- Prometidos - Draco Malfoy

{32} Hogsmeade

Assim que recebi alta, corri para me arrumar para a visita a Hogsmeade. A neve cai pesada, então eu resolvi me vestir bem quentinha. Coloquei uma touca preta, uma blusa de frio verde-escuro, uma calça preta e botas pretas, e meu cachecol era verde-claro

Quando lá chegamos, o primeiro lugar que visitei foi Dedosdemel, onde comprei uma enorme quantidade de chocolate, que eu adoro. Mas assim que me sento para comer, um pirulito flutuante me chama a atenção, me fazendo segui-lo. Tem algo de estranho nesse doce que perambula sozinho pela rua.

Sou guiada em silêncio até certa ponto, até que ele desaparece no ar. Analisando onde estou, percebo que me encontro perto da casa dos gritos, que Hermione e Ronald observavam enquanto conversavam. Eu me aproximo dos dois.

- Dizem que é o prédio mais mal-assombrado da Grã-Bretanha... Eu já falei isso? - Hermione diz.

- Duas vezes... - Ronald ri.

- Você não quer chegar mais perto?

- Hm?

- Da casa dos gritos...

- Na verdade, é... Aqui está bom...

- BU! - assusto-os pelas costas.

- SN! QUE SUSTO! - Hermione quase me bate.

- Não se faz esse tipo de brincadeira quando se está diante da casa dos gritos, Snape.

- Ah, foi só para aliviar a tensão... - eu brinco - Escutem, foi muito esquisito! Agora há pouco eu-

- Ora, ora, ora... - Draco me interrompe, se aproximando de nós - Olha só quem está aqui...

- Lá vem encrenca... - eu reviro os olhos.

- Vão comprar a casa dos seus sonhos? Meio grande para você, não acha Weasley? A sua família não vive num quarto só?

- Cala a boca, Malfoy. - Ronald se irrita.

- Uh... Isso não é nada gentil. Pessoal, acho que é a hora de ensinar o Weasleyzinho a respeitar os seus superiores.

- Há, há. - eu rio - Não pode estar falando de você...

- Como ousa falar comigo? Sua fedelha de sangue-ruim!

Draco tenta se aproximar de mim, mas é acertado por uma bola de neve.

- Q-Quem está aí? - ele se assusta.

E em seguida, é acertado por outra bola de neve. Um de seus amigos fica sem enxergar pois sua touca fica presa em sua cabeça, e o outro tem suas calças abaixadas até o chão. Algo segura um deles pelo cachecol e começa a rodá-lo, e ao outro dá um chute no traseiro fazendo-o cair de cara na neve.

Parece que temos um protetor invisível, e acho que já sei de quem se trata.

Harry segura os pés de Draco, o arrastando cada vez mais na direção da casa dos gritos, e ele fica completamente aterrorizando, batendo os braços e gritando, me fazendo dar boas gargalhadas.

Quando finalmente o solta, Draco sai correndo, chegando até mesmo a empurrar seus "amigos". Eu não consigo aguentar meu riso. Harry se aproxima de nós e começa a balançar a ponta da touca de Rone e mexer no meu cabelo.

- Harry... - eu rio.

Ele sai de debaixo da capa de invisibilidade, rindo conosco.

- Isso foi demais! - Ronald comenta.

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- Não acredito que aqueles idiotas nunca me falaram do Mapa do Maroto! - Ronald reclama.

- Mas o Harry não vai ficar com o mapa, ele vai devolver a professora Minerva, não vai? - Hermione diz.

- Ah, vai... - rio - Você é tão ingênua...

Percebemos uma movimentação estranha na frente do Três Vassouras. Minerva, Cornélio Fudge e Rosmerta adentraram o lugar, e pareciam que iriam realizar uma reunião importante. Harry se interessa na reunião, e entra novamente debaixo da capa, mas eu o seguro.

- Vou com você!

- Não, s/a...

- Não foi um pedido! - digo entrando debaixo também.

Caminhamos até dentro do Três Vassouras, seguindo-os em silêncio. Ron e Hermione até tentam entrar também, mas são parados por serem menores de idade. Subimos as escadas juntos, e antes que fechassem a porta, nós entramos no cômodo com eles.

- Me diga o que está acontecendo? - Rosmerta pergunta.

- Bom, há alguns anos os pais de Harry Potter, quando perceberam que iriam matá-los, se esconderam. E Sirius Black era um dos que sabiam onde estavam escondidos. E ele contou para você-sabe-quem... - Minerva diz.

- E ele não só levou você-sabe-quem até os Potter, como também matou um de seus amigos, Peter Pettigrew. Black era mal. - Cornélio complementa - Ele o destroçou, só sobrou o dedo mindinho de Peter.

- Sirius Black pode não ter sujado as mãos com os Potter mas é por causa dele que estão mortos!

Seguro a mão de Harry, que está visivelmente aflito.

- Agora ele quer terminar o que começou! E nem é a pior parte! - Cornélio continua.

- O que pode ser pior?

- Sirius Black foi e ainda é padrinho de Harry Potter!

Quando ouviu isso, Harry desceu do Três Vassouras comigo rapidamente. Tento ir atrás do moreno, mas ele desaparece com sua capa invisível.

- Harry! - grito.

-Sn, onde ele está? - Hermione me pergunta.

- Ele saiu correndo, me deixando aqui...

- Olha! - Ronald aponta para o chão - Tem pegadas!

Seguimos as marcas que Harry deixou na neve antes que elas desaparecessem, e isso nos levou até uma enorme pedra, onde deduzi que ele havia se sentado. Me aproximo da pedra e tiro de cima dele a capa invisível. Ele está chorando...

- Harry... - o abraço.

- O que houve? - Mione se aproxima.

- Acabamos de ouvir a conversa deles... Sirius traiu os pais de Harry, e não só isso, descobrimos que é seu padrinho!

- Ele era amigo deles... - ele funga - Ele traiu meus pais! ELE ERA AMIGO DELES!

Continuo abraçada a ele, e seu coração está disparado. Tento o acalmar, mas ele está claramente estressado.

- Espero que ele me encontre, e nessa hora eu vou estar pronto! Quando eu o encontrar, eu vou matá-lo!