Capítulo 30

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Narradora

Arthur estava completamente paralisado. Carla aguardava a resposta do governador inquieta enquanto tentava organizar o caos de pensamentos que rodeavam sua mente. Talvez fosse um convite sem pé nem cabeça, mas naquele momento aquela era sua forma de dizer que estava tudo bem e que ela o perdoava. Pois é, as palavras de Arthur haviam a desarmado totalmente, e por mais que quisesse ter sido mais firme, não havia como resistir ao pedido de desculpas do homem à sua frente. 

Ele gostava dela, e ela estava apaixonada por ele!

Carla nunca havia visto o todo poderoso governador de Nova York daquele jeito. A jovem havia sido atraída pela personalidade imponente de Arthur, mas sem sombra de dúvidas o seu nervosismo havia a feito se apaixonar ainda mais, se é que aquilo era possível. Sentindo seu tolo coração continuar a bater acelerado Diaz continua a focar nos olhos de Picoli, finalmente percebendo a resposta que seu longo silêncio declarava.

H-Hã...que loucura a minha, você com certeza deve ter um compromisso. Você é o governador, nunca iria querer passar o natal em um fazendinha do interior, eu não sei no que estava pensando. Além disso minha família é completamente louca, minha mãe com certeza não te deixaria em paz, então tudo bem se não quiser ir comig...

Arthur interrompe.

Eu quero! 

O loiro declara em um tom de voz mais que animado, e percebendo a forma como aquilo soou Picoli volta a se recompor adotando um tom de voz mais firme.

Quer diz...sim! Acho que será uma experiência interessante.

Sentindo um sorriso bobo se forma em seus lábios diante daquela resposta Carla continua a observa-lo, não demorando a perceber o olhar do governador varrer todo seu corpo, despertando ainda mais os sinais de seu desejo. 

Uhm...vou pegar meu casaco para irmos.

Com um aceno de cabeça Arthur observa a loira voltar a entrar no apartamento, o permitindo observa o interior do local. Com um leve sorriso nos lábios Picoli coloca as mãos no bolso se certificando mais uma vez do quanto eram diferentes. Sua mansão era luxuosa, mas totalmente escura e sem alegria, enquanto por menor que fosse, o apartamento de Carla expressava exatamente tudo o que ela era. As cores alegres se encontravam destacadas em cada canto da residência, e mesmo sem querer Arthur sente sua mente projetar uma realidade totalmente diferente da que viviam naquele momento. O jovem político podia imaginar uma tarde perfeita de domingo em sua mansão ao lado de Carla. Ela sentada em seu colo enquanto conversavam distraidamente sobre alguma besteira e recebiam a luz solar que adrenteava o local cheio de vida através das enormes janelas de vidro. Parecendo despertar daquele pensamento "absurdo", Arthur observa a loira retornar com um casaco em mãos e um sorriso animado nos lábios. Ela era linda, e por mais que tudo aquilo fosse estranho e novo para ele, o governador começava a pensar que talvez tê-la ao seu lado em uma tarde de domingo não fosse uma idéia tão "absurda" assim. Como num piscar de olhos o tempo volta a se passar, e após uma breve viajem para longe do centro da cidade, Diaz observa o carro em que estavam começar a se aproximar da casa de sua família. Ter Arthur ao seu lado de alguma forma lhe fazia bem, e apesar de todas as desavenças e discussões que haviam entre eles, Carla estava ridiculamente feliz em vê-lo ali. Nunca em sua vida poderia imaginar que estaria levando o governador de Nova York para passar o natal na casa dos seus pais, mas pelo visto milagres realmente podiam acontecer. Totalmente animada a jovem corre até a entrada da fazenda coberta por neve, após o automóvel estacionar, não demorando a ser seguida por Arthur.

Filha, graças a Deus que você chegou, já estava ficando preocupada com su....OH MEU DEUS, O GOVERNADOR ESTÁ NA MINHA PORTA!

A mãe de Carla grita percebendo finalmente a presença de Picoli ao abrir a porta, não demorando a vê-lo soltar um leve riso.

O Governador - CarthurOnde histórias criam vida. Descubra agora