{19} Aragogue

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Ainda não acredito no que acabou de acontecer. Eu mal consigo respirar e ainda continuo olhando assustada dentro daqueles olhos azuis. Até que um barulho de passos entrando na sala comunal nos acorda.

Draco se levanta num piscar de olhos, arrumando seu cabelo e sua roupa, e me levanto logo em seguida. E quem entra na sala é, ninguém mais ninguém menos, que meu pai. Ele nos olha esquisito, obviamente.

- O que estão aprontando? - ele fala, severo.

- Nós... Nós... - Draco se atrapalha todo.

- Estávamos brigando... - eu o interrompi - Ele encontrou a minha caixinha de presente. Eu estava tentando pegar de volta.

- Que bom que estava tentando recuperá-la... - meu pai a arranca da minha mão - Porque ela é minha... Agora, Draco, para seu dormitório.

E assim, eu me separo de Draco. Ele vai na direção de seu dormitório, me deixando a sós com meu pai.

- Ouvi dizer que estava perambulando pelos corredores...

- Sim, pai... - abaixei a cabeça - Acabei me descuidando.

- Deve tomar mais cuidado,Sn! - ele levanta sua voz - Sabe bem do que vem acontecido na escola. Como acha que vou me sentir se algo acontecer com você?

- Desculpe, pai. Prometo que não vai mais acontecer...

- Assim espero.

E então, ele aponta para as escadas, me mandando para o quarto. Eu nem pisco, apenas o obedeço. Entro em meu dormitório e me jogo na cama, totalmente abalada. Até parece que eu vou conseguir dormir depois do que aconteceu. Draco simplesmente me beijou... Eu não consigo aceitar isso.

Um sorriso ladino se abre no meu rosto. Levo minha mão a boca, tampando-a para que eu não grite de alegria. Sinto que meu rosto está totalmente vermelho. Eu estou muito muito feliz! E nem consigo explicar o quanto. E ao mesmo tempo, sinto uma leve raiva da audácia que ele teve, principalmente depois de me chamar de mestiça nojenta.

Mas essa raiva é tão pequena... Se comparada a quantidade de batimentos que meu coração está dando.

Droga... Eu gostei...

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Draco não fala comigo a dias. Não olha para mim, não fala comigo, não chega perto, nem menciona o meu nome. E eu sinto que deveria ficar aliviada, pois assim ele não implica comigo. Mas isso, por algum motivo, me machucou muito. Eu estava sentindo falta dele, de ouvir a sua voz, e até mesmo das suas provocações.

Tenho passado muito tempo sozinha, já que o trio está tentando resolver o caso da câmara secreta. Eu decidi que não me meteria nisso. Afinal, prometi para o meu pai que não me arriscaria. Então, acabei ficando só. De vez em quando, esbarro em Harry, troco algumas palavras, mas nada demais.

Uma dessas vezes foi quando vi Harry falar que Hagrid estava sendo acusado, já que foi ele quem abriu a câmara secreta a cinquenta anos

- Acredito na inocência de Hagrid, s/a.

- Mas e aí? O que vai fazer?

- Vou até a casa dele...

- Mas todos os alunos estão proibidos de sair do castelo, Harry! Como vamos sair?

- "Vamos"?

- Sim, eu vou ajudar você desta vez...

- Não, s/a. Seu pai disse para não se arriscar.

- E desde quando eu dou ouvidos a ele? Vou com você sim! Hagrid é meu amigo também! Acredito que ele não faria isso...

- Ok, então somos nós dois...

- Prometidos - Draco Malfoy Onde histórias criam vida. Descubra agora