- Prometidos - Draco Malfoy

{21} Ferias

Acabei sendo obrigada a passar as férias na casa de Malfoy... De novo. Já estou em frente a mansão, com meu malão cheio de roupas, apenas aguardando que seus elfos abram as portas. Depois de alguns segundos, elas realmente são abertas, mas ao invés de um elfo me recepcionar, Draco aparece na porta.

Ele não está nada feliz.

- Ah... Você chegou...

- Oi para você também, Draco!

- Entre, antes que eu te tranque do lado de fora!

- Eu adoro como você fica bem humorado às Sextas... - digo enquanto entro.

- Vou ficar melhor quando eu atravessar a minha mão na sua cara... Por sua culpa, vou ser obrigado a ficar em casa, enquanto poderia estar viajando com o pai de Crabbe.

- Não é culpa minha, você sabe disso.

- Sei, mas eu preciso culpar alguém, e você está aqui. - ele se aproxima de mim - E como prometido, farei com que esse sorrisinho que você tem no rosto desapareça em pouco tempo.

- Sabe que seu papai não vai gostar nadinha de saber que você me agrediu.

- Sn? - uma voz feminina ressoa - Ela já chegou, Draco?

- Sim, mãe... - ele se vira novamente para mim, sussurrando - Essa conversa ainda não acabou!

- Sei que não... - sorrio, debochada.

Ele começa a andar na direção da voz, e eu vou logo atrás dele. A casa de Malfoy com certeza é muito bonita, apesar de escura demais. Os móveis delicados, todos trabalhados em madeira escura e belos candelabros de prata. As paredes negras, com decoração gótica sempre chamou minha atenção. É tudo impecável.

Entro em uma enorme sala, com dois sofás escuros diante de uma lareira acesa. Narcissa está sentada confortavelmente em um deles, enquanto folheia o Profeta Diário.

- Ah, minha querida... - ela se levanta vindo ao meu encontro - Como você está?

- Vou bem, senhora Malfoy, e a senhora está bem?

- Ah... - ela bufa - Na medida do possível... Tudo o que está acontecendo tem perturbado Lucius, e desta forma, também me preocupo.

- Entendo, meu pai também anda meio estressado.

- Draco, querido, peça aos elfos que prepare um chá para que nós conversemos...

- Sim, mãe.

- Ah, e leve o malão de Sn até o quarto.

- Ah, e leve o malão de Charlotte até o quarto.

- Não, não precisa, senhora Malfoy... Pode deixar que eu levo! - tento aliviar o clima entre nós dois.

- Bobagem... Draco é o seu companheiro, precisa ser mais amoroso. Não é filho?

Ele não responde, apenas se retira, levando consigo minhas coisas. Em poucos minutos, o elfo doméstico de Narcissa chega a sala com uma bandeja de prata maravilhosa, com um jogo de chá também maravilhoso.

- Aqui está, senhora Malfoy... Senhorita Snape...

- Obrigada... - eu agradeço ao elfo.

- Chá de hortelã... O meu preferido!

Narcissa parecer estar tentando levar todos aqueles acontecimentos terríveis numa boa. O que é compreensível, afinal, se desesperar não adiantaria nada. E ela tem a responsabilidade de cuidar de Draco e ainda apoiar o marido. Admiro que ela ainda esteja assim.