{2}Expresso de Hogwarts

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1 de setembro (1991)

Sn Snape

Apesar de ter passado metade da minha noite acordada pensando na minha situação, eu me levantei cedo e bem disposta. Felizmente nada pode tirar a minha animação. EU VOU PARA HOGWARTS MEU AMOR! Desço rapidamente as escadas, quase que voando. Minhas roupas e meus materiais estão todos prontos e me esperando na sala de casa.

Meu pai passa do meu lado na cozinha, em silêncio total. Eu não quero papo furado com ele, óbvio, mas mesmo assim não tem como evitar ter contato. Eu me sento na mesa da cozinha e Gafin me serve um pouco de café preto, do jeito que eu gosto, com uma tigela redonda cinza com cereal dentro. Eu devoro tão rápido o café da manhã, que engasgo.

Nisso, escuto a campainha tocar. Vou na velocidade da luz até a sala e abro a porta - era Narcissa Malfoy e Draco.

- Bom dia pequena Sn

- Bom dia, senhora Malfoy! - digo, forçando um sorriso - Que surpresa vocês aqui tão cedo...

Tento não soar rude, mas é meio impossível. Eu claramente não quero ter que engolir a presença desse menino, principalmente no primeiro dia. Narcissa percebe a minha arrogância, mas não fala nada demais.

- Bom, achei que seria apropriado que vocês dois fossem juntos até Hogwarts. Por isso tomei a liberdade de lhe dar uma carona até a estação.

- É muita gentileza da senhora, senhora Malfoy, mas meu pai também terá que ir para Hogwarts. Afinal, ele é professor... - tento dar uma desculpa.

- Ah, eu mandei avisar Snape... Não é, Severus? - ela diz olhando para trás de mim, onde provavelmente meu pai está.

- Sim. E agradeço a gentileza. Com certeza Sn vai adorar ficar na companhia de vocês... - meu pai instiga.

Ele me olha, severo, e eu apenas recolho minhas coisas, cedendo. Atravesso a porta, ainda forçando a minha animação, mas por dentro eu estou EM CHAMAS DE ÓDIO.

Após se despedir de meu pai, Narcissa e Draco entram em sua carruagem, fazendo sinal para que eu adentre a mesma como eles.

Eu sem opções, entro e tento me acomodar no banco caro de couro negro.

O interior da carruagem é inteiramente preto, com detalhes em prata, tudo muito lindo e obviamente custou o olho da cara.

Os cavalos que a guiavam eram também negros, com o pelo delicadamente escovados e os cascos limpos. Eram lindos

Em poucos minutos chegamos à estação. Narcissa desce conosco, segurando a mão de Draco, que não disfarça nem um pouco sua insatisfação.

Meu estômago começa a girar de ansiedade ao ver tanta gente correndo para lá e para cá.

De longe, escutamos o apito do expresso.

- Está na hora, querido... - Narcissa diz para Draco - Lembre-se de se comportar para manter a reputação da nossa família, sim?

- Sim, mãe.

- Boa sorte, Sn! - ela diz sorrindo para mim.

Assim que a mãe de Draco se afasta e fica a uma distância considerável, o mesmo retorna seu olhar irritado para a minha pessoa.

- Escute aqui, Snape... - ele diz com nojo - Não vai achando que por causa de um acordo idiota seremos amigos, ok?

- Digo o mesmo, Malfoy. Não quero ser vista andando com uma pessoa tão insignificante e insuportável como você!

- É bom mesmo! Não fale comigo, não olhe para mim e não OUSE a falar qualquer coisa sobre o voto perpétuo! Ninguém pode saber que eu infelizmente sou obrigado a aturar a sua existência.

- Prometidos - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora