- Prometidos - Draco Malfoy

{20} Sem Esperanças

Tudo parece estar perdido, e nesse momento eu só consigo pensar no Draco. Que eu nunca mais vou vê-lo, nem falar com ele, nem abraçá-lo, nem mesmo brigar com ele... Meu coração se apertou, e minha garganta secou. Eu estou suando e com muita vontade de chorar.

Eu vou morrer, não tem para onde fugir...

Até que, no meio da confusão, um barulho alto de buzina chama a nossa atenção. Era o carro dos Weasleys. Ele adentra velozmente a toca de Aragogue, atropelando várias das aranhas. Ele abre suas portas diante de nós.

- Vamos, Harry!

Harry e eu corremos para o carro. Várias das aranhas começam a saltar sobre o carro, chegando até mesmo a trincar o vidro. Vendo que ele está quase se quebrando, eu começo a gritar.

- PISA FUNDO NESSA DROGA, HARRY!

O carro começa a dar ré, e rapidamente nos afastamos do ninho. Saltamos para fora, e o carro aterriza entre as árvores. Olho para Harry, respirando aliviada.

- Acho que conseguimos... - eu finalmente falo.

- Acho que sim!

- AAAAA! - grito quando uma das aranhas me agarra pelo pescoço.

Ela começa a me enforcar, e eu faço força para me afastar dela, com medo de levar alguma mordida.

- Aranea Exumai! - Harry conjura, me salvando.

- Valeu mesmo! - eu digo, quase chorando.

- Não foi nada...

Assim que recuperamos o fôlego, olho para nossafrente, e vejo que um exército de aranhas está vindo na nossa direção, e nãoparecem nada amigáveis...

- Tira a gente daqui, Harry...

Harry liga o carro e começa a dar ré, até que o carro dá um giro, e finalmente, ficamos de frente. Corremos e corremos, mas mesmo assim, ao olhar para a janela, vejo as aranhas quase nos alcançando.

- Estamos mortos...

- Vou levar a gente para o alto...

Harry tenta fazer com que o carro voe, mas ele não sai do chão.

- Não está funcionando!

- PUXA! ANDA PUXAA! - eu me desespero ao ver que uma delas corre lado a lado conosco.

Com dificuldade, Harry consegue puxar a alavanca, e o carro sobe gradativamente. E assim, conseguimos escapar daquelas malditas. Sinto que finalmente posso respirar e me sentir aliviada.

É só aí que eu percebo o que Harry tinha me dito há alguns minutos. Ele realmente se declarou para mim? Como que eu deveria reagir a isso?

- Harry...

- Oi...

- V-Você... Estava falando sério?

- O que?

- Quando... Quando falou que gosta de mim?

- Ah... Não, s/a... - ele ri, corado - Não liga para isso, não...

- Ah... Okay...

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Eu fiquei um tempo sem falar com Harry, por conta das provas finais do ano. Meu pai queria que eu desse meu melhor, e por conta de tudo o que tem acontecido, eu nem cheguei a pegara nos livros. Minhas notas estão caindo e meu pai está ficando cada dia mais nervoso por causa disso.

Aconteceram muitas coisas nesse meio tempo. O trio conseguiu resolver o caso da Câmara Secreta, e descobriram que quem a abriu foi Ginny Weasley, que estava possuída por Lord Voldemort. E hoje, meu pai me chamou para que eu fosse lhe visitar em sua sala, para uma conversa séria.