joga na frente de Carla, deixando a jovem completamente paralisada ao ver o conteúdo das imagens.

- O-o que é isso?

- ISSO É VOCÊ, CARLA, ENTREGANDO INFORMAÇÕES DA MINHA CAMPANHA PARA O DESGRAÇADO DO LOMBARDI! ISSO É VOCÊ ME TRAINDO! 

As fotos revelavam imagens de Carla na frente de um motel com um envelope nas mãos. Logo em seguida um carro luxuoso para em frente a loira e revela a imagem de Felipe recebendo o envelope e depositando um beijo sedento na jovem antes de arrasta-la para dentro do local. A verdade é que tudo aquilo não passava de uma armação. Carla nunca trairia o homem que amava, mas naquele momento Arthur com certeza havia se tornado incapaz de acreditar em qualquer palavra que saísse da boca da loira.

- ISSO É UM ABSURDO! EU NUNCA FARIA ISSO, NUNCA TE TRAIRIA! EU TE AMO, ARTHUR! 

A jovem grita sentindo as lágrimas de desespero banharem seu rosto enquanto o corpo do governador parecia paralisar diante de suas palavras. O loiro sente seu coração ferido dar um pulo de vida, mas antes que pudesse tentar acreditar na mulher por quem estava apaixonado, uma grossa camada de gelo volta a congelar seu coração.

- VOCÊ NÃO AMA NINGUÉM! EU ABRI O MEU CORAÇÃO PRA VOCÊ MESMO SABENDO QUE ERA UM RISCO. EU ME PERMITIR ME APAIXONAR NOVAMENTE! EU ACHEI QUE VOCÊ ERA DIFERENTE, MAS PERCEBI QUE VOCÊ É IGUAL A TODAS AS OUTRAS....UMA INTERESSEIR....

Antes que pudesse terminar de falar o governador sente um tapa forte ser depositado em seu rosto, o fazendo direcionar seu olhar até o rosto triste e irritado de Carla.

- N-Nunca mais diga isso! Eu te amo sim, te amo com todas as minhas forças, mas não admito que você fale assim comigo. Tudo isso é uma armação para nos separar, você devia saber...devia saber que essa não sou eu! V-Você me conhece, Arthur, eu nunca seria capaz de fazer algo assim com alguém, muito menos com você. Acredita em mim, por favor! 

Carla implora em meio às lágrimas, não demorando a sentir o corpo do amado se aproximar perigosamente do seu.

- Não!