Capítulo 17

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Narradora

Carla se encontrava totalmente paralisada enquanto tentava a todo custo entender o que acontecia ali. A jovem podia ver a raiva nítida no rosto de Arthur e a malícia no olhar de Fiuk, mas antes que o governador fizesse algo a loira toma a frente tocando seu braço em uma tentativa desesperada de segura-lo.

Eu sou...

Arthur interrompe.

- Minha acompanhante!

Espera aí...

Fiuk volta a olhar Carla com ainda mais atenção, não demorando a sentir uma lâmpada se acender em sua cabeça.

Você é aquela gostosinha que apareceu nos jornais com o Arthurito. Cara, você é um baita de um sortudo, quando não quiser mais ela promete que vai me avisar. Com certeza vou querer tirar uma casquinha tamb...

Antes que Fiuk terminasse de falar, Picoli o segura fortemente pelo colarinho de sua camisa, pegando Filipe totalmente de surpresa.

Se você ousar repetir isso eu juro que vou...

Carla interrompe.

Arthur, não! As pessoas vão perceber, solta ele, por favor!

A loira volta a puxar seu braço, e mesmo relutante Arthur decide ceder ao menos uma vez enquanto voltava a si.

O que estava fazendo?

Picoli nunca havia agido daquela forma, sempre foi um homem racional, mas pelo visto aquele era o dia de perder todo o seu controle de vez.

- E você, da próxima vez que falar assim comigo ou com qualquer outra garota, eu juro que vou te caçar e fazer picadinho de você até aprender a tratar uma mulher de verdade. Me entendeu? 

Diaz questiona em um tom ameaçador e não demora a ver Filipe confirmar com a cabeça, nitidamente assustado.

- Agora vai embora daqui! 

Rapidamente o jovem volta a se afastar cambaleando, causando o riso de Carla.

Você viu a cara dele?! Ele estava morrendo de medo!

- E com razão, por pouco eu não acabo com a raça dele.

- Enquanto a isso, obrigada por...me defender!  

Carla declara sentindo um sorriso bobo se formar em seus lábios na medida em que se lembrava do momento em que Arthur havia deixado de lado toda sua postura profissional para defendê-la. Picoli sorri de volta e estende sua mão para a loira, decidido a fazê-la esquecer do que havia acontecido.

Me daria a honra desse dança?

Arthur questiona sorrindo e não demora a vê-la segurar sua mão ao mesmo tempo em que correspondia ao seu gesto.

S-Sim! 

Carla havia sido pega de surpresa com o convite do governador, mas enquanto caminhavam até o centro do salão a jovem começava a perceber que Arthur havia definitivamente tirado aquele dia para surpreendê-la. A cada passo que davam podiam sentir os olhares curiosos os acompanhando, mas decidido a esquecer tudo que acontecia a sua volta Arthur deposita sua mão na cintura de Carla, iniciando uma dança lenta. Seus olhos se encontravam totalmente conectados na medida em que eram envolvidos pela música do local. A jovem sentia todo seu corpo despertar com o toque de Arthur, e o choque que já havia se tornado familiar volta a tomar conta de seu corpo com intensidade. Muitos poderiam dizer que estavam próximos demais para que aquilo fosse uma simples dança, mas bem no fundo ambos sentiam a necessidade de se aproximarem ainda mais. Arthur se encontrava totalmente enfeitiçado, e antes que tentasse resistir seus olhos o traem, o guiando diretamente para os lábios de Carla. A loira o encarava com o olhar cheio de admiração enquanto finalmente admitia para si mesma o que tanto havia tentado negar. Talvez aquilo não fosse possível, ele era o todo poderoso governador e ela era apenas uma secretária qualquer. Sabia que eram de mundos totalmente diferentes, afinal, ele havia nascido num berço de ouro e ela em uma simples fazenda. Ele estava acostumado a ter tudo o que queria com apenas uma ordem, enquanto ela havia aprendido desde cedo que devia lutar com unhas e dentes para realizar seus sonhos. Ele era sério demais, ignorante, bruto, e na maioria das vezes se achava superior a todos. Ela detestava a forma com ele adorava dá ordens há todo momento e como parecia se fechar para o mundo todo a sua volta. Carla sabia que aquilo era loucura, havia tentado ignorar os sinais que seu coração a enviava, mas agora já era tarde demais.

Havia se apaixonado pelo governador de Nova York!

 Uma moeda pelos seus pensamentos.

Arthur murmura em um tom divertido enquanto observava a expressão pensativa no rosto de Carla, a fazendo voltar ao mundo real ao ouvir sua voz.

- H-Hã? 

Picoli ri levemente diante da confusão  da loira e volta a puxa-la para mais perto, sentindo uma paz até então desconhecida tomar conta de si ao sentir a pele de Carla em contato com a sua.

- Arthur, posso te fazer uma pergunta?

-  Claro!

- Sei que já perguntei isso antes, mas, por que você se afasta tanto das pessoas? Você não é nada do que demostra ser. Você é gentil, honesto e se preocupa com as pessoas. Por que age como se fosse indiferente a elas? 

Automaticamente o loiro sente seu corpo paralisar diante da pergunta da jovem, não demorando a se afastar bruscamente.

É complicado, Carla!

Mas por qu...

O governador interrompe.

- Srta.Diaz, minha vida pessoal não lhe diz respeito, então não pense que minha "gentileza" com a senhorita lhe dá o direito de se intrometer em questões que dizem respeito somente a mim. Acho que essa noite já rendeu muitos acontecimentos, vamos embora! 

Sentindo uma grande muralha voltar a se erguer em volta de si Arthur levanta sua cabeça em superioridade, e sem dizer ao menos mais uma palavra volta a caminhar até a saída, deixando uma Carla completamente abalada no meio do salão. A verdade era que Picoli tinha um motivo para ser como era, mas sem sombra de dúvidas não estava pronto para contar aquilo para ninguém. O tempo volta a se passar rapidamente, e com ele os dias continuam a voar para longe. Arthur e Carla se falavam somente quando necessário, e após infinitas reuniões a viagem de negócios finalmente havia chegado ao fim. O casal dormia profundamente em seus respectivos quartos naquela noite, sem ao menos imaginar que longe dali alguém planejava uma terrível surpresa para o dia seguinte.

- Chefe, já está tudo pronto!

Perfeito!

- Tem certeza que realmente quer fazer isso? Todos que estiverem lá vão morrer.

Eu não me importo com quem vai morrer, só quero que você siga todo o plano ao pé da letra. O GOVERNADOR
NÃO PODE VOLTAR VIVO DESSA 
VIAGEM!

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(3/3)
Eitaaaaaaa 👀💣
Agora o negócio vai pegar fogoooo!
Será que esse plano vai dar certo?
Comentemmmm💥

O Governador - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora