- Na floresta? Eu achei que fosse uma piada! Não podemos entrar lá! - Draco diz indignado.
Filch diz que a nossa detenção seria na floresta proibida. E pela primeira vez na vida, eu concordo com Draco. Dumbledore foi claro quando disse que não deveríamos entrar na floresta, pois é perigosa. Mas Filch não parece se importar com o que o loiro diz.
- Não temos permissão! E também... - Draco está claramente com medo - Tem lobisomens lá!
- Tem mais do que lobisomens nessa floresta! - Filch não ajuda muito - Pode ter certeza disso!
- Eu odeio concordar com Malfoy, mas pela primeira e única vez na vida, ele está certo! - eu digo.
Mas Filch apenas se despede, nos deixando sob cuidados do enorme Rúbeos.
- Muito bem... - Hagrid fala com sua besta nas mãos - Vamos lá!
Caminhamos junto dele no meio daquele breu, apenas com a lamparina de Hagrid iluminando o caminho. A noite está nublada e fria, me fazendo tremer. Harry tenta me abraçar para me aquecer, mas eu o afasto. Eu não ia esquecer o que ele me disse tão cedo.
- O que estamos fazendo aqui, Hagrid? - Ronald pergunta.
- Está vendo isso? - Hagrid mostra sua mão com alguma substância que parecia metálica - Sangue de unicórnio. Eu achei um morto esses dias.
Senti que algo se mexeu por entre as árvores escuras, e por uns segundos, pensei ter visto um vulto passando. Mas logo tornei a prestar atenção em Hagrid.
- Mas esse foi gravemente ferido por alguma coisa. E nosso trabalho é encontrar esse pobre coitado, ok? Harry vem comigo, Hermione e Rony vão juntos, e a pequena Snape vai com o Malfoy.
- O que? - eu e Malfoy protestamos em coro.
- Não temos tempo para discussões... Apenas vão.
- Está bem! - Malfoy responde - Mas o Canino vai junto!
- Medroso... - eu reviro os olhos.
- Pode ser, mas fiquem sabendo que ele é um covarde. - Hagrid diz - Vamos logo!
E assim, nos separamos.
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Eu já não aguento mais ouvir as reclamações de Draco. Hagrid deve me odiar, só pode! Onde já se viu me juntar com esse inútil medroso? Se algo acontecer, eu que vou ter que salvar a pele dele. E adivinha: eu não vou salvá-lo. Bom que assim me livro.
- Espera só até meu pai saber disso! - ele continua reclamando - Isso é tarefa para empregado!
- Se eu não te conhecesse tão bem, Malfoy, diria que está com medo. - eu o provoco.
- Pff... - ele bufa - Não estou com medo, Snape!
De repente, escutamos algo que parecia ser um uivo, e eu sinto que ele segura por reflexo o meu braço, com medo.
- Ouviu isso?
- Não, Draco. Eu sou a droga de uma SURDA! - debocho - Eu estou literalmente do seu lado! Agora... Solta. Meu. Braço!
Finalmente ele percebe que está me segurando, e afasta rapidamente sua mão de mim. E então, continuamos andando, com o Canino ao nosso lado. O caminho está muito escuro, e Malfoy definitivamente não sabe como segurar a droga do lampião. Tento até roubar da mão dele, mas ele segura com força.
Continuamos a andar, em silêncio, finalmente. Até que Canino começa a rosnar.
- O que foi, Canino? - pergunto.
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- Prometidos - Draco Malfoy
FanfictionSn Snape, filha genuína de Severus Snape, vivia sua vida normalmente até completar seus 11 anos, quando iria entrar para a escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Porém, na noite antes de seu primeiro dia de aula, ela e seu pai receberam a visita de...