{38} Esse Maldito Loiro

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Estou de volta a Hogwarts para mais um ano cheio de problemas e desespero. Pelo menos do meu ponto de vista, afinal é basicamente o resumo da minha vida desde que conheci aquele loiro metido a besta.

Depois do que aconteceu no Mundial de quadribol, fomos até a sua casa. Fiquei esperando que meu pai viesse me buscar, mas ele disse que seria mais seguro se eu passasse a noite na mansão Malfoy. As vezes chego a pensar que meu pai não gosta muito de mim, porque não é possível que ele goste tanto de me ver sofrer.

Infelizmente tive que fazer como ele me pediu. Passei a noite na mansão. No dia seguinte fui com Draco comprar os nossos materiais para as aulas. Graças a Merlim, ele não trocou uma palavra comigo, evitando assim um possível embate entre nós dois. Apenas fizemos as compras e voltamos para a mansão.

Hoje é o dia de voltarmos para Hogwarts. Narcissa fez a gentileza de nós deixar na estação para que pudéssemos chegar mais cedo, sem muitos problemas.

- Mais um ótimo ano para vocês, meninos...

- Obrigada, Narcissa. - sorrio.

- Até mais, querido. Não se esqueça do que te falei.

- Mas mãe...

- Faça! - ela ordena.

Draco meio sem jeito agarra a minha mão e força um sorriso para sua mãe.

- Aí... - ela se emociona - Vocês são uma gracinha juntos! Agora vão!

- Tchau, mãe!

- Tchau, Narcissa!

- Andem! Quero ver vocês andando de mãos dadas!

- Aí, que saco... - suspiro.

Viramos de costas e começamos a andar em direção ao trem bem rápido. Queremos que ela desapareça logo do local, para que ninguém nos veja do jeito que estamos. Eu olho para trás para verificar, mas ela continua lá, parada.

- Só pode ser brincadeira... - ele reclama - Agora vou ser visto andando de mãos dadas com uma sangue-ruim como você...

- Do que está reclamando? Vou ser obrigada a passar o resto da minha vida ao seu lado. E não tenho nem o direito de te estrangular. Vai ser uma vida muito longa...

- Vamos ficar próximos um do outro, assim ninguém vai reparar nas nossas mãos juntas.

- Não, obrigada. O seu perfume está muito forte, e tipo... Quem usa água de colônia? Eca...

- Melhor do que esse seu perfume enjoativo...

- Você quem comprou! - eu digo indignada.

- É, pensando bem, ele combina com você. Você me enjoa... Seu perfume me enjoa... Viu? Tudo perfeitamente nos conformes.

- Ela já foi? - eu me viro - Já... Me solta...

- Hmpf... Você fala como se segurar essa sua mão suada fosse algo que me agradasse.

- Não estão suadas... Estão?

- Bye, bye!

Draco pegou sua mala e começa a andar na minha frente, se afastando de mim. Ok, talvez eu tenha ficado um pouco chateada de soltar a mão dele.

- Ah... - eu suspiro - Que loirinho irritante...

Entro dentro do trem logo atrás dele, tomando cuidado para que não ficasse próximo demais. Ele poderia começar a fazer escândalo, e eu sinceramente não estou muito interessada em ter que fazer esforço para quebrar a cara de pau dele. Então vou manter a calma e a paz. Entrei no vagão de Slytherin e me sentei numa mesa que estava vazia, coloquei minha bagagem de mão e a minha gatinha ao meu lado, e encostei minha cabeça no vidro.

- Prometidos - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora