Capítulo 5

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Narradora

O loiro declara seriamente e não demora a ver uma expressão surpresa se formar no rosto de Carla.

 O quê? Como assim?

Simplesmente não funciona! 

Rapidamente Diaz caminha até o painel na tentativa de encontrar alguma solução, mas para sua frustração o elevador não respondia a nenhum de seus comandos.

Nossos celulares...podemos ligar para pedir ajuda!

A jovem declara animada com a repentina idéia, mas não demora a sentir Arthur jogar um balde de água fria sobre a si.

Não adianta, já tentei isso, estamos sem sinal!

- Droga! 

Já cansada de ficar em pé Carla retira os saltos e se senta no chão, gemendo de alívio ao iniciar uma rápida massagem em seus próprios pés.

- O senhor vai ficar parado aí?

Claro, não vou me sentar nesse chão sujo! 

Sem conseguir controlar, Carla revira os olhos diante do comentário do homem à sua frente, deixando um atrevido comentário escapar de seus lábios.

Engomadinho!

O que disse?

 - N-Nada!

Se recriminando mentalmente pelo o que havia dito, Diaz decide ficar calada a partir dali. O tempo se passava de forma torturante, e após horas presos ali dentro, um calor incontrolável começa a tomar conta do lugar. Suas peles pingavam de suor, e sem conseguir resistir àquela temperatura infernal Carla começa a subir as mangas de sua camisa, atraindo o olhar de Arthur para si.

-  O que está fazendo?

Sobrevivendo a esse calor. Estou derretendo aqui, se eu fosse o senhor faria o mesmo! 

Mesmo resistente Arthur concorda mentalmente com a loira, não demorando a retirar a parte de cima de seu terno, o estirando sobre o chão enquanto levantava a manga de sua camisa e abria os primeiros botões da mesma. Pegando Carla totalmente de surpresa Picoli caminha em sua direção e senta sobre o casaco ao seu lado.

- Nenhuma palavra sobre isso! 

Tentando controlar a vontade de rir a jovem volta a olhar para frente, sentindo uma paz instantânea tomar conta de si.

-  Posso lhe fazer uma pergunta?

- Não! 

Ignorando a resposta do governador, Carla volta a se virar para ele, navegando intensamente no fundo de seus olhos.

- Por que o senhor é assim? Quero dizer...Por que parece ser tão frio com as pessoas? Devo confessar que o senhor é um ótimo governador, faz de tudo pelo povo e tenta ser o mais justo possível em todas as suas decisões. E me desculpe pelo o que vou dizer, mas a forma como trata as pessoas faz com que elas se afastem e se sintam indiferentes para o senhor. Sei que não é da minha conta, mas por que faz isso?

Arthur sente as palavras da loira lhe pegarem totalmente de surpresa, e pela primeira vez depois de muito tempo o governador estava literalmente sem palavras. A verdade é que Arthur Picoli tinha um motivo para isso, havia uma razão por trás de toda sua indiferença e superioridade, mas aquele era um passado que ele com certeza não queria lembrar.

Está certa, Srta.Diaz...Isso não é da sua conta!

Hã...c-clarome desculpe pela intromissão, Sr.Governador! 

O Governador - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora