Narradora
- MAS O QUE É ISSO? A-Arthur?! O que você está fazendo aqui?
A jovem questiona surpresa enquanto observava o loiro à sua frente.
- Eu que pergunto! Que diabos você está fazendo aqui uma hora dessas? Aquele mendigo estava prestes a te atacar, vamos embora daqui agora!
O governador ordena rapidamente, mas assim que volta a puxa-la para longe dali Carla o para e se solta bruscamente, o fazendo encarar sua expressão irritada, com surpresa.
- EU NÃO VOU A LUGAR NENHUM COM VOCÊ! QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA CHEGAR ASSIM ME AGARRANDO E ME DANDO ORDENS? AQUI FORA EU NÃO TRABALHO PARA O SENHOR, ENTÃO RECOMENDO QUE NÃO ME IRRITE MAIS AINDA!
Carla grita a plenos pulmões, mas antes que pudesse voltar a falar algo, outra voz rompe no ar chamando sua atenção.
- Carlinha, está tudo bem aqui? Esse cara está te incomodando?
Diaz se vira em direção ao morador de rua que há poucos minutos corria em sua direção, não demorando a sorrir levemente para o mais velho.
- Está tudo bem, Jorge! O resto do pessoal já chegou?
- Ainda não, você é a primeira a chegar hoje!
- Que ironia do destino, hein?! Logo eu que sempre chego atrasada.
A loira ri levemente, sendo acompanhada pelo amigo. Desde que havia se mudado para Nova York, Carla havia entrado em um projeto de caridade que levava alimentos e suprimentos para moradores de rua, e podia dizer que as amizades que havia feito ali eram para a vida toda. Entre todas as pessoas que ajudava, Jorge era um de seus favoritos. Com 50 anos o homem havia se mudado para as ruas após perder a esposa e se afundar em dívidas que não podia pagar. Se vendo em uma terrível situação, as ruas pareciam ser sua única opção, e lá pôde conhecer Carla e criar um lindo laço de amizade com a jovem.
- Pois é, Carlinha!
- Vamos fazer assim, leva uma dessas sacolas de comida para mim e começa a distribuir com o pessoal, vou terminar de resolver um probleminha aqui e já vou encontrar vocês!
Concordando com o pedido de Carla, Jorge carrega uma das sacolas em suas mãos e se retira do local, deixando a loira e o governador a sós novamente. Respirando fundo Diaz volta a olhar para Arthur, o encontrando totalmente surpreso.
- O que você quer comigo, hein?!
A jovem suspira cansada de toda aquela situação enquanto sentia seu coração bobo continuar a reagir ao homem à sua frente.
- N-Nós precisamos conversar! Eu te vi saindo e achei que aqui fora você não teria desculpas para me ignorar, então eu...
Carla interrompe.
- Espera aí, você estava me seguindo?
Totalmente desconfortável o governador endireita seu terno e ergue a cabeça tentando controlar a vontade de dar um soco em seu próprio rosto.
Mas que diabos estava pensando?
E sim, ele estava a seguindo!
Picoli havia visto o exato momento em que Carla deixou o prédio, e jogando toda sua razão para o alto havia dispensado seus seguranças e a seguido cautelosamente até ali. Não fazia ideia do que estava fazendo, mas assim que viu aquele morador de rua correr em sua direção tudo o que passou por sua cabeça é que o mesmo a faria algum mal, e totalmente decidido a abrir mão de seu plano de não deixá-la vê-lo Arthur havia saído do carro para "socorre-la".
- Bom...não é bem assim! E-Eu só...
Carla interrompe.
- "Só" o quê, Sr.governador? Só está brincando com meus sentimentos? Só fez amor comigo e me deixou sozinha naquela ilha no dia seguinte? Só me descartou como lixo? Só quis evitar o incômodo de me dispensar depois de passar a noite comigo? Eu não sei o que você acha que quer me dizer, mas eu tenho certeza do que eu quero, e eu te quero bem longe de mim! Quero que esqueça tudo o que aconteceu e me deixe em paz. A partir de hoje eu sou sua secretária e você é o meu chefe, nada mais que isso. Agora se me der licença eu tenho pessoas para alimentar, pois diferente do senhor eu me importo com as pessoas ao meu redor e sei que o mundo não gira em torno de mim. Tenha uma ótima noite, Sr.governador!
Sem dizer ao menos mais uma palavra Carla se vira de costas para Arthur e volta a caminhar em direção aos moradores de rua, permitindo que as lágrimas que tanto havia segurado finalmente caíssem por seu rosto. Seu interior se encontrava despedaçado, mas sabia que a partir daquele momento teria que lutar ainda mais para resistir ao sentimento que dominava seu coração. Arthur estava completamente paralisado. Ninguém nunca havia falado daquele jeito com ele, mas ao invés de estar irritado por tudo o que havia ouvido, o loiro se encontrava totalmente pensativo.
Era aquela a imagem que ela tinha dele?
Picoli era conhecido por sua superioridade, mas naquele momento se sentia como o inseto mais insignificante do mundo. Despertando finalmente do choque que havia recebido Arthur observa a loira caminhar para longe, o fazendo voltar a entrar em seu carro com um único pensamento em mente. Tinha duas opções:
Respeitar a decisão de Carla e esquecer tudo o que havia acontecido...
Ou provar que poderia surpreende-lâ!
Dias Depois
Diaz encara o relógio pela milésima vez e suspira frustada ao ver que ainda faltava uma hora para estar finalmente liberada do trabalho. Após o último episódio na rua, Arthur havia feito exatamente o que ela havia pedido:
Lhe deixado em paz!
Mas diferente do que queria, longe do governador, Carla parecia ter tudo, menos aquela palavrinha mágica. A relação de ambos havia se tornado totalmente profissional, e mesmo ainda estando magoada a jovem não conseguia evitar a falta que sentia de tê-lo por perto. Seu corpo, seus lábios e seu sorriso haviam deixado Diaz completamente viciada, e por mais que tivesse tomado a decisão de deixar tudo o que aconteceu no passado, esquece-lo estava sendo mais difícil do que imaginava. Para a sorte da loira o tempo volta a se passar rapidamente, e antes que percebesse já se encontrava à caminho de seu destino. Naquela noite voltaria a se reunir com seu grupo de caridade para levar suprimentos aos moradores de rua, e apesar de todos os problemas que enfrentava naquele momento, ajudar pessoas realmente necessitadas parecia ser sua terapia.
Com um largo sorriso no rosto a jovem chega até o local marcado e inicia as entregas. Carla servia a cada pessoa ali com alegria, mas antes que pudesse terminar, Diaz observa o olhar surpreso de todos se direcionar a algo atrás dela. Totalmente confusa a loira olha na direção em que todos apontavam, não demorando a sentir seu coração dar um pulo diante da cena à sua frente.___________________________________________
O "modo" Carla Diaz com Z foi ativado!
O que acharam?
O Arthur tava merecendo um tapão desses, né?!
Será que ele desistiu mesmo? 👀💥💣
Comentemmmm!!
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O Governador - Carthur
FanfictionPoder! "Direito de deliberar, agir, mandar e, dependendo do contexto,exercer sua autoridade, soberania e posse de um domínio, por meio da influência ou da força." Poder é um termo que se originou a partir do latim "possum", que significa "ser capaz...