O Governador - Carthur

Capítulo 8

Narradora

- Pode dizer! Se quiser posso te dar uma promoção no trabalho, lhe comprar uma jóia, ou até mesmo...

Carla interrompe.

- Estou morrendo de fome! 

A loira declara simplesmente, se controlando para não rir da expressão boquiaberta de Arthur.

- Hã...eu estava pensando em algo mais...complexo, mas tudo bem! Tem um ótimo restaurante aqui perto, eles servem um excelente prato com frutos do mar e...

Rapidamente o jovem abre a porta do carro para Carla entrar, não demorando a ser interrompido mais uma vez pela mesma.

- Eu escolho o lugar! 

Picoli observa Diaz abrir a divisória do carro na intenção de se comunicar com o motorista.

- Olá, boa noite! Qual o seu nome?

- Boa noite, senhorita! Me chamo Tiago!

- Meu nome é Carla! Será que você pode nos levar para...

A loira se aproxima mais e sussurra algo em seu ouvido, não demorando a ver os olhos do motorista se arregalarem ao se direcionar ao governador.

- Senhor?

- Tudo bem, faça o que ela pediu! 

Carla sorri vitoriosa e não demora a voltar a se sentar, atraindo mais uma vez o olhar de Arthur.

- Hoje você está bem mais "corajosa" que o normal. Qualquer outra pessoa se sentiria intimidada com minha presença.

O loiro comenta com um leve tom de diversão, percebendo o quanto Carla parecia estar no "controle" de tudo naquele momento. Com um sorriso travesso nos lábios a jovem se aproxima mais um pouco e sussurra próximo ao rosto de Arthur, o pegando totalmente de surpresa com suas palavras.

- Tecnicamente você só é meu chefe dentro daquele prédio, aqui fora você é um homem normal para mim, "Sr.Governador"! 

Sem conseguir controlar, um leve sorriso se forma nos lábios de Arthur diante da audácia de Carla. Talvez ouvir aquilo de qualquer outra pessoas o irritaria profundamente, mas com Diaz tais palavras lhe causavam o efeito contrário. Arthur tinha o poder de fazer o que quisesse e estava acostumado a ser temido por todos a sua volta, mas ver a forma como Carla não se abalava mais com o seu título, o fazia se sentir uma pessoa comum.

E nossa...

Como aquilo era bom!

O tempo se passava como num estralar de dedos, e após alguns minutos Picoli sente o carro estacionar, o fazendo voltar sua atenção para Carla logo em seguida. Haviam passado o caminho inteiro em silêncio, mas apesar disso a presença da jovem parecia lhe trazer paz. Arthur não sabia ao certo o que estava fazendo, e por mais que sua razão lhe dissesse que devia ter ido embora para casa, algo dentro de si dizia que estava fazendo a coisa certa. O governador desperta de seus pensamentos ao ver a porta do carro se abrir, o fazendo perceber que Carla já havia saído do automóvel. Rapidamente o loiro a acompanha para o lado de fora, não escondendo sua surpresa ao ver onde Diaz havia lhe levado.

- Mas o que significa isso?

- Bom, se o senhor não sabe, esse lugar se chama Times Square, e logo ali tem uma barraquinha que vende um cachorro quente delicioso.                     

A loira declara simplesmente, não escondendo sua satisfação diante da expressão transtornada de Arthur.

- Você trocou um jantar em um restaurante renomado por um cachorro quente na Times Square?