Eu fiquei muito preocupada com Draco, mas parece que foi sem motivo. A madame Pomfrey disse ele não havia se machucado muito, e que com uma boa noite de sono melhoraria. Isso com certeza aliviou o meu desespero.
Mesmo assim, resolvi que deveria ao menos visitá-lo na enfermaria. Eu até poderia aproveitar para ver como o braço do Harry estava, já que o mesmo também havia se machucado. Então eu colhi da estufa algumas flores, com a autorização da professora Sprout, claro, para dá-las para os meninos.
E cá estou eu, em frente a porta da enfermaria, tomando coragem para entrar. "Só espero que Draco não me trate mal", penso enquanto adentro o local.
Draco está deitado na maca, meio abatido, com Crabbe, Goyle e mais dois dos jogadores do time. Ele percebe imediatamente a minha presença, mas continua conversando com eles. Eu me aproximo devagar, pois não quero interromper a conversa.
- Draco... - chamo quando sinto que a conversa terminou.
- Ora ora, Malfoy... Olha só quem veio te visitar! - um dos jogadores me interrompe.
- A sua namoradinha... - Crabbe continua.
- Mas ela não era namorada do Potter? - Goyle debocha.
- Calem a boca, ela não é minha namorada! - Draco se irrita.
Eu percebo que a conversa não vai acabar bem, então eu vou direto ao assunto.
- Olha, eu não quero incomodar, eu só vim te entregar isso... - eu mostro o pequeno embrulho de flores brancas - É para você melhorar mais rápido!
Assim que veem o embrulho, os meninos começam a rir entre si e a debochar de Draco, que fecha a cara, que agora está vermelha.
- Não quero nada que venha de você!- ele rosna para mim - Por que não entrega para aquele seu companheiro? Já que vocês combinam tanto? Dois mestiços nojentos!
E assim, os meninos me olham e riem de mim. Isso acabou comigo. Como ele pode ser tão arrogante e frio? Eu nem sequer fiz nada demais, só quis ser gentil. Desta vez, resolvo não chorar. Não vou dar esse gostinho para ele! Eu engulo com força o enorme nó que havia na minha garganta, o encaro com nojo, e jogo as flores na sua cara, o assustando.
- Foda-se, então!
Eu nunca tinha falado isso. Foi a minha primeira vez, o que significa que eu estou muito nervosa. Percebo até que sua expressão facial muda, para uma de confusão. Ele nunca tinha escutado isso de mim.
Então, depois desse showzinho, eu me dirijo para o outro lado da enfermaria, onde tem muita gente amontoada ao redor de uma maca. Nem preciso tentar adivinhar quem é que está na maca.
- Oi Harry...
- Sn! - ele parece feliz em me ver.
- Como você está? E o seu braço?
- A madame Pomfrey já cuidou disso. Mas eu preciso passar a noite aqui, já que meus ossos tem que crescer de novo...
- Aquele professor, hein... Não deveria ter se metido onde não foi chamado. Olha só o seu braço! - reviro os olhos.
- Ele só tentou ajudar, Snape! - Hermione o defende.
- Que seja... No lugar do Harry, eu estaria furiosa.
- O que é isso aí? - ele diz apontando para mim.
Eu seguro o seu pequeno buquê atrás do corpo. É um buquê com algumas rosas vermelhas, que são uma de minhas preferidas. Queria que fosse uma surpresa, mas ele logo suspeitou de que eu havia trago algo. Menino esperto...
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- Prometidos - Draco Malfoy
FanfictionSn Snape, filha genuína de Severus Snape, vivia sua vida normalmente até completar seus 11 anos, quando iria entrar para a escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Porém, na noite antes de seu primeiro dia de aula, ela e seu pai receberam a visita de...