{7} Halloween

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A noite de Halloween chegou. O Salão Principal está todo decorado de abóboras que flutuam, e as mesas estão abarrotadas de comida da melhor qualidade. Eu em sento na nossa mesa, com os olhos brilhando, apenas observando a quantidade de doces que estão à minha frente. Aquele pote de jujubas está pedindo para ser atacado!

Draco está sentado de frente para mim, entre Crabbe e Blaise, e o trio está comendo como se não houvesse amanhã.

Não perco tempo: assim que Dumbledore terminaseu discurso de sempre, eu ataco a mesa. Começo pelo bolo de chocolate comcalda de morango, seguindo para a torta de limão deliciosa que está à minhadireita. O suco de abóbora está delicioso. Meu pai me encara como  se eu estivesse sendo super desrespeitosa à mesa, mas eu não dou muita atenção - ainda estou brava com ele.

Os minutos passam devagar, mas por algum motivo eu não me sinto bem. "Talvez porque eu comi muito rápido?", me pergunto. Eu me levanto, sentindo minha barriga fazer um rebuliço. Minha pele está fria, e meu rosto amarelo de vontade de vomitar.

Todos me observam, sem entender. Saio correndo até o banheiro mais próximo, que aparentemente está vazio. Adentro a primeira cabine que vejo, me jogando no chão para finalmente liberar aquele mal-estar. Vomito muito.

Quando sinto que coloquei tudo para fora, me ergo do chão para ir até a pia lavar o rosto. Porém sou surpreendida com o som de um soluço abafado. Eu não estava sozinha no banheiro. "Deve ser a Murta-que-geme, como de praxe", penso. Mas de repente ouço em seguida a maçaneta da cabine girar. Virando-me para avistar quem está atrás de mim, encontro Hermione, que está com os olhos inchados e vermelhos.

- Granger?

-Sn? O-o que faz aqui? - ela gagueja.

- Aqui é um BANHEIRO? Eu vim usar o banheiro! - digo como se fosse óbvio - E você? Por que está chorando?

- Eu não estou... Chorando... - ela nega.

- Claro que está, não sou idiota!

Me aproximo dela, olhando dentro de seus olhos inchados. Ela dá um passo para trás, acanhada, desviando os olhos dos meus, como se não conseguisse mentir.

- Foi o Ronald, não foi?

- O que? - ela se surpreende - Como você sabe?

- Você é muito fácil de ler. E não é de hoje que Ronald te trata mal.

Ela abaixa a cabeça, levando seus olhos para os próprios pés, envergonhada.

- Não deveria deixar ele te afetar desse jeito. Ele é um idiota inútil, e você uma menina inteligente e talentosa. Levanta essa cabeça e enxuga essas lágrimas!

Eu pego um pedaço de papel para que ela possa secar suas lágrimas sem manchar a manga da blusa, como ela estava fazendo. Mas parece que minha atitude era inesperada para ela, porque seus olhos se arregalam até ficarem do tamanho de duas laranjas.

- Que foi? - pergunto impaciente.

- Você está sendo legal comigo.

- E qual o problema?

- Nenhum. - ela ri - Parece que você tem um lado bonzinho...

- Claro que não!

- Claro que sim!

- Não... - cruzo meus braços, negando com a cabeça.

- Aham!

- NÃO!

- Poderia ter me ignorado.

- Ei, ninguém é tão ruim assim, vai? E não vai se acostumando não, viu? Não somos amigas! - fico vermelha.

- Prometidos - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora