Capítulo 31

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Narradora

O-quê?

Pai e filha questionam ao mesmo tempo surpresos com a idéia de Mara.

O que foi? Não me olhem com essa cara, até parece que a Carla e o Arthur não tem esse tipo de...intimidade!

- MÃE!

Sentindo suas bochechas corarem Carla repreende a mãe com o olhar.

Querida, não acho que essa seja...

Mara interrompe.

- Nem vem você também, Carlos! Quando éramos mais jovens você vivia invadindo o meu quarto quase todas as noites para...          

Carla interrompe.

- Pelo amor de Deus, chega por hoje! Tudo bem, nós ficamos! 

Desistindo totalmente daquela luta, a loira se dá por vencida, não deixando de perceber um leve sorriso nos lábios de Arthur.

Eu particularmente estou de acordo. Acho que apenas uma noite não fará mal, certo,"querida"?!

Picoli declara com um tom divertido, não demorando a ver Carla revirar os olhos enquanto sussurrava algo em seu ouvido.

Sei que falei que você é muito sério, mas agora acho que você está engraçadinho até demais.

Sem conseguir controlar, o governador gargalha divertidamente, voltando a realidade somente ao perceber que seus "sogros" ainda estavam ali.

- Então já que todos nós entramos em um consenso, eu e a Carla vamos arrumar o quarto enquanto o Carlos empresta uma roupa confortável para o Arthur dormir. Já já nós voltamos! 

Antes que alguém pudesse falar algo Mara puxa a jovem Diaz levemente pelo braço, a levando até seu antigo quarto.

- Ahhhh...minha filha está finalmente namorando! Ele é um gato!

MÃE, para com isso! 

A loira repreende a mãe mais uma vez e começa uma breve arrumação no quarto.

Ah, deixa de ser chata, eu tenho o direito de ficar feliz! Vocês formam um lindo casal! 

Mara declara sorridente, mas não demora a ver sua filha se jogar na cama com um suspiro cansado.

- Ei, querida, o que foi?

- Ah mãe, as coisas são mais complicadas do que parecem.

- Oh, meu amor, conta tudo para sua mamãe! Qual o problema? Você não gosta dele? 

A mãe de Carla se senta ao seu lado na cama enquanto inicia um leve cafuné em seus cabelos macios.

- Eu gosto até demais...estou apaixonada, mãe! Ele disse que também gosta de mim, mas as coisas não são tão simples assim. Ele é o governador, e eu sou...eu! Somos muito diferentes, e...

Mara interrompe.

- E nada! Querida, quando duas pessoas se gostam de verdade as diferenças não importam. Se o que sentem um pelo outro é realmente sincero, não importa se ele mora em uma mansão e você veio de uma fazendinha no interior, tão pouco se você é a secretária e ele o governador de Nova York. Quando é pra acontecer, acontece! Talvez vocês tenham que enfrentar algumas dificuldades no meio do caminho, mas a questão é: estão dispostos a lutar pelo o que sentem um pelo outro? Pense nisso! 

Cada palavra atingia o coração de Carla em cheio, e antes que pudesse dizer algo a jovem observa sua mãe levantar da cama.

- Agora eu vou embora, daqui a pouco o gostosão do seu governador chega aí! 

O Governador - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora