Narradora
Carla estava completamente surpresa com a iniciativa do governador, mas no exato segundo em que sentiu a língua quente deslizar por seu lábio inferior todo o mundo pareceu paralisar. Totalmente entregue Diaz direciona sua mão até a barba de Arthur, não demorando a sentir suas línguas iniciarem uma batalha intensa. Todo o desejo e paixão reprimidos parecia incendiar seus corpos, e antes que percebessem o beijo que havia se iniciado suavemente já se tornava selvagem. Carla puxava levemente os fios de cabelo do governador enquanto sentia Arthur apertar fortemente sua cintura. Picoli sentia algo até então desconhecido aquecer seu coração, o desarmando completamente. O loiro nunca havia se permitido perder o controle daquele jeito, mas de alguma forma inexplicável Carla era a única mulher capaz de fazê-lo esquecer o próprio nome. Sentindo a falta de ar se fazer presente Arthur finaliza o beijo com pequenos selinhos, que diferente do que o esperado, o faziam querer beijâ-la ainda mais.
- A-Arthur...
A jovem murmura sentindo seu coração bater acelerado assim como sua respiração, mas antes que pudesse terminar de falar, os lábios de Arthur voltam a tocar os seus.
- Shiiuu...
O governador sussurra esfregando seus lábios nos da jovem em uma tentativa de cala-la. Talvez tivessem que enfrentar as consequências daquele beijo no dia seguinte, mas naquele momento nenhuma palavra era necessária. Tudo o que ambos queriam era desfrutar dos lábios que haviam esperando tanto tempo para provar.
Dia Seguinte
Carla desperta sentindo uma luz quente tocar sua pele, e abre os olhos lentamente sentindo um sorriso bobo se formar em seu rosto. Sem conseguir controlar a jovem desliza os dedos por seus lábios enquanto se lembrava das sensações mágicas que havia sentido na noite anterior. Tudo aquilo parecia um sonho, e por mais que sua razão lhe dissesse para ir devagar, seu coração apaixonado alimentava ainda mais sua imaginação. Sem esperar mais a loira se levanta da cama improvisada com folhas, finalmente estranhando a ausência de Arthur. Rapidamente Diaz começa a caminhar em direção a praia, não demorando a sentir um sorriso incontrolável rasgar seu rosto diante da cena à sua frente. Arthur se encontrava na beira do mar enquanto segurava uma estaca improvisada em suas mãos. Devido ao seu título, Picoli sempre havia tido tudo o que queria em suas mãos, mas passar aquele tempo na ilha o obrigava a aprender coisas novas para conseguir sobreviver. O governador havia acordado cedo, e após passar quase uma hora admirando Carla dormir ao seu lado, sua razão havia o incentivado a ir em busca de comida. Picoli tentava não pensar no que havia acontecido na noite anterior, mas a cada minuto que se passava o loiro percebia o quão absurda era aquela tentativa. Arthur havia sido envolto por sentimentos que nunca havia imaginado poder sentir, e por mais que aquilo aquecese seu coração aos poucos, tal sensação o assustava grandemente. O jovem ainda não sabia como agiria quando encontrasse Carla, porém, por mais que sua razão lhe dissesse que havia errado ao beijâ-la, seu corpo imploravam pelos lábios da loira nos seus novamente. Começando a se irritar ao ver que nenhuma de suas tentativas de pegar um peixe haviam sido bem sucedidas, Arthur fecha os olhos ajustando a camisa em sua cabeça para protegê-lo do sol.
- Oi!
A voz de Carla surge em meio ao silêncio pegando Arthur totalmente de surpresa, e rapidamente o loiro se vira tentando controlar o desejo que já fervia em seu corpo. Assim como as roupas dele, as vestimentas de Diaz haviam sido danificadas, mas de uma forma surpreendente aquilo só parecia deixá-la ainda mais linda. Seu cabelo se encontrava um lindo caos de fios, enquanto o sorriso que havia o pegado de jeito permanecia enfeitando os lábios que haviam o enfeitiçado.
- Oi!
O loiro sussurra ainda a encarando, mas não demora a sentir um sorriso convencido rasgar seu rosto ao notar o olhar de Carla para seu peitoral nu.
- H-Hã...v-você precisa de ajuda aí?
- Não, não, eu consigo me virar sozinh...
Rapidamente Diaz olha a cesta improvisada completamente vazia, não contendo sua risada.
- Com licença, Sr.govenador, mas creio que essa seja uma missão pra mim
Antes que Arthur pudesse contestar, Carla retira a estaca de suas mãos voltando imediatamente sua atenção para a água cristalina do mar. Diaz observa um peixe grande passar por perto, e agradecendo aos céus pelos anos de experiência na fazenda e no campo, a jovem lança o pedaço de madeira em suas mãos, não demorando a erguer o peixe em sinal de comemoração.
- CONSEGUI!
- Foi sorte...agora é minha vez!
Inconformado com a situação Arthur se aproxima da loira no exato momento em que algo pontudo toca o pé da jovem. Sendo pega de surpresa Carla se desequilibra, não demorando a ser socorrida por Arthur. O governador estende sua mão na intenção de evitar a queda de Diaz na água, mas antes que percebesse a jovem já havia o levado para o mar junto consigo.
- Droga!
Picoli murmura complemento molhado, mas antes que pudesse se levantar a gargalhada de Carla o desarma por completo.
- Ah, então quer dizer que você está rindo do governador de NY, né?! Vamos ver quem vai rir agora.
Em um movimento rápido o loiro se levanta inciando uma corrida até Carla. A jovem tentava fugir dele em meios aos risos, e ao perceber sua desvantagem na água, a jovem corre em direção a areia, se divertindo ao ver Arthur segui-la. Ambos se divertiam em um clima descontraído, e após muito correr Carla sente seu corpo tropeçar na areia, fazendo Arthur que estava logo atrás de si, cair sobre ela. O casal gargalhava da recente queda, mas logo a diversão que os envolvia dá lugar a intensidade do desejo que sentiam. Seus olhos se encontravam conectados, e totalmente embasbacado Arthur volta a admirar Carla. Seus cabelos recém molhados grudavam em sua testa e pescoço, e sem conseguir controlar o movimento de suas mãos Picoli acaricia o rosto de Carla enquanto tirava os fios soltos em seu rosto, em uma tentativa de admira-la um pouco mais.
- Você é...linda!
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Governador - Carthur
FanfictionPoder! "Direito de deliberar, agir, mandar e, dependendo do contexto,exercer sua autoridade, soberania e posse de um domínio, por meio da influência ou da força." Poder é um termo que se originou a partir do latim "possum", que significa "ser capaz...